quarta-feira, 6 de agosto de 2008

O corte de Juliana

Na metade do mês passado, a jogadora de vôlei de praia, Juliana, se machucou seriamente após torcer o joelho disputando uma partida do Circuito Mundial.

Há alguns dias ela afirmou que disputaria os Jogos Olímpicos, ao lado da companheira Larissa.

A confiança da atleta era grande, mas confesso que achei estranho uma recuperação tão rápida de uma lesão no joelho. Mesmo com todos os recursos médicos.

Hoje era o dia limite para a decisão de quais atletas disputarão as medalhas do vôlei de praia. Juliana optou em não jogar.

A decisão foi correta. Desistiu de um sonho, mas não privou sua companheira de tentar a medalha de ouro, algo que seria muito complicado devido às condições físicas dela.

Certamente se ela disputasse os jogos e não tivesse um desempenho à altura do que se espera de uma atleta de alto nível, as críticas seriam duras e cruéis.

Perguntariam o motivo da insistência em jogar, mesmo com pouco tempo de recuperação da lesão.

E a imprensa sabe ser cruel quando quer.

Não se importariam com a dor,

Não se incomodariam com a frustração,

No linguajar popular, cairiam de pau em cima da garota e tudo que ela conquistou ficaria esquecido.

No vaidoso mundo do esporte, Juliana teve uma atitude digna de medalha.

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