quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Basquete brasileiro só leva toco



Há alguns anos, o basquete brasileiro passa pela maior crise da sua história.

Em 1987, quando o time liderado por Oscar e Marcel surpreendeu o mundo, ao vencer os Estados Unidos nos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis, e conquistar o ouro na casa dos americanos o esporte da bola ao cesto dividia a segunda colocação na preferência do brasileiro, ao lado da Fórmula 1.

Muitos não sabem, mas o esporte já foi de glórias para o país. No masculino, além do histórico Pan de 1987, o basquete brasileiro conquistou dois campeonatos mundiais (1959/1963), além de duas medalhas de prata e uma de bronze também em mundiais. No Pan-Americano, também foi campeão em 1971, prata em 1963. Nas Olimpíadas o Brasil faturou três bronzes, em 1948, 1960 e 1964.

O feminino conquistou três Pan-Americanos – ninguém se esquece de Fidel se curvando para Paula, em 1991 - um mundial (1994), e duas medalhas olímpicas, prata em 1996 e bronze quatro anos depois, em Atlanta.

As conquistas das meninas foram as últimas glórias desse esporte

Péssimas administrações fizeram com que o Brasil ficasse em 17º lugar no Mundial de 2006, no Japão. A última participação brasileira em Olimpíadas, no basquete masculino, foi em 1996, ainda com Oscar em quadra.

E olha que hoje o Brasil consegue colocar jogadores na NBA. Jogadores esses que não tem a mínima vontade de defender as cores da seleção

Com tantos resultados horríveis e falta de compromisso com a seleção, fácil entender por que o esporte foi perdendo espaço para o vôlei.

Em Pequim, o basquete feminino brasileiro dá vexame e segue para o mesmo buraco do masculino. Após o encerramento de carreira da Janeth, no Pan do Rio, em 2007, não vejo bom futuro para a categoria.

Triste para um esporte que teve heróis como Oscar, Paula, Hortência, Carioquinha, Mosquito, Rosa Branca, Kanela e tantos outros.

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