quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Clube à deriva


Mais uma vez o Atlético está sem comandante.

O que a maioria da torcida atleticana sonhava e este blog duvidava, acabou acontecendo.

Ziza Valadares renunciou à presidência do clube que ganhou no voto, em janeiro de 2007, com esmagadora maioria de apoio dos conselheiros.

Conselho este que, segundo o ex-presidente, é formado por alguns membros que orquestraram ataques à sua pessoa e ameaçou sua família.

Ziza errou muito quando não poderia. No ano do Centenário, e mesmo antes, se cercou de incompetentes no carro-chefe do clube, o futebol. Beto Arantes por mais boa vontade que tivesse, não é do ramo. Alexandre Faria não tem a mínima capacidade de tratar de contratações para um time da grandeza do Atlético. Sem contar Hissa Moisés...

Outro “problema” do ex-presidente foi não ter dinheiro para colocar dentro do Atlético e prometer demais a uma torcida tão sofrida. Aí, relembrando sua face de político.

Ninguém quer assumir o clube. Renato Salvador e Gil César já disseram não, mesmo caminho que deverá ser tomado por Ronaldo Vasconcelos, envolvido com as eleições municipais.

Roberto Vasconcelos, que segundo Ziza era um vice-presidente com quem não tinha boas relações, não creio que se sente na cadeira agora vazia.

João Batista Ardizone seria o próximo na linha de sucessão, mas o caminho que deverá tomar é marcar novas eleições para um mandato tampão, como já aconteceu outras vezes em um passado não tão remoto.

O buraco que Alexandre Kalil um dia afirmou que nunca seria capaz de engolir o Atlético a cada dia, ano e presidente aumenta de tamanho.

Creio que novamente é o momento para mudanças radicais, caras novas e determinadas a reerguer o Atlético. Chega desses nomes que há anos comandam o clube apenas se alternando no poder e nas lambanças.

A crise parece ser maior do que no ano do rebaixamento. Política, com o barril de pólvoras que mais uma vez se tornou o clube e técnica porque o time não tem qualidade técnica. Sem falar moral, porque o Galo, mais uma vez, vira chacota nacional com a renuncia do seu chefe maior.
Prato cheio para os que gostam de apagar fogo com gasolina, um banquete para os adversários.

2 comentários:

Anônimo disse...

Rivelle, pelo menos neste momento estamos tendo opniões sensatas, que mostram que por pior que seja a administração do Ziza, a saida dele neste momento é mais desvantajosa. Apesar de ter vivido parte da infância em Barão de Cocais, tenho que concordar com os comentários da amiga da cidade visinha. Parabéns, Luiz - São Paulo

Rivelle Nunes disse...

Obrigado pelo comentário, Luiz!
Continue prestigiando o AMIGO aqui.
Abraços!