Uma notícia hoje, pela manhã, me deixou estarrecido.
Um garçom do Karaíba foi morto com uma garrafada no pescoço.
Não sei detalhes, mas como a maioria das violências urbanas, o motivo deve ter sido estúpido.
E o que menos importa é o motivo mas, sim, o fato.
Parêntese: para quem não conhece, Karaíba é o local mais freqüentado de Santa Bárbara. Bar, restaurante e hotel, localizado no centro da cidade.
Há muito tempo Santa Bárbara já não é a mesma da minha infância. O progresso (que nem é tão grande assim), aumento da criminalidade, a insensatez do homem transformaram a cidade, antes pacata, numa terra de ninguém.
Ficou perigoso voltar para casa, à noite, numa cidade de apenas 30 mil habitantes.
Há dez anos, notícia de assassinato na cidade era motivo de comentários por meses.
Hoje, não. Ficou banal, como a própria vida.
E o policiamento na cidade? Será que aumentou? Provável que não.
Talvez quando a morte bater à porta de algum “conhecido”, a situação mudará.
Ou não, sei lá...
Quem sabe, quando lá, segurança pública render votos.
Mas a verdade que aquela frase que dizia que o negócio é ganhar a vida e voltar para o interior para ter uma vida tranqüila já não está valendo mais.
“Na primeira noite eles se aproximame
roubam uma flordo nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.”
Poema de Eduardo Alves da Costa
Há 2 dias
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