quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Analisando o Atlético no Brasileirão


Como quase tudo na vida, há duas formas de analisar o Atlético no Campeonato Brasileiro de 2009. A visão do otimista e do pessimista. O otimista afirmaria que o clube há muito tempo não fazia uma campanha tão boa, digna de um clube da tradição do Atlético, e sem os sustos e vexames das últimas cinco anos. O time conseguiu resultados importantes fora de casa, algo que em tempos de crise era inimaginável para o time de Lourdes.

O pessimista dirá que um time que ficou 24 rodadas no G4, oito delas na liderança, não pode fraquejar na reta final e chegar na partida derradeira apenas cumprindo tabela quando o sonho e a expectativa era de título. Afirmará, também, que o alvinegro ficou 15 pontos na frente do rival, Cruzeiro, foi ultrapassado na reta final e deve ficar atrás do time celeste. Algo que, por si só, é motivo de chacota nas alterosas.

Na minha opinião, o que faltou para o Atlético, principalmente nas partidas decisivas, foram três fatores que todos os clubes acima dele na tabela possuem, alguns mais que os outros.

O primeiro deles, um jogador decisivo nas partidas chave. O Flamengo, que tem grande chance de erguer a taça domingo, contou com Petkovic e Adriano em momentos brilhantes quando o time precisou. Assim foi contra Atlético, São Paulo e Palmeiras, para ficar em apenas três exemplos. No Galo, o homem que chegou cercado de esperança e euforia pela torcida, não correspondeu. Ricardinho não brilhou com a camisa 80, embora para mim ele estivesse sendo escalado na posição errada. O jogador deveria jogar como terceiro homem do meio-campo, com um outro camisa 10 – que não há no elenco, é verdade – mais perto dos atacantes.

O segundo fator que pesou contra o time mineiro foi o maior conjunto das outras equipes. Neste quesito, coloco São Paulo e Cruzeiro que praticamente jogam com a mesma espinha dorsal desde o início do ano. O Atlético remontou o time na metade do torneio, com as chegadas de Carini, Benitez, Correa, Rentería e Ricardinho, alguns dando mais certo que o outros.

Um treinador mais capacitado também foi fator determinante. Celso Roth, embora seja um bom comandante, parece ter perdido a forma de motivar o grupo no final do campeonato. Muricy, mesmo passando por altos e baixos e com uma campanha abaixo do que dele se esperava com o Palmeiras e tropeçando muito durante a competição, manteve o Palestra na briga até a rodada final.

Não acredito que o ano do Atlético foi dos melhores e muito menos jogado no lixo, como afirmou o presidente Alexandre Kalil. A temporada do alvinegro foi de mudanças na forma de administrar o clube que, mesmo com erros, está muito melhor que na época de bigodudos e carecas.

Que 2010 chegue logo para o atleticano!

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