sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Um Coelho forte


Fiquei bem impressionado com a entrevista que Olímpio Naves, um dos sete presidentes do América, concedeu ontem ao jornalista Bruno Azevedo, no Programa Bastidores, da Rádio Itatiaia.

O diretor falou sobre assuntos importantes para o futuro do Coelho e foi firme, valorizando a instituição diante de patrocinadores e a Rede Globo. Naves a todo momento lembrava que o América é outro. Aquele clube que esteve no fundo do poço, disputando o Módulo II do Campeonato Mineiro, com ameaça de ter telefone da sede cortado por falta de pagamento, não existe mais. O América, aos poucos, vai se reestruturando.

Naves explicou a situação do clube com relação à transmissão dos jogos do Mineiro, que ainda não está fechada com a TV Globo porque, no ano passado, o clube, Atlético, Cruzeiro e a própria Globo fizeram um acordo para que os dois outros da capital repassassem um valor ao Coelho para complementar a cota, que estava definida como de clube do interior. O Cruzeiro deu o OK e falta o Atlético definir a parte dele nesse acordo. Se não chegarem a um consenso, o América não terá suas partidas transmitidas porque a diretoria entende que o clube não pode ser tratado como clube do interior. E eles realmente estão certos nessa questão.

Outro tema importante foi os patrocinadores do clube para a temporada 2010. O BMG ainda não está fechado porque pretende pagar um valor menor do que o América entende que merece. Outros parceiros – a Habitare, PBH e Rivelli – já estão fechados para expor as marcas no uniforme do clube. Se o banco mineiro não chegar ao valor que o Coelho quer, outras marcas estão na briga para ser o patrocinador máster do clube em 2010 ano que o América terá todos os jogos transmitidos pela TV, seja aberta, fechada ou PPV, caso feche o acordo com a Globo para o Mineiro. Na Série B já está definida a situação e o time mineiro estará na telinha. Isso é valorizar a marca, não aceitar migalhas, situação semelhante à vivida pelo Atlético na temporada passada, que jogou com a camisa limpa, porque o presidente não aceitou as “esmolas” oferecidas pelos possíveis parceiros.

O América perece mesmo ter mudado, trabalhando com os pés no chão, sem se desvalorizar e colhendo importantes frutos. Se tudo continuar assim, é grande a chance do Coelhão estar forte no cenário nacional no ano do centenário, em 2012.

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