
Globo.com
O futebol virou um negócio acima até mesmo do futebol.
Acima do futebol nas quatro linhas, jogado por onze contra onze, daquela forma que aprendemos quando crianças.
A contratação de Ronaldo, pelo Corinthians, é o maior exemplo disso.
Cifras, cifras e mais cifras. Só se fala nisso.
Há tempos, o jogador se torna maior que o clube. A ponto dele ficar com 80% de um patrocínio, deixando as “migalhas” para aquele que o contratou.
A diretoria mosqueteira festeja, a torcida não quer saber se Ronaldo está gordo, fora de forma, com os joelhos estourados.
Ela só quer ver o craque em campo. A Fiel e torcidas do Palmeiras, São Paulo, Santos, Imperatriz (MA), Tupi...
Deve ter time pequeno cruzando os dedos para pegar o Timão na 1ª fase da Copa do Brasil. Se o Corinthians por si só é sinônimo de estádio lotado, imagine com o fenômeno.
Será a oportunidade de quem só viu Ronaldo jogar na Europa – e não são poucos – poderem contar para os netos: Eu vi Ronaldo jogar. Eu estava lá naquele jogo do Corinthians...
Tudo gira em quanto Ronaldo vai levar para os cofres corintianos. Até agora só li, vi e ouvi festa da imprensa. Ronaldo é sinal de audiência, venda de jornais e etc...
Mas, e se ele não jogar?
A Fiel ficará contente somente com a receita gerada pelo fenômeno?
Estará satisfeita somente por ver o maior artilheiro das Copas com a 9 do Corinthians?
Imagine a situação:
Corinthians X Palmeiras, pelo Paulistão, Ronaldo nada joga e o time do Palestra vence por 4 a 0.
Será que o Fiel corintiano sairá contente do Morumbi dizendo, pelo menos eu vi Ronaldo?
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