segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Blog fechado temporariamente



Este blog ficará fora do ar por algumas semanas.




Voltaremos com nossa programação normal em 2010!




Mas, caso aconteça algo de grande importância, passaremos por aqui ainda este ano para alguns comentários.




Feliz 2010 para todos!




ANO DE COPA DO MUNDO!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Os "reforços"do São Paulo FC

Quando falamos em clube organizado no Brasil, logo imaginamos o São Paulo como o modelo de administração próxima da perfeição. Estrutura, contas em dia, uma comissão técnica enxuta, contratada do clube e não do treinador que acaba de chegar. Uma diretoria que trabalha de forma correta, planejada e não no calor de resultados, positivos ou negativos. E o tricolor paulista é isso tudo mesmo, um time organizado. Não foi a toa que chegou às ultimas sete Libertadores e, até outro dia, era o atual tricampeão brasileiro.

Mas os dirigentes tricolores também aprontam, como todos os cartolas que estão por aí, contratando, mandando embora, fechando e rescindindo contratos e também, ou principalmente, falando bobagens.

Nessa época de especulações, duas notícias relacionadas às negociações tricolores parecem se confirmar. E, acredito, não são nada animadoras para os torcedores são-paulinos. O clube do Morumbi está contratando o zagueiro André Luis, aquele que surgiu muito bem no Santos, jogou fora do país, levou uma punição severa e injusta em MG, acusado de dar uma cabeçada em árbitro de futebol, o que não aconteceu, tomou o cartão da mão de outro árbitro, quando estava no Botafogo e fez um campeonato brasileiro razoável no Barueri. Esse é o novo contratado – não reforço – do São Paulo.
André Luis amarela o árbitro

O outro novo jogdor do time do Morumbi é o bom, mas instável, Léo Lima. Uma aposta arriscada. Talento, o meia tem de sobra, mas a carreira dele também é cercada de polêmicas, fama de baladeiro e rebeldia. Tanto que depois de surgir no Vasco passou pelo futebol russo, português, além de jogar no Santos, Flamengo, Palmeiras, Vasco novamente até encontrar o bom futebol no Goiás. Será uma aposta certa a do tricolor?
Léo Lima do Porto...

Léo Lima do Grêmio...
Léo Lima do Palmeiras...
Léo Lima do Santos
Alguns dirão que o São Paulo enquadra os baladeiros e rebeldes, mas não faz muito tempo, o mesmo organizado time do Morumbi colocou em um mesmo elenco o volante Fábio Santos e o meia Carlos Alberto e todos sabem como terminou a história de ambos no tricolor paulista.

Os dirigentes do São Paulo talvez sejam melhores que os outros, mas que possuem sua cota de bobagens, isso ninguém pode negar.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Valeu, mais completo do Brasil!

O grande Willy Fritz Gonser se aposentou e foi morar na Bahia onde, segundo ele, nunca mais vestirá calças compridas.

O Programa Jogada de Classe, comandando pelo Orlando Augusto e produzido de forma competente e brilhante pelo Marcelo Machado, que tem um blog listado aí do lado, prestou uma emocionante homenagem ao alemão e posto abaixo as três partes, em vídeos do youtube.
Antes, uma das inúmeras histórias envolvendo o Willy, que me foi contada pelo grande amigo Marco Antônio Bruck.

Durante um bom tempo na Rádio Itatiaia, após o Rádio Esportes, havia um programa chamado “O comentário do Willy Gonser”. Coisa rápida, de cinco minutos.

Um belo dia, pouco antes de entrar no ar, o Willy redigia o comentário na redação da rádio. O Bruck, moleque como ele só, trancou o alemão na sala, enquanto começava a rodar a vinheta “a Itatiaia apresenta, o comentário de Willy Gonser”. Segundo o Bruck, o alemão ficou uma fera por não ter entrado no estúdio e batia na porta gritando, com aquele sotaque característico: “ Abrrrraaaaa, abrrrraaaaa!!!”

Após ser “libertado”, Willy foi à sala do chefe, Osvaldo Faria, que às gargalhadas, ouvia a reclamação.

Willy, só tinha uma coisa a dizer:
“Aindas, ri?”.

Vendi o peixe pelo mesmo preço que comprei, na mão do grande Marco Antônio, uma das pessoas mais bem-humoradas que tive o prazer de conhecer.

Obrigado Willy, pelos grandes momentos de emoção que me fez viver. Guardo para sempre comigo o dia em que tive o prazer de lhe conhecer.

Parabéns ao Jogada de Classe pela homenagem!

http://www.youtube.com/watch?v=sNPJncP60kg (Parte 1)

http://www.youtube.com/watch?v=odbazSV5B6A (Parte 2)

http://www.youtube.com/watch?v=YNvc08vO6wI (Parte 3)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Luxemburgo é a incógnita atleticana


A contratação de Wanderley Luxemburgo não passa de uma incógnita na vida atleticana. Ao contrário da chegada de Geninho, no ano do Centenário, que todos sabiam que não daria certo e da vinda para BH de Emerson Leão, no início do ano, que todos apostavam como uma cartada certeira, e que acabou não vingando, o anuncio do presidente atleticano na tarde desta terça-feira vem acompanhado da velha cautela mineira.

Assim como disse Felipão, em uma entrevista ao jornalista Renato Maurício Prado, se o treinador se preocupar apenas com o aspecto tático e técnico do futebol, é um dos melhores na profissão. Mas, para muitos, principalmente da imprensa paulista, Luxemburgo é um treinador decadente que há tempos está mais preocupado com a vida fora das quatro linhas, como negociações de jogadores, incursão mal-sucedida no ramo acadêmico e possível entrada na vida política.

Só que o treinador é um vitorioso e isso não se discute. Maior campeão brasileiro de todos os tempos como treinador, e capaz de montar grandes equipes, se lhe derem o material humano que precisa para trabalhar. A questão é se o Atlético lhe dará essa condição e qual o custo da chegada de Luxemburgo e sua cara comissão técnica à Cidade do Galo. Mas, se o próprio presidente Alexandre Kalil afirmou que o time da colina de Lourdes tem uma receita que gira em torno de R$100 milhões para a temporada de 2010, ele deve saber o que está fazendo com as finanças atleticanas.

Um aspecto que pode ser positivo da contratação de Luxemburgo é que o maior troféu do atual cenário do futebol brasileiro no final do ano, digno de ser comemorado como se fosse a taça, como foguetórios, carreatas e tudo mais, algo que já escrevi algumas vezes, é a conquista da vaga na Libertadores. E isso, nos últimos quatro anos, ele conseguiu três vezes.

O Atlético apostou alto na última cartada, pelo menos a médio prazo, para colocar o clube na rota das conquistas. Se dará certo ou não, saberemos ao longo de 2010.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Flamengo é hexa



Foto: Globoesporte.com

Regularidade, planejamento e estrutura são alguns dos requisitos que os especialistas colocam como essencial para um time ser campeão em uma competição de pontos corridos. O título do Flamengo desmente o que os comentaristas sempre afirmaram como primordial para, no começo de dezembro, um clube erguer a taça.

O Flamengo começou o Brasileiro com Cuca no comando e trocou de treinador na reta final da primeira fase, primeiro colocando Andrade como interino e, depois, efetivando o ex-meio campo no cargo.

O clube da Gávea não tem um Centro de Treinamentos como o de outras grandes equipes e as instalações de treinamento não é das melhores.

Durante o campeonato, a diretoria flamenguista apostou em jogadores que, mesmo com indiscutível talento, eram incógnitas se dariam certo no time rubro-negro. Adriano chegou a afirmar que abandonaria a carreira, e Petkovic, numa negociação que desagradou a diretoria de futebol do Flamengo, mas era necessária devido às dividas do clube com o sérvio. Os dois chegaram, assumiram a função de ídolos e foram, ao lado do goleiro Bruno, os jogadores mais decisivos do hexacampeão.

A regularidade do Flamengo também não existiu. No final do primeiro turno, o Fla estava na 10ª colocação, 10 pontos atrás do Inter, campeão simbólico da primeira fase. Mas o time dirigido por Andrade fez um segundo turno espetacular, venceu adversários diretos, como Atlético, Palmeiras e São Paulo, somou 40 pontos em 57 possíveis e, assim ergueu o caneco.

A diretoria rubro-negra acertou ao contratar os jogadores certos para as posições mais carentes do time. Álvaro e Maldonado chegaram e assumiram a função de cuidar do meio-campo e da defesa do time campeão brasileiro.

Talvez o título brasileiro de 2009 seja uma exceção em uma competição longa que premia a regularidade e planejamento, mas já no ano passado um clube tirou 13 pontos de diferença em 19 rodadas e, neste, um clube endividado, que trocou de treinador e apostou em incógnitas ergueu a taça. Pode ser hora dos entendidos reverem seus conceitos e, enquanto isso, os flamenguistas comemoram o título de legítimo e grande campeão brasileiro de 2009.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Palpitão final


Náutico (19o) x Avaí (9o) – Clima de fim de festa nos jogos deste sábado. No confronto de Pernambuco, um Timbu rebaixado contra o Avaí, já na Sul-Americana. Avaí.

Atlético (6º) x Corinthians (10º) – Nada motiva esta partida. O Galo, que sonhava alto, termina de forma melancólica, já o desfalcado Corinthians está de férias há tempos. Empate

São Paulo (4º) X Sport (20º) – O consolo para o Tricolor é enfrentar o já rebaixado Sport, fica mais fácil garantir a vaga na Libertadores. Título, só com um milagre. São Paulo.

Santos (11º) x Cruzeiro (5º) – Luxemburgo afirma que colocará o time titular, o Cruzeiro joga tudo para entrar n G4 justamente quando vale alguma coisa, na rodada final. Não será fácil para os celestes, mas creio que dê Cruzeiro.

Barueri (12º) x Atlético/PR (14º) – O Atlético/PR pode entrar na zona da Sul-Americana, caso vença o Barueri. Mas, garantir vaga na Sul-Americana e nada é a mesma coisa. Barueri.

Coritiba (16º) x Fluminense (15º) – O derrotado pode jogar a Série B em 2010. O Flu deixou o G4 do mal na última rodada, após passar todo o campeonato na zona da degola, e não creio que volte a freqüentar o rebaixamento. Empate

Flamengo (1º) x Grêmio (7º) – Não é o caso de se pensar que o Grêmio vai entregar o jogo. Um time que venceu apenas uma partida fora de casa, terá forças para segurar o Flamengo quase campeão, no Maracanã? Muito difícil acreditar que isso possa acontecer. Flamengo, campeão.

Internacional (2º) x Santo André (18º) – Todos somente falam no Grêmio segurar o Flamengo, mas o Inter precisa vencer o Santo André, que ainda sonha com o milagre de permanecer na Série A. Já pensou se o Ramalhão apronta no Beira-Rio? Difícil acreditar. Inter

Vitória (13º) x Goiás (8º) – O rubro-negro ainda pode terminar em 10º lugar no Brasileirão. O Goiás, em sexto. Vitória.

Botafogo (17º) x Palmeiras (3º) – Decide um rebaixado em uma vaga na Libertadores. Creio que dê empate no confronto do Engenhão.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Está no Estadão

Para voltar a crer

Luis Fernando Verissimo

Não faltam motivos para descrer da Humanidade. Vamos combinar que fizemos coisas extraordinárias, mas nossa passagem pela Terra não está sendo, exatamente, um sucesso. Para cada catedral erguida bombardeamos três, para cada civilização vicejante liquidamos quatro, a cada gesto de grandeza correspondem cinco ou seis de baixeza, para cada Gandhi produzimos sete tiranos, para cada Patrícia Pilar dezessete energúmenos. Inventamos vacinas para salvar a vida de milhões ao mesmo tempo que matamos outros milhões pelo contágio e a fome. Criamos telefones portáteis que funcionam como gravadores, computadores - e às vezes até telefones -, mas ainda temos problema com a coriza nasal. Nosso dia a dia é cheio de pequenas calhordices, dos outros e nossas. Rareiam as razões para confiar no vizinho ao nosso lado, o que dirá do político lá longe, cuja verdadeira natureza muitas vezes só vamos conhecer pela câmera escondida. Somos decididamente uma espécie inconfiável, além de venal, traiçoeira e mesquinha. E estamos envenenando o planeta, num suicídio lento do qual ninguém escapará. E tudo isso sem falar no racismo, no terrorismo e no Big Brother Brasil.

Eu tinha desistido de esperar pela nossa regeneração. Ela não viria pela religião, que se transformou em apenas outro ramo de negócios. Nem viria pela revolução, mesmo que se pagasse para o povo ocupar as barricadas. Eu achava que a espécie não tinha jeito, não tinha volta, não tinha salvação. Meu desencanto era total. Só o abandonaria diante de alguma prova irrefutável de altruísmo e caráter que redimisse a Humanidade. Uma prova de tal tamanho e tal significado que anularia meu ceticismo terminal e restauraria minha esperança no futuro. E esta prova virá neste domingo, se o Grêmio derrotar o Flamengo no Maracanã.

Se o Grêmio derrotar o Flamengo, o Internacional pode ser campeão. Mas o mais importante não é isso. Se o Grêmio derrotar o Flamengo mesmo sabendo as consequências e o possível beneficio para o arquiadversário, estará dando um exemplo inigualável de superioridade moral. A volta da minha fé na Humanidade não interessa, Grêmio. Pense no que dirá a História. Pense nas futuras gerações!

O link: http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,para-voltar-a-crer,476034,0.htm

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Analisando o Atlético no Brasileirão


Como quase tudo na vida, há duas formas de analisar o Atlético no Campeonato Brasileiro de 2009. A visão do otimista e do pessimista. O otimista afirmaria que o clube há muito tempo não fazia uma campanha tão boa, digna de um clube da tradição do Atlético, e sem os sustos e vexames das últimas cinco anos. O time conseguiu resultados importantes fora de casa, algo que em tempos de crise era inimaginável para o time de Lourdes.

O pessimista dirá que um time que ficou 24 rodadas no G4, oito delas na liderança, não pode fraquejar na reta final e chegar na partida derradeira apenas cumprindo tabela quando o sonho e a expectativa era de título. Afirmará, também, que o alvinegro ficou 15 pontos na frente do rival, Cruzeiro, foi ultrapassado na reta final e deve ficar atrás do time celeste. Algo que, por si só, é motivo de chacota nas alterosas.

Na minha opinião, o que faltou para o Atlético, principalmente nas partidas decisivas, foram três fatores que todos os clubes acima dele na tabela possuem, alguns mais que os outros.

O primeiro deles, um jogador decisivo nas partidas chave. O Flamengo, que tem grande chance de erguer a taça domingo, contou com Petkovic e Adriano em momentos brilhantes quando o time precisou. Assim foi contra Atlético, São Paulo e Palmeiras, para ficar em apenas três exemplos. No Galo, o homem que chegou cercado de esperança e euforia pela torcida, não correspondeu. Ricardinho não brilhou com a camisa 80, embora para mim ele estivesse sendo escalado na posição errada. O jogador deveria jogar como terceiro homem do meio-campo, com um outro camisa 10 – que não há no elenco, é verdade – mais perto dos atacantes.

O segundo fator que pesou contra o time mineiro foi o maior conjunto das outras equipes. Neste quesito, coloco São Paulo e Cruzeiro que praticamente jogam com a mesma espinha dorsal desde o início do ano. O Atlético remontou o time na metade do torneio, com as chegadas de Carini, Benitez, Correa, Rentería e Ricardinho, alguns dando mais certo que o outros.

Um treinador mais capacitado também foi fator determinante. Celso Roth, embora seja um bom comandante, parece ter perdido a forma de motivar o grupo no final do campeonato. Muricy, mesmo passando por altos e baixos e com uma campanha abaixo do que dele se esperava com o Palmeiras e tropeçando muito durante a competição, manteve o Palestra na briga até a rodada final.

Não acredito que o ano do Atlético foi dos melhores e muito menos jogado no lixo, como afirmou o presidente Alexandre Kalil. A temporada do alvinegro foi de mudanças na forma de administrar o clube que, mesmo com erros, está muito melhor que na época de bigodudos e carecas.

Que 2010 chegue logo para o atleticano!