terça-feira, 4 de agosto de 2009

Léo Moura, Fernandão e Fluminense

É direito legítimo de todo torcedor que vai ao estádio vaiar o seu time ou jogador, afinal pagam ingresso e essa história que torcedor de verdade não vaia é bobagem. Se o atleta que veste a camisa do time que aquele sentado na arquibancada tanto ama não está rendendo, tem que ser vaiado mesmo. Agora, por outro lado, o jogador também que se expresse da maneira que melhor entender. O desabafo de Léo Moura ao comemorar o gol de empate contra o Náutico foi um gesto de quem tem sangue nas veias. Gritou, xingou, gesticulou como forma de extravasar a emoção. Mas os paladinos da boa conduta nos campos condenam a ação do atleta porque ofendeu a “nação rubro-negra”, e isso não se faz. Ele fez e que arque com as consequências como, por exemplo, ser vaiado da próxima vez que entrar em campo. Mas que é direito dele colocar pra fora o que está sentindo, ninguém pode negar. Pelé, quando marcou um gol e saiu dando socos no ar, em direção àqueles que o vaiavam, segundo consta, disse impropérios que deixaria corado qualquer cidadão. O gesto virou marca registrada do Rei e ninguém o condenou por isso. O futebol de hoje está chato, mais hipócrita do que nunca, cheio de isso não pode, aquilo não se deve fazer. Daqui a pouco, distribuirão hóstia para quem for ao estádio.

O Goiás mostra que não está para brincadeiras neste Brasileiro. A contratação de Fernandão foi daquelas notícias de fazer arregalar os olhos quem leu o anuncio na internet na noite de ontem. O time do Cerrado há tempos tem uma bela estrutura, este ano montou um bom e organizado time, além de ter no comando o ótimo treinador Hélio dos Anjos, no cargo desde o ano passado. Desde que o Campeonato Brasileiro começou a ser disputado em pontos corridos, somente em uma oportunidade o Goiás não ficou entre os 10 primeiros colocados, foi em 2007, quando namorou a Série B e terminou em 16º. Goiás, São Paulo e Cruzeiro são os únicos clubes que terminaram cinco, dos seis campeonatos em pontos corridos, da décima colocação para cima. Se Fernandão reeditar a boa dupla com Iarley, o time esmeraldino vai continuar a fazer bonito em 2009.

O Fluminense, ontem, deu um importante passo para sair da lama. Demitiu o coordenador de futebol Alexandre Faria. Tem quem ainda pergunte porque ele foi contratado depois do péssimo trabalho no futebol do Atlético, no ano do centenário alvinegro. São dessas coisas sem explicação no futebol. Agora, para o Flu se reerguer, basta voltar a ser clube de futebol e parar de se preocupar com saúde.

2 comentários:

André (Deco) disse...

Léo Moura não é ninguém, e ainda conseguiu falar bobagem depois! Fernandão no Goiás foi sensacional!! Que os "grandes" aprendam a lição! E o Flu, bom, o Flu vai cair! Com RG tem de cair!

Blog do Tavares disse...

A questão da atitude do Léo Moura é que queima a já fraca imagem dele. Eu penso que jogador é profissional e deve saber suportar a pressão. Condeno o ato dele, somente por ser prejudicial a si mesmo.

Fernandão é outro tipo de jogador, escolheu ficar perto da família e retribuir ao time que lhe deu projeção.

Já o FLu, espero que consiga se ajeitar a tempo...

Abraços!!