quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Um pitaco sobre a violência das torcidas

Não é de hoje que imprensa e sociedade ficam indignadas com a morte de torcedores.

Já é assim faz tempo.

Aqui em Minas, me lembro de um caso, quando um atleticano foi assassinado por um cruzeirense, em um jogo dos celestes contra o Vasco.

Teve também o de um torcedor do Cruzeiro na Estação Venda Nova, antes de um clássico.

De outro atleticano, na mesma Silviano Brandão, após um jogo da Taça BH de Juniores.

De um cruzeirense, suspeito na época, de matar o atleticano citado acima.

Na primeira rodada do Mineiro do ano passado houve uma batalha na Rua dos Caetés, onde Galoucura e Máfia Azul se encontraram. Os atleticanos voltavam de Sete Lagoas, onde o Galo tinha jogado; os cruzeirenses se dirigiam ao Mineirão. Resultado: um morto.

Em todas essas situações houve revolta da sociedade. E é mesmo revoltante.

Mas nada de concreto foi realizado.

Nada.

Apenas entrevistas, debates e muito bla-bla-bla.

Ano passado, houve um “belo” acordo entre MP e torcidas, com direito a aperto de mão dos dirigentes, e tudo mais.

Domingo passado, um ano depois, um atleticano foi assassinado.

Certo é que nas imediações do Mineirão os confrontos diminuíram, mas os marginais arrumam uma forma de “botar o terror”, como gostam de dizer, em qualquer lugar da cidade.

Às vezes, nem brigar eles brigam. Passam de moto ou carro e atiram.

Na minha opinião, não basta apenas acabar com as torcidas organizadas.

Eles nunca deixarão de andar em bandos, uniformizados ou não.

A falta de impunidade é o principal fator para tanta violência.

Câmeras da BHTrans filmaram a batalha da Rua dos Caetés, a TV mostrou cruzeirenses brigando em Nova Lima, há cerca de quinze dias.

Porque não identificar e punir com rigor os marginais e baderneiros?

Só assim as famílias poderão voltar aos estádios com total segurança.

Torço para que issoaconteça um dia.

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