quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Maduros, clubes apostam na continuidade dos técnicos

Há alguns anos bastava um clube passar por um momento de turbulência que o desfecho era certo: demissão do treinador.

A impaciência da torcida, aliada com críticas da imprensa, algumas vezes sem fundamento, pressionavam os dirigentes a optar pela solução mais fácil, mas nem sempre a mais correta, a queda do comandante.

Felizmente, essa mentalidade mudou. Clubes estruturados, agora, apostam na continuidade do trabalho do seu treinador e os resultados aparecem.

Foto: estadão.com
Dos cinco clubes brasileiros que disputarão a Copa Libertadores este ano, todos estão com o treinador há um ano ou mais. Muricy Ramalho foi o treinador nos três títulos brasileiros seguidos do São Paulo, Celso Roth assumiu o Grêmio no início de 2008, após a queda de Wagner Mancini. O Cruzeiro apostou em Adilson Batista no inicio do ano passado, mesmo período que Wanderley Luxemburgo assumiu o Palmeiras e Nelsinho Batista o Sport Recife.

À lista dos cinco representantes brasileiros na competição continental se junta Mano Menezes, que rejeitou proposta do Cruzeiro para assumir o Corinthians no ano que o clube disputou a Série B.

A continuidade do comando levou os clubes a alcançarem objetivos na última temporada, mesmo com alguns deles sofrendo pressão para deixar o cargo. Após a eliminação na Libertadores, Muricy balançou no tricolor paulista, assim como Celso Roth no Grêmio, devido aos fracassos na Copa do Brasil e no Campeonato Gaúcho. Adilson Batista também não teve vida fácil no Cruzeiro. Vaiado pela torcida e criticado pela grande imprensa de Minas Gerais, o treinador teve um voto de confiança dos Perrelas que acreditaram no trabalho dele, mesmo sendo desclassificado na Libertadores nas oitavas de final. Luxemburgo também nunca foi unanimidade no Palmeiras, principalmente por parte da torcida, que o acusava de mercenário.
Na contramão dos bons exemplos dos clubes citados está o Vasco, rebaixado no Brasileiro passado. O time da cruz de malta começou a temporada 2008 com a possibilidade de Romário ser o técnico. O não do baixinho abriu a vaga para Alfredo Sampaio, que em março foi demitido. A velha solução, Antônio Lopes, ficou até Roberto Dinamite assumir a presidência e caiu após alguns insucessos dando lugar à Tita, que foi substituído por Renato Gaucho, o treinador da queda.
Quatro treinadores em uma só temporada, não há planejamento que aguente. Que os outros grandes clubes brasileiros sigam os bons exemplos.

Nenhum comentário: