quinta-feira, 18 de junho de 2009

Está na imprensa...

Alguns dos fragmentos que julguei mais interessantes , com os autores devidamente identifcados, postados na newsletter do PQN sobre a decisão da não obrigatoriedade do diploma para o exercício da PROFISSÃO de jornalista.

Antes de passar para a leitura, indico a news do PQN para TODO comunicador que queira presenciar ou participar de debates inteligentes e embasados sobre questões polêmicas ou não. Vale a pena se cadastrar aqui para fazer parte dessa comunidade.

Abaixo, os textos:

“Agora plenos, para os favores dos irracionais barões da comunicação, pois os homens perderam o juízo!... Desculpai-me! Meu coração está ali, com o meu diploma que inerte e inútil completa duas décadas, e é preciso esperar até que ele para mim volte, para provar que a única profissão para a qual se nasce feito é a de imbecil (ou de filho-da-puta)! Desculpem-me! Estou muito emocionado e deveras triste!”- Fernando Righi Marco


“O empresário vai ligar pro dono da revista em que ele anuncia e pedir emprego de "repórter" pro filho de 25 que nunca trabalhou. Coisas do tipo. Vai ganhar R$ 500,00. Pouco? Pelo menos, a contra gosto é claro, o pimpolho vai trabalhar... no mais, papai garante. Quando alguém que se formou jornalista perder o emprego, a maioria, pode crer, aí sim, vai se descobrir sem profissão.” LCD

“Perder a profissão ou parte da importância dela, é como ser atingido em cheio, é como perder o rumo, ter amnésia, ficar sem teto...É tentar, em vão, impedir que o medo ganhe forma. Mas pior do que isso é tentar encontrar justificativas para uma decisão tão sem propósitos. É tentar se iludir, de teimoso, que não há nada por trás do ato além do absurdo. Não há benefícios para a sociedade brasileira, muito menos para os profissionais que investiram na formação e na qualificação para tratar, de forma ética, as informações, as fontes e as notícias. Não há lições a tirar da perda dos anos investidos em aulas teóricas, práticas e na elaboração de projetos experimentais.” Toque de recolher – Cibele Ramos

“Só profissões que necessitem de formação técnico-científica que terão seus diplomas valorizados em breve. Isso que dizer que o meu de Publicidade também vai pra gaveta???Será que a moderna interatividade oferecida pelos veículos hoje pode deturpar o significado da atividade jornalística? Bom, é tão comum encontrar colegas no Marketing com formação de Engenharia...” RODRIGO GIGLIO

“Acho que a Fenaj, apesar de ser passível a qualquer cidadão, deveria entrar com processo no Ministério Público Federal para que profissões como Direito (onde há inclusive garantia na lei para exercício profissional sem diploma, pois você pode ser seu próprio advogado), História, Filosofia, Sociologia, Psicologia, Matemática etc. deixem de exigir diploma de curso superior.” João Paulo Martins

E, abaixo, parte de um post perfeito do blog do jornalista Ulisses Magnus

Foram 4 anos de luta, estudos e sacrifício financeiro para concluir minha formação. Valeu!

Com os conhecimentos de História, Filosofia, Antropologia, Semiótica e de outras disciplinas aprendi que jornalismo, não é só fato. Não é só notícia ou liberdade de expressão como insistem em argumentar os “membros” do STJ.

É muito mais: é o compromisso de uma profissão que luta a favor de uma sociedade melhor. Mais atenta e cidadã.

Uma sociedade que tem direito à informação de qualidade e com responsabilidade.Muitos daqueles que exerceram a profissão antes de 1969, não eram irresponsáveis. Muito antes pelo contrário. Eram intelectuais como Rubem Braga, Manuel Bandeira, Carlos Heitor Cony e tantos outros.

Eu antes de me formar nunca fui. Não sei se os próximos jornalistas o serão. Sei é que estarão menos qualificados, se não cursarem a faculdade que agora não é obrigatória.

O link do blog do Ulisses: http://ulissesmagnus.blogspot.com/2009/06/fim-do-diploma-para-jornalista.html

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