terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A Copinha não empolga



A Copa São Paulo de Futebol Júnior sobrevive há algum tempo somente graças à tradição do torneio, que já revelou grandes nomes para o futebol brasileiro e pela mídia que apóia a competição numa época que o futebol brasileiro está parado.

O torneio atual virou um verdadeiro mercado persa para os clubes ou empresários exporem suas mercadorias disfarçadas de jovens promessas do futebol. Não é a toa que há dois anos o torneio mudou a faixa etária, aceitando apenas jogadores até 18 anos quando, antigamente, era sub-20, ou a antiga categoria de juniores. É muito mais fácil negociar para o futebol do exterior uma promessa de 18 anos do que um “veterano” atleta na casa dos 20 anos.

E os jogadores sabem disso. Eles estão mais interessados em fazer firula nos gramados para empresário ver do que aprender algo que possa ser útil quando ascenderem para os profissionais. Isso quando não estão preocupados com o penteado, conceder entrevista com vastos cordões de ouro, ou jogar com as chuteiras mais chamativas.

A atual Copa São Paulo recebe clubes que nada acrescentam à competição, a não ser aos gananciosos olhos dos empresários da bola. Clubes como Desportivo Brasil, Primeira Camisa, Olé Brasil, Pão de Açúcar que, descaradamente, estão interessados em colocar jogadores na vitrine da competição paulista ao invés de criar atletas e, acima e tudo, homens.

Esperar que apareçam nessas competições de base jogadores como Cerezo, Falcão, Romário é acreditar no conto da carochinha ou na “convincente”mensagem do presidente da FPF, Marco Polo Del Nero.

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