segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Sobre o clássico

As flanelas
Uma provocação bem-humorada que os atleticanos, mesmo chateados, precisam entender. Quando o Cruzeiro perdeu a Libertadores, para o Estudiantes, no outro dia o Galão, mascote do alvinegro, entrou em campo com uma bandeira argentina nas cores alvinegras. Faz parte do espetáculo e as torcidas existem para isso mesmo e não para provocar o caos, como antes da partida, na Rua Pd. Eustáquio.

O jogo
O esquema de Vanderlei Luxemburgo funcionou. Começava a marcar o Cruzeiro apenas na intermediária de defesa, buscando os contra-ataques e os atacantes cruzeirenses pouco perigo levaram ao goleiro Carini. Kleber e Thiago Ribeiro pouco fizeram diante da zaga atleticana. Os zagueiros Leonardo Silva, pelo lado azul, e Jairo Campos, pelo atleticano jogaram demais. O Atlético foi melhor durante boa parte da partida, mas incompetente na hora de concluir. Fábio fez poucas defesas. O Cruzeiro mais bem armado e entrosado, matou o jogo nas oportunidades que apareceram.

A falha
Jair Albano Felix falhou feio ao anular o gol de Diego Tardelli. Não era um lance complicado. O Atlético reclama de um pênalti em Muriqui que, na minha opinião, não aconteceu. Também não vi impedimento no lance do gol atleticano, pelo menos pela TV não ficou claro. Foi uma arbitragem normal, exceto pelo lance do gol anulado do Galo.

As substituições
As alterações de Adilson Batista decidiram a partida. Pelo menos, a entrada de Roger. Pegou na bola três vezes. Na primeira, colocou Thiago Ribeiro na cara do gol, na segunda, cobrou o escanteio para o segundo gol e, na terceira, marcou um golaço. Por outro lado, a entrada de Obina no lugar de Renan Oliveira acabou com o meio-campo atleticano. Embora Renan estivesse dormindo em campo, mais uma vez, ocupava o espaço e deixava Muriqui livre no ataque. A entrada de Obina fez Muriqui recuar e o Galo perdeu o meio-campo. E o Atlético não pode jamais contar com Junior e Marques para tentar decidir um clássico. Podem ser úteis quando o time estiver na frente. Para buscar a vitória, não dá.

As bananas e as declarações
Só um ingênuo para acreditar que Luxemburgo mostrou que tem sangue nas veias. É sempre assim, vários gestos daquele já foram feitos para os torcedores, rivais ou não, e a desculpa é sempre a mesma. Foi para mostrar raça. Que nada, foi banana mesmo e uma atitude intempestiva, no calor da partida. Algo que mostra certo desequilíbrio do comandante alvinegro. Alexandre Kalil também passou dos limites, mais uma vez, no twitter. Falou de assalto e pode ser, novamente, punido. Zezé Perrela também falou bobagem, somente para provocar. Não houve nó tático de Adilson em Luxemburgo. Houve, sim, boa utilização dos reservas cruzeirenses, o que não ocorreu pelo lado atleticano.

Nenhum comentário: