Trabalhei durante dois anos na Federação Mineira de Futebol. Presenciei e senti na pele a dificuldade de exercer de forma correta o serviço em uma entidade sem credibilidade na praça, devido a acontecimentos de um passado recente.
Durante o tempo que atuei na assessoria de comunicação da FMF – brilhantemente comandada por uma das pessoas mais corretas e sensacionais que conheci – nunca presenciei um ato ou palavra do presidente Paulo Schettino que o desabonasse.
Não estou falando de arbitragem, assunto mais que discutido.
Ontem, o presidente da Itatiaia, Emanuel Carneiro, comentou sabiamente sobre tudo que está acontecendo nas últimas semanas na FMF. Problemas de arbitragem, queda do presidente da comissão, acusações e, agora, o roubo milionários dos cofres da FMF.
Isso somente joga contra o futebol mineiro. Torna-o motivo de chacota nacional.
O Ministério Público pretende investigar o porquê da quantia não estar no banco e, sim, na sede da entidade. O motivo é simples e não é segredo para ninguém. A divida de gestões anteriores com a receita federal colocou a FMF em maus lençois.
Se o dinheiro estivesse no banco, o Governo o reteria para pagamento dessas dívidas. Sem dinheiro, a entidade não funciona. Não há como pagar funcionários e despesas básicas.
Por que o MP não investiga, também, os clubes? Que por deverem a mesma receita federal ganham, como prêmio, uma loteria para ajudar a salvar suas dívidas.
O grande problema é que para a FMF, ninguém torce.
Não escrevo aqui como ex-estagiário. Mas apenas como um profissional que não entende o motivo de tentarem transformar vítimas em réus.
Há 2 dias
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