sábado, 25 de abril de 2009

Não é o público Ideal

O futebol brasileiro começa a viver amanhã a decisão dos principais estaduais do país.

Minas, Rio, São Paulo, Bahia começarão a conhecer aqueles que mandarão nos estados por um ano.

Mas amanhã, também, chega ao fim uma guerra que foi iniciada em fevereiro.

Uma luta de foice no escuro.

Um lugar onde não há holofotes, ou mídia.

Amanhã, 26 de abril, conhecermos as duas equipes que subirão para a primeira divisão do futebol em Minas.

Ipatinga, Caldense e América, de Teófilo Otoni, brigam por um lugar ao sol em 2010 e, claro, pelo gordo patrocínio da TV Globo.

Ipatinga e Caldense chegaram ao final dos dois turnos nas primeiras colocações, com 40 pontos. O time de Teófilo Otoni, tem 39 e joga contra o Tigre, no Ipatingão. A Veterana encara o Valério, no Sul de Minas.

Tudo pode acontecer na rodada derradeira do Módulo II.

Mas, quem pensa que o Módulo II é o fundo do poço do futebol das Alterosas, engana-se.

Há, ainda, a Segunda Divisão, que na verdade é a Terceira, porque a Primeira é dividida em Módulos I e II. Entendeu? Pois é, não faz mal.

Para a segunda divisão já estão rebaixados o Ideal, de Ipatinga e o tradicional Democrata, de Sete Lagoas. O Jacaré, ano passado, foi rebaixado para o Módulo II e continua caindo. Uma pena.

O Ideal Futebol Clube é conhecido como Índio, como você pode ler aqui.

O time do Vale do Aço foi notícia na imprensa pelo público da partida contra o Funorte, de Montes Claros, na última partida em casa. Apenas sete abnegados compareceram para ver o empate em 2 a 2 entre o terceiro colocado e lanterna. E entre os espectadores havia dois parentes de um atleta do Funorte.

O público não prestigiou o time de Ipatinga no Módulo II durante toda a competição. O jogo com o maior número de pagantes foi o primeiro clássico da cidade, contra o Ipatinga, quando 900 torcedores compareceram ao Ipatingão para ver a vitória do Tigre por 3 a 1.

Nas 11 partidas em casa – contando as duas contra o Ipatinga – o Ideal levou 1936 torcedores ao estádio, média de 176 por jogo. Apenas em cinco partidas o público superou os 100 pagantes. O total arrecadado foi de R$16.505.

A campanha pode ter sido o principal motivo da falta de público. O time ficou na lanterna, com apenas 18 pontos em 63 possíveis. Venceu quatro vezes, perdeu 11 e empatou seis. O ataque balançou as redes 23 vezes e a defesa sofreu 39.

Esse é o retrato da maioria dos clubes do futebol brasileiro, longe das grandes decisões, como as que acontecerão amanhã.

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