terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Luxemburgo é a incógnita atleticana


A contratação de Wanderley Luxemburgo não passa de uma incógnita na vida atleticana. Ao contrário da chegada de Geninho, no ano do Centenário, que todos sabiam que não daria certo e da vinda para BH de Emerson Leão, no início do ano, que todos apostavam como uma cartada certeira, e que acabou não vingando, o anuncio do presidente atleticano na tarde desta terça-feira vem acompanhado da velha cautela mineira.

Assim como disse Felipão, em uma entrevista ao jornalista Renato Maurício Prado, se o treinador se preocupar apenas com o aspecto tático e técnico do futebol, é um dos melhores na profissão. Mas, para muitos, principalmente da imprensa paulista, Luxemburgo é um treinador decadente que há tempos está mais preocupado com a vida fora das quatro linhas, como negociações de jogadores, incursão mal-sucedida no ramo acadêmico e possível entrada na vida política.

Só que o treinador é um vitorioso e isso não se discute. Maior campeão brasileiro de todos os tempos como treinador, e capaz de montar grandes equipes, se lhe derem o material humano que precisa para trabalhar. A questão é se o Atlético lhe dará essa condição e qual o custo da chegada de Luxemburgo e sua cara comissão técnica à Cidade do Galo. Mas, se o próprio presidente Alexandre Kalil afirmou que o time da colina de Lourdes tem uma receita que gira em torno de R$100 milhões para a temporada de 2010, ele deve saber o que está fazendo com as finanças atleticanas.

Um aspecto que pode ser positivo da contratação de Luxemburgo é que o maior troféu do atual cenário do futebol brasileiro no final do ano, digno de ser comemorado como se fosse a taça, como foguetórios, carreatas e tudo mais, algo que já escrevi algumas vezes, é a conquista da vaga na Libertadores. E isso, nos últimos quatro anos, ele conseguiu três vezes.

O Atlético apostou alto na última cartada, pelo menos a médio prazo, para colocar o clube na rota das conquistas. Se dará certo ou não, saberemos ao longo de 2010.

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