terça-feira, 21 de abril de 2009

Três anos sem Telê

Parece mentira, mas ainda há locais bem perto dos grandes centros que os meios de comunicação chegam de forma, digamos, que não são as ideais.

Há três anos estava em um sítio no lugarejo de Souza, município de Rio Manso, cerca de 60km de Belo Horizonte. Era um feriado prolongado.

Viajei para um descanso na quinta-feira à noite, véspera do feriado de 21 de abril. No sábado, teria que estar em BH para trabalhar no Mineirão, na partida entre Atlético x Náutico, estreia do Galo na Série B, jogando em casa.

Somente quando estava deixando aquele lugar quase afastado da chamada “civilização”, com seus avanços tecnológicos, no sábado pela manhã, dia 22, recebi a notícia: Telê Santana havia falecido na noite de sexta-feira.

O mestre Telê, que encantou o mundo com a seleção mais injustiçada da história e que tanto lutou pelo futebol arte, perdeu a batalha contra uma doença que o venceu aos poucos.

Telê morreu em 21 de abril.

Assim como Tancredo Neves;

Assim como Tiradentes.

O Mineirão naquela tarde parecia um velório.

A torcida atleticana por perder o seu maior treinador e por assistir inacreditavelmente a primeira partida do Galo em sua então quase centenária história jogando em casa, por uma divisão de acesso do Campeonato Brasileiro.

A tarde foi de homenagens. Faixas no Mineirão, bandeiras e torcida no cemitério Parque da Colina.

Somente Telê conseguiu, naquela triste tarde de 22 de abil unir torcedores de Atlético, Fluminense e São Paulo.

Em cima do caixão do mestre, bandeiras dos clubes que defendeu e amou.

Desde aquela tarde, o futebol não foi mais o mesmo.

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