A 15a rodada, ou o G4 está mais verde

Das sete partidas disputadas na quarta-feira, quatro foram definidas após os 40 minutos da etapa final.

O empate do Coritiba com o Botafogo, em 2 a 2, foi conquistado aos 44 minutos, com um belo gol de Marcos Aurélio. E no último lance, o Coxa quase consegue a virada com uma bela cobrança de falta na trave.

Em PE, com um a menos, o Náutico sucumbiu ao Santos, com um gol de Rodrigo Souto no apagar da luzes. A derrota por 2 a 1 deixou o Timbu mais uma rodada na lanterna.

O outro pernambucano, o Sport, jogou com um a mais, contra o Cruzeiro, no Mineirão, mas não teve competência e coragem para vencer os celestes. O castigo veio aos 44 minutos, com Kleber, que marcou o gol salvador. O Leão também está no G4 do mal.

A outra partida resolvida quando os torcedores começam a pensar em deixar o estádio foi Inter e Barueri. O filme parecia repetido, o Colorado abriu 2 a 0, mas deixou o adversário empatar. Porém Sorondo, aos 40 minutos, aproveitou o rebote da bela cobrança de falta de Andrezinho e decretou a vitória do time da casa, por 3 a 2.

O Goiás atropelou o Atlético/PR, com 3 a 0, no Serra Dourada, venceu a quarta seguida e colocou o G4 mais verde. O Furacão não consegue sair do G4 do mal.

Assim como o Fluminense, que evoluiu com Renato Gaucho, mas não consegue vencer. Foi derrotado pelo líder Palmeiras, por 1 a 0, na estreia de Muricy.

O Palmeiras é líder porque o Atlético foi derrotado, de virada, por 3 a 1, pelo Flamengo. Pelo primeiro tempo, o time mineiro ficou no lucro. O FLA venceu a segunda seguida e o Galo perdeu duas partidas consecutivas pela primeira vez.

No Morumbi o Grêmio continua sua sina. Perde uma, ganha outra. O tricolor gaúcho foi derrotado pelo paulista, por 2 a 1 e os dois agora têm o mesmo número de pontos, 21.

O Avaí é o time do momento na competição. O algoz da vez foi o Vitória. Os catarinas venceram por 4 a 0 e quem outro dia mesmo temia o rebaixamento, agora sonha com a América. Já o rubro-negro baiano continua o mesmo, um Leão em casa e um gatinho fora.

Ah... e este blog teve a "incrível" marca de 70% de acertos nos palpites.

Palpitão da 15a rodada

Coritiba (14o) x Botafogo (15o) – Os dois têm o mesmo número de pontos, 15. O Coritiba leva vantagem no número de vitórias. Embora o Botafogo não perca há cinco rodadas, o Coxa tem se mostrado forte em casa. Coritiba.

Náutico (20º) x Santos (12º) – O Timbu tem melhorado, mas não consegue vencer. Mais uma oportunidade hoje, contra o Santos que a cada rodada parece ser mero figurante no campeonato. Empate.

Internacional (4º) x Barueri (7º) – Colorado em má fase, jogador afastado, problemas no elenco. Esse é o retrato do favorito Internacional. Uma partida perigosa contra o bom Grêmio Barueri, no confronto que reúne mais pontos da rodada. Internacional.

Goiás (6º) x Atlético/PR (18º) – A barbada da rodada. O bom Goiás está em ótima fase, contra o preocupante Furacão. O único problema para os esmeraldinos é que a última vez que jogou com tanto favoritismo em casa, perdeu. Mas, dessa vez, dá Goiás.

Cruzeiro (16º) x Sport (17º) – Um ponto e uma posição separam dois clubes que representaram o país na Libertadores. O Cruzeiro tem obrigação de vencer um time que parece confuso e com treinador interino. Cruzeiro

Sto. André (13º) x Corinthians (5º) – Do time que conquistou a Copa do Brasil, apenas seis atletas estarão em campo no desmantelado Corinthians, contra o Ramalhão em má fase. Vou apostar arriscando, e muito, no Sto. André.

Palmeiras (2º) x Fluminense (19º) – Estreia de Muricy Ramalho, Palestra Itália lotado, partida que pode colocar o time de vez na liderança, contra um Fluminense que ainda tenta se acertar. Cenário perfeito para o Verdão. Palmeiras

Flamengo (9º) x Atlético (1º) – Grande clássico do futebol brasileiro, com dois jogadores de seleção brasileira em campo, no Maracanã com bom público. Uma vitória rubro-negra pode efetivar Andrade no cargo, o Galo tenta se recuperar da derrota em casa na última rodada. Flamengo.

São Paulo (11º) x Grêmio (8º) – O São Paulo está subindo, o Grêmio – como escrevi no palpitão passado – ganha uma, perde outra, como ganhou a última... São Paulo

Avaí (10º) x Vitória (3º) – O “foguete”Avaí não para de subir, resta saber até quando vai ter fôlego. O Vitória busca melhorar a campanha como visitante para confirmar a boa fase. Na Ressacada, Avaí.

Raio-X da reta final do turno do Brasileirão

Faltam cinco rodadas para terminar o 1º turno do Campeonato Brasileiro. Nessa reta da competição, vão sendo definidas as aspirações das 20 equipes. Este blog faz uma analise dos jogos restantes e a situação de cada clube na classificação. Acompanhe e analise contra quem seu time joga, as chances dele subir, ou as possibilidades de despencar na tabela de classificação, os adversários mais complicados ou aqueles jogos em que três pontos estão praticamente garantidos.

ATUAL ZONA DO REBAIXAMENTO


Náutico (20o) – 11 pontos
O que resta: Santos (C), Flamengo (F), Corinthians (C), Santo André (C), Avaí (F)
Pode chegar – 26 pontos
O Timbu venceu apenas duas partidas, uma em casa e outra fora. Faz três jogos no Aflitos, onde venceu somente na 2ª rodada. Tem a pior defesa da competição e caminha a passos largos para a Série B.

Fluminense (19º) – 11 pontos
O que resta: Palmeiras (F), Atlético/PR (F), Sport (C), Vitória (F), Coritiba (C)
Pode chegar – 26 pontos
O Tricolor também triunfou apenas duas vezes, ambas em casa. Não vence desde o dia 07 de junho, quando bateu o Botafogo. O aproveitamento de Renato Gaúcho nunca foi dos melhores, a não ser na última passagem pelo clube.

Atlético/PR (18º) – 12 pontos
O que resta: Goiás (F), Fluminense (C), Cruzeiro (F), Botafogo (F), Barueri (C)
Pode chegar – 27 pontos
É o time que mais perdeu, oito vezes. Dessas, metade foi na Arena da Baixada, onde sempre fez grandes partidas. O Furacão flerta perigosamente com a Série B, caso não melhore o rendimento em casa.

Sport (17º) – 13 pontos
O que resta: Cruzeiro (F), Palmeiras (C), Fluminense (F), Inter (F), São Paulo (C)
Pode chegar – 28 pontos
O ano começou como um sonho para o Sport. Após a eliminação na Libertadores, o time começou a viver um pesadelo. Trocou pela segunda vez de treinador, prática perigosa que costuma terminar em rebaixamento.

ATUAL ZONA INTERMEDIÁRIA

Cruzeiro (16º) – 14 pontos
O que resta: Sport (C), Grêmio (F), Atlético/PR (C), Coritiba (F), Santos (C), Botafogo (F)
Pode chegar – 32 pontos
A tabela não é das piores para os celestes até o final do turno. Tem uma partida a menos e, das seis que restam, joga três no Mineirão enfrentando times que estão no desespero, como Sport e Atlético/PR

Botafogo (15º) – 15 pontos
O que resta: Coritiba (F), Barueri (C), São Paulo (F), Atlético/PR (C), Palmeiras (F), Cruzeiro (C)
Pode chegar – 33 pontos
O Botafogo vai melhorando lentamente. A chegada de reforços dará força ao time de Ney Franco. Tem uma partida a menos e deve subir na tabela, assim como Cruzeiro.

Coritiba (14º)– 15 pontos
O que resta: Botafogo (C), Atlético (F), Santos (C), Cruzeiro (C), Fluminense (F)
Pode chegar: 30 pontos
O Coxa reagiu no campeonato após o péssimo início, mas a equipe não consegue bons resultados fora do Couto Pereira. Alterna grandes partidas com apresentação abaixo da crítica. Até aqui, apenas uma vitória e cinco derrotas longe de Coritiba.

ATUAL ZONA DA SUL-AMERICANA

Santo André (13º)– 17 pontos
O que resta: Corinthians (C), Goiás (C), Avaí (F), Náutico (F), Inter (C)
Pode chegar – 32 pontos
O Ramalhão conseguiu bons resultados no início do campeonato, principalmente fora de casa, mas a gordura está acabando. O time parece começar a sentir os jogos a cada três dias, está caindo na tabela e não tem mais o treinador Sérgio Guedes. Os jogos até o fim do turno são complicados.

Santos (12º) – 17 pontos
O que resta: Náutico (F), Inter (C), Coritiba (F), Avaí (C), Cruzeiro (F)
Pode chegar: 32 pontos
Ainda instável, o Santos está com um aproveitamento ruim em casa onde sempre foi muito forte. Foram duas derrotas, três empates e três vitórias na Vila. Fora de Santos, o time venceu apenas o Fluminense.

São Paulo (11º) – 18 pontos
O que resta: Grêmio (C), Vitória (F), Botafogo (C), Goiás (C), Sport (F)
Pode chegar: 33 pontos
O tricolor começa a reagir no campeonato. Não perde há três partidas e a confiança parece voltar ao Morumbi. Deve subir na tabela até o final do turno e colocar o tricolor paulista fora da briga é impossível.

Avaí (10º) – 19 pontos
O que resta: Vitória (C), Corinthians (F), Sto. André (C), Santos (F), Náutico (C)
Pode chegar: 34 pontos
Uma reação surpreendente do Avaí, que saiu da lanterna para o meio da tabela. O time agora está com um aproveitamento razoável em casa e bom como visitante. A tabela favorece o time pelos jogos que ainda fará em Florianópolis.

Flamengo (9º) – 20 pontos
O que resta: Atlético (C), Náutico (C), Goiás (F), Corinthians (C), Grêmio (F)
Pode chegar: 35 pontos
Tem uma tabela até certo tranquila, diferente da situação na Gávea que nunca está em calmaria. O time tem dois jogos seguidos em casa e até o fim do turno faz mais um jogo no Maracanã contra o desfalcado Corinthians.

Grêmio (8º) – 21 pontos
O que resta: São Paulo (F), Cruzeiro (C), Palmeiras (F), Barueri (F), Flamengo (C)
Pode chegar: 36 pontos
Ao contrário do Flamengo, a tabela é complicada para o tricolor gaúcho. Tem jogos difíceis na reta final do turno e faz três dessas partidas fora de casa. Se o time ainda não perdeu em casa, também não triunfou fora.

Barueri (7º) – 22 pontos
O que resta: Inter (F), Botafogo (F), Vitória (C), Grêmio (C), Atlético/PR (F)
Pode chegar: 37 pontos
A boa campanha no turno dá uma gordura para o caçula. O time perdeu apenas duas vezes, uma em casa e outra fora, e os tropeços, se aparecerem no final do turno não devem jogar o Barueri muito para baixo na classificação.

Goiás (6º) – 23 pontos
O que resta: Atlético/PR (C), Sto. André (F), Flamengo (C), São Paulo (F), Vitória (C)
Pode chegar: 38 pontos
Venceu quatro vezes como visitante e sabe jogar nessa situação. Tem um bom treinador, venceu as três últimas partidas e pode subir ainda mais na tabela pelos jogos que ainda têm pela frente.

ATUAL ZONA DA LIBERTADORES

Corinthians (5º) – 23 pontos
O que resta: Sto. André (F), Avaí (C), Náutico (F), Flamengo (F), Atlético (C)
Pode chegar: 38 pontos
A pergunta é: como o Timão se comportará sem quatro jogadores importantes, três negociados e um contundido? A tabela é boa para o time, mas Mano Menezes terá que montar praticamente uma nova equipe.

Internacional (4º) – 24 pontos
O que resta: Barueri (C), Santos (F), Atlético (C), Sport (C), Sto. André (F)
Pode chegar: 39 pontos
Pelo início do Colorado, parecia que levaria com tranquilidade o campeonato. O time sofreu uma queda, mas tem elenco para terminar na boa colocação que está o 1º turno, desde que supere os problemas de relacionamento.

Vitória (3º) – 24 pontos
O que resta: Avaí (F), São Paulo (C), Barueri (F), Fluminense (C), Goiás (F)
Pode chegar: 39 pontos
A surpreendente campanha do Vitória está escorada na bela campanha como mandante. Venceu seis e empatou apenas uma. Se mantiver a campanha em Salvador nas últimas rodadas, terminará o turno na parte de cima.

Palmeiras (2º) – 28 pontos
O que resta: Fluminense (C), Sport (F), Grêmio (C), Atlético (F), Botafogo (C)
Pode chegar: 43 pontos
Obina em estado de graça, o time com uma grande campanha e Muricy Ramalho iniciando o trabalho. Aliado a isso, três jogos em casa na reta final do turno. Melhor, impossível.

Atlético (1º) – 28 pontos
O que resta: Flamengo (F), Coritiba (C), Inter (F), Palmeiras (C), Corinthians (F)
Pode chegar: 43 pontos
Tem uma tabela difícil até virar o turno, enfrentando três equipes que estão nas primeiras colocações. Vencer as duas partidas em casa e conseguir algum ponto fora é fundamental para manter o time entre os quatro primeiros. Os pontos conquistados fora de casa no início do campeonato proporcionam uma tranqüilidade maior para o Galo na reta final.

A 14a rodada, ou o domingo dos visitantes

Ontem, apenas o Vitória colocou ordem na casa e marcou três pontos em seus domínios ao vencer o Coritiba, por 1 a 0.

Foram visitantes indigestos o Flamengo, que bateu o Santos, na Vila, por 2 a 1, de virada;

O Goiás, que mostrou ser um time preparado para jogar quando está longe do Serra Dourada, e venceu o Galo em um Mineirão lotado e calado, por 1 a 0;

O São Paulo, que mesmo como visitante em Barueri, parecia ser o mandante, pois assim será quando qualquer time paulista, mineiro ou carioca jogar na Arena. O placar foi 2 a 1 para o tricampeão brasileiro;

O Palmeiras, que foi visitante contra o Corinthians, em Presidente Prudente, e venceu por 3 a 0, com direito a três gols de Obina e deu um baile no rival, para alegria de Muricy Ramalho que viu tudo das cabines.

Aconteceram empates diferente no chato Fluminense e Cruzeiro ( 1 a 1) e o centenário e eletrizante clássico pernambucano Sport e Náutico (3 a 3).

No sábado, o único visitante que se deu bem foi o Avaí, que derrotou o Atlético/PR, por 3 a 1, na Arena da Baixada. Foi a quarta vitória seguida dos catarinenses, que subiram 10 posições em quatro jogos e quarta derrota do Furacão em casa.

Internacional e Santo André bem que também tentaram fazer a festa na casa alhiea, mas o Botafogo venceu o Colorado, 3 a 2 após estar com dois de frente; e o Grêmio bateu o Rama;hão, por 3 a 1, de virada.

Foram 33 gols em dez partidas e, mais uma vez, este blog acertou metade dos palpites.

Palpitão da 14a rodada

Grêmio (8o) x Sto.André (10º) – O Grêmio ganha uma, perde outra. Como perdeu na última rodada e joga no Olímpico, deve bater o Santo André, embora o time do ABC seja um visitante indigesto. Grêmio.

Atlético/PR (17º) x Avaí (12º) – O Furacão não vence há três partidas e enfrenta o Avaí que, surpreendentemente, triunfou nas últimas três rodadas. Mesmo na Arena, sou mais Avaí.

Botafogo (18º) x Inter (3º) – Ambos empataram, por 2 a 2, na última rodada. O Inter já não terá Nilmar, o Botafogo preocupa sua torcida desde o início do Campeonato por não conseguir deixar o G4 do mal. Empate

Corinthians (4º) x Palmeiras (2º) – Dois grandes rivais que estão no G4. Dois pontos separam os paulistas. Muricy ainda não estreia e o Timão volta ao palco do primeiro gol de Ronaldo com a camisa alvinegra. Empate.

Santos (9º) x Flamengo (11º) – Ambos com 17 pontos e duas posições os separam na classificação. O Santos tenta se estabilizar, o Flamengo vive uma crise interminável. Santos.

Sport (16º) x Náutico (20º) – Os pernambucanos estão muito mal no Brasileiro e fazem o clássico dos desesperados. Principalmente o Náutico, lanterna e pior defesa do campeonato. Sport

Atlético (1º) x Goiás (7º) – O Galo tem a primeira oportunidade de criar uma gordura e seguir tranqüilo na ponta. O Goiás joga com três importantes desfalques, na defesa, meio e ataque. Embora Harley geralmente feche o gol no Mineirão, dá Galo.

Fluminense (19º) x Cruzeiro (15º) – Não deu tempo de Renato Gaucho mostrar trabalho, portanto, sem essa de “o time melhorou com o novo comandante”. O Cruzeiro viaja para buscar mais três pontos e manter as esperanças no Brasileirão. Empate.

Barueri (5º) x São Paulo (14º) – As posições parecem estar invertidas na classificação, não é mesmo? O Barueri tem um bom time e o São Paulo começa a evoluir. São Paulo

Vitória (6º) x Coritiba (13º) – O rubro-negro deixou o G4 e tem grandes chances de voltar nessa rodada. Para isso, tem que vencer o Coxa, e deve vencer. Vitória.

A 13a rodada, ou o G4 tem novo integrante

O Corinthians é o novo integrante do G4, após vencer o Vitória, por 2 a 1, no Pacaembu.

Por lá continuam o Galo que, no sufoco, bateu o Fluminense, por 2 a 1, no Mineirão, com péssima arbitragem de Wilson Luis Seneme. A impressão é que o jogo não terminaria enquanto o tricolor não alcançasse o empate. Mas, não deu e o Flu continua no G4 do mal...

Quem também se manteve no G4 foi o Inter, que abriu 2 a 0 no São Paulo – gols irregulares, diga-se - mas o tricolor paulista buscou o empate no Beira-Rio.

O Palmeiras, no encontro dos verdes, perdeu a chance de se manter com os mesmos pontos do líder ao ser derrotado no Serra Dourada, de virada, pelo Goiás, 2 a 1.

Quem continua subindo é o Avaí, que derrotou o Grêmio, na Ressacada, por 1 a 0 e alcançou a terceira vitória seguida. O time catarinense subiu da 20ª para a 12ª posição em três rodadas.

Náutico e Botafogo, no encontro dos Aflitos, empataram em 2 a 2 e se mantiveram no G4 do mal.

O outro clube na parte menos nobre da tabela é o Atlético/PR, que foi derrotado pelo Santos, por 1 a 0, na estreia de Luxemburgo.

Por falar em treinador, Cuca caiu no Flamengo após o empate, em 1 a 1, com o Barueri, no Maracanã. Convenhamos, a demissão do Cuca era mesmo questão de tempo.

O Cruzeiro foi o único visitante vitorioso, ao fazer 2 a 0 no Santo André.

Em Curitiba, o Sport saiu na frente, mas cedeu o empate para o Coritiba, 1 a 1, debaixo de muita chuva.

Foram 25 gols em 10 partidas, nenhum time marcou mais do que duas vezes na rodada, as partidas com maior número de gols foram dois empates em 2 a 2. Val Baiano é artilheiro isolado, com nove gols marcados, e este blog acertou cinco palpites novamente.

Renteria no Galo

O presidente do Atlético anunciou no Twitter a contratação do atacante colombiano Renteria. O Cruzeiro anunciou a desistência do ex-jogador do Internacional alegando, segundo palavras do presidente Zezé Perrela, que Renteria queria receber mais do que Kleber, estrela do time celeste.

Os atleticanos da comunidade oficial do Galo no Orkut comemoram a “passada de perna“ que o time alvinegro deu no maior rival. Os celestes, ao contrário, afirmam que a diretoria já havia desistido da contratação.

Não é novidade esse chapéu que um rival dá no outro quando o assunto é a contratação de jogadores. Os casos mais recentes são dos meias Gerson Magrão e Camilo, que estavam praticamente acertados com o Atlético e desembarcaram na Toca da Raposa II.

Na década de 1990, isso também ocorreu algumas vezes. Quando o zagueiro Luisinho estava de malas prontas para voltar ao futebol mineiro, depois de defender o Sporting, de Portugal, o então presidente alvinegro Afonso Paulino tentou contratar o ídolo atleticano. Mas a diretoria atleticana desistiu da contratação alegando uma pedida muito alta do zagueiro e Luisinho brilhou no Cruzeiro no final da sua carreira. Elivelton, atacante que marcou o gol do título da Libertadores do Cruzeiro, em 1997, negociou com o Atlético antes de vestir azul.

Algum tempo depois o Galo deu o troco contratando junto ao América o volante pentacampeão do mundo Gilberto Silva. Já no século XXI, o Atlético negociou com o colombiano Aristizábal, mas o ex-Santos e São Paulo fechou contrato com o Cruzeiro, no início de 2003.

E você, leitor deste espaço, se lembra de comemorar algum chapéu que seu time deu no maior rival? Ficou frustrado ao perder aquele craque para o maior inimigo?

Palpitão da 13a rodada

Avaí (14o) x Grêmio (7o) – Quando o Avaí saiu para duas partidas como visitante, a maioria, exceto os próprios torcedores do time, claro, imaginaram que os catarinenses voltariam com a lanterna na mão. Mas o time venceu as duas e volta triunfante a Floripa para encarar o motivado Grêmio após a vitória no clássico: Vai ser um bom jogo. Empate

Santo André (9º) x Cruzeiro (18º) – Se Marcelinho Carioca estivesse em campo e pela campanha dos dois times não seria nenhum absurdo apontar o Ramalhão como favorito no confronto de hoje. O Cruzeiro também tem desfalques na zaga e meio-campo. Empate.

Flamengo (10º) x Barueri (5º) – Os diretores do Flamengo já declararam que não garantem Cuca se o time tropeçar. Que belo incentivo, não? O Barueri de Val Baiano debuta no Maracanã. Flamengo

Santos (13º) x Atlético/PR (15º) – Ótima partida para uma estreia hein, Luxemburgo? Na Vila e contra o instável Atlético/PR. Santos

Internacional (3º) x São Paulo (12º) – Os sorrisos voltaram ao Morumbi. A desconfiança ronda o Beira-Rio. Mas, para o alívio de Tite, não há mais a sombra de Muricy Ramalho. Empate

Náutico (20º) x Botafogo (17º) – Encontro de ocupantes do G4 do mal. Não está dando para arriscar as fichas no Timbu nem mesmo jogando em casa. Botafogo.

Goiás (8º) x Palmeiras (2º) – O penúltimo jogo sob o comando de Jorginho no Palestra contra um Goiás embalado pela goleada no último sábado. Goiás.

Corinthians (6º) x Vitória (4º) – Como se comportará o Corinthians sem duas importantes peças no esquema de Mano Menezes? Bom teste contra o rubro-negro baiano. Corinthians.

Coritiba (11º) x Sport (16º) – Pelo aproveitamento, o Sport está no G4 do mal. Deve entrar de vez amanhã, após a partida no Couto Pereira. Coritiba

Atlético (1º) x Fluminense (19º) – Galo com apoio da massa e volta do artilheiro. Flu na nova velha era Renato Gaúcho, mas sem poder brincar no Brasileiro. Atlético.

América classificado, mas agora que é pra valer

O América/MG é o primeiro classificado para a próxima fase da Série C. A goleada por 5 a 1, aplicada no Mixto, no último domingo, colocou o Coelho a duas partidas da sonhada Série B.

Desde a queda do clube para a terceira divisão o time nunca esteve tão perto do acesso. Resta apenas um mata-mata para que o “eldorado” americano seja alcançado.

O clube contratou um treinador experiente em subir equipes no Campeonato Brasileiro e o projeto do Conselho Gestor, que critiquei aqui, pode até mesmo ser o melhor caminho para o Coelho.

Mas que os jogadores e comissão técnica não caiam na euforia da imprensa mineira, sedenta por glórias mesmo que elas venham disfarçadas de acesso à Série B.

O América é um dos melhores times da terceira divisão, está fazendo um trabalho sério e louvável, mas não custa lembrar que haverá um adversário do outro lado que também jogará a vida nas duas partidas das quartas-de-final.

Não adianta fazer uma brilhante primeira fase e relaxar no momento mais decisivo. Já vimos filmes semelhantes com o mesmo América e na mesma Série C. O americano não esquece o ano de 2006, quando o time goleou a Jataiense, de Goiás, por históricos 9 a 0, no Independência, e todos colocaram o time em um patamar que ele nunca esteve. O resultado: o Coelho caiu na fase seguinte, quando era considerado favorito no grupo que tinha o Ipatinga, que acabou alcançou o acesso.

A Série B é logo ali, o inferno de um dos mais tradicionais clubes de MG está próximo de acabar, mas ainda não acabou.

A 12a rodada, ou a noite de Val Baiano

Ronaldo marcou gol no Mineirão, na vitória corintiana sobre seu ex-clube, o Cruzeiro, por 2 a 1.

Adriano balançou as redes em mais um 2 a 2 entre Flamengo e Botafogo. Os rivais, aliás, deveriam sempre começar o jogo com dois gols cada.

Washington deu esperanças de que o São Paulo pode voltar aos bons dias, fazendo dois gols no clássicos San-São, que terminou 2 a 1 para o tricolor.

O Grêmio venceu o Grenal dos 100 anos, 2 a 1, com gol de Maxi López.

O líder Galo empatou em 0 a 0, com o Vitória, mesmo resultado do Atle-Tiba.

O Palmeiras dormiu líder ao passar pelo Santo André, sábado, por 1 a 0.

Também no sábado, o Flu foi goleado de novo. Goiás 4 a 1, no Maracanã.

O Avaí queimou minha língua e bateu o Sport, por 3 a 1, na Ilha do Retiro.

Mas a rodada foi de Val Baiano. Em uma partida, o atacante do Barueri se tornou o artilheiro do Brasileirão, ao lado de Roger (Vitória) e Felipe (Goiás), com oito gols, e transformou o caçula do torneio no melhor ataque, com 28 bolas nas redes. Tudo isso porque Val Baiano marcou quatro vezes contra o Náutico. Ah... e ele está no meu time do Cartola FC!!!

Mas se no Cartola o blogueiro foi bem, nos palpites mais uma vez deixou a desejar, acertando apenas metade dos prognósticos.

Palpitão da 12a Rodada

Palmeiras (3o) x Sto.André(7º) – O interino Jorginho até aqui conseguiu grandes resultados e a diretoria ainda não sabe se o efetiva. A parada hoje é contra o bom Santo André que já tirou pontos de vários grandes na competição. Palmeiras

Fluminense (19º) x Goiás (10º) – O filme do Flu parece o mesmo do ano passado, mas no último Brasileirão tinha a desculpa da Libertadores. O Goiás perdeu três pontos importantes para o Avaí na rodada anterior e vai atrás da recuperação. Goiás

Cruzeiro (16º) x Corinthians (6º) – Chegou a hora do Cruzeiro acordar. Pena, para os celestes, que o adversário pode ser indigesto. Por outro lado, o Timão parece que já começou a relaxar no Brasileiro. Ronaldo volta ao Mineirão onde brilhou com a camisa do Cruzeiro. Empate.

Vitória (4º) x Atlético (1º) – Quando começou o campeonato ninguém imaginava que essa partida reuniria o maior número de pontos da rodada. O rubro-negro vai sem o trio de zaga titular, o Galo joga a primeira sem Diego Tardelli. Empate

Grêmio (8º) x Inter (2º) – Os tricolores já não aguentam mais perder para o Colorado. Será que chegou a hora de acabar com o tabu? Vou apostar no Grêmio.

Atlético/PR (14º) x Coritiba (12º) – Dois pontos e duas posições separam os rivais. O Coritiba tem melhor time e está em melhor fase que o Furacão. Isso é certeza de vitória? Não, mas aposto no Coxa.

São Paulo (15º) x Santos (11º) – Clássico com dois times em crise. A pior defesa contra o terceiro pior ataque. Quem sair derrotado começa a semana com uma pressão absurda. Mas, para mim, dá empate.

Flamengo (9º) x Botafogo (17º) – O Botafogo tenta deixar o G4 do mal. Enfrenta um instável Flamengo que alterna boas apresentações com partidas abaixo da crítica. Como a última o rubro-negro foi mal, nessa deve ir bem. Flamengo.

Barueri (5º) x Náutico (20º) – O campeonato ainda está no começo mas o Náutico já está fazendo tudo para cair. Pode dar mais um passo rumo a Série B amanhã. Barueri

Sport (13º) x Avaí (18º) – Emerson Leão, o “eterno” perseguido pela arbitragem contra o Avaí que surpreendeu no meio de semana. Mas não creio em duas vitórias seguidas do time do Guga. Sport

A primeira vez a gente nunca esquece

Já se passaram 15 anos, mas parece que foi ontem que vivi aquelas emoções repletas de sorrisos, nervosismo, prazer, apreensão e muita alegria. Eu, adolescente sem muitas preocupações no interior de MG, esperei aquele momento como muitos da minha idade que nunca tinham vivido nada parecido. Verdade que em algumas ocasiões as reações são semelhantes, mas nada, nada se compara. Acompanhar a conquista da primeira Copa do Mundo é algo inesquecível!

E como acompanhei aquela Copa dos Estados Unidos! Lembro-me das críticas ao time do Parreira, mas naquela época pouco me importava com o futebol pragmático do selecionado canarinho. Eu me recordo de torcer, e muito, para os EUA do roqueiro-zagueiro Lalas na partida em que os anfitriões derrotaram a sensação das eliminatórias, a Colômbia. Teve um lance mágico de uma bicicleta de um yankee que passou próxima à trave colombiana. Preocupei-me com o início da Copa dos hermanos argentinos, até Maradona ser pego no doping. Encantei-me com a primeira fase da Nigéria.

Não esqueço um detalhe sequer dos sete jogos do Brasil naquela Copa. Acompanhei a estreia, contra os russos, em um bar da minha cidade. Vitória suada, 2 a 0. Superticioso, voltei ao Moinho, esse era o nome do bar que nem existe mais, para ver a seleção passear em cima dos Camarões, com um 3 a 0 incontestável. Na última partida da primeira fase a seleção saiu atrás da Suécia e, no fim do primeiro tempo, corri pra casa para ver se dava sorte. E deu! Romário, com o biquinho da chuteira empatou o jogo e manteve a seleção invicta.

As oitavas-de-final seriam contra os EUA no dia 4 de julho. Um bolão entre amigos, todos cravando goleada do time brasileiro. Eu apostei seco. 1 a 0 e estava bom demais. Este jogo foi o primeiro que reuni alguns poucos e bons amigos em casa para ver a partida O jogo desenrolava, o tempo passava e nada do gol. Até aquele passe mágico do Romário para o Bebeto fazer o gol do “eu te amo”. 1 a 0, só, sofrido e eu levei a bolada sozinho. Era tempo da conversão da URV para o real e não me lembro quanto ganhei na aposta, mas deu para tomar muita cerveja. Sim, naquele tempo não era proibido vender bebida alcoólica para menores. Ou, se era, lá ninguém respeitava. Nem os comerciantes, muito menos os adolescentes.

Nas quartas-de-final a poderosa Holanda. O jogo foi no sábado. O finado Diário da Tarde trouxe previsões que o Brasil não passaria pela Laranja Mecânica de Bergkamp. Para quem tinha visto a seleção sempre cair nessa fase da Copa, foi pra frente da TV sabendo que terminaria ali mais um sonho do tetra. Até que o jogo começou e o Brasil marcou duas vezes na primeira etapa, com Romário e Bebeto, no gol “embala nenê”. Inacreditável! Eu e os amigos estávamos desconjurando videntes, tarólogos e sensitivos. “À merda os videntes. Quem tem essa dupla não precisa temer previsões”.

Aí, veio o empate holandês. Todos que assistiam a partida em minha casa não pensavam em outra coisa senão na “porcaria” do Diário da Tarde que lemos naquela manhã. Mas havia um Branco na seleção. Ele era reserva, estava machucado e só jogou porque o Leonardo deu uma cotovelada no Tab Ramos, jogador americano, na fase anterior e foi expulso. O Branco arrumou a bola, tomou distância e soltou a bomba, com curva. O Romário tirou o corpo da frente – depois eu li que ele só fez aquele movimento por medo – e a bola entrou no cantinho, chorado. 3 a 2 e às favas os videntes. Pela primeira vez eu via o Brasil em uma semifinal. Por isso só, já era uma Copa inesquecível.

A essa altura grandes times já haviam ficado pelo caminho. Argentina, Alemanha, Nigéria, Espanha já estavam em casa. No penúltimo passo para o caneco, novamente a Suécia. Eu achei o jogo muito tranquilo. O Brasil não fazia gols, mas a Suécia também não ameaçava. Até que apareceu um cruzamento da direita e o Romário, no meio dos gigantes suecos fez de cabeça o gol que colocou o Brasil na final da Copa.

No dia da decisão os poucos amigos que acompanharam aquela partida contra os EUA na minha casa já eram dezenas. Como eu, todos eles debutando em finais de Copa do Mundo. Era como a perda coletiva de uma virgindade. O jogo foi duro, tenso, como devem ser as decisões. O Baggio estava ameaçado de não jogar, todos torcemos para isso, mas lá estava o camisa 10 e seu rabo de cavalo. Na partida, o Pagliuca quase engoliu um frango e foi beijar a trave salvadora, o Romário perdeu um gol dentro da pequena área e o 0 a 0 persistiu no tempo normal e na prorrogação. Pênaltis nos faziam lembrar a França de oito anos antes.

O Baresi bateu pra fora. Euforia! O Márcio Santos perdeu. Decepção. O Albertini marcou. Medo. O Romário empatou. Susto. O Evani não desperdiçou. Tremor. O Branco empatou. Alívio. O Massaro bateu e Taffarel pegou. É hoje!!! O Dunga colocou o Brasil na frente. É HOJE!!! O Baggio bateu par fora. É TETRA!!! É TETRA!!!! A imagem do Galvão Bueno e do Pelé abraçados e os gritos do narrador nunca mais saíram da minha cabeça.

Lágrimas, sorrisos, cerveja, abraços, tudo misturado. O Brasil, enfim, erguia a taça FIFA. Foram bons e saudosos tempos aqueles. Época de poucas preocupações, de respirar futebol e torcer muito pela seleção. Hoje faz 15 anos, mas parece que foi ontem.

A 11a rodada, ou o dia que a OI pisou na bola

A 11a rodada ficou um pouco esquecida no meio de semana que deveria ser totalmente dedicado à decisão da Copa Libertadores. Mas, enfim, um dia quem dirige o futebol no Brasil – entenda TV Globo – aprende a valorizar o torcedor.

Foram 32 gols em nove partidas, lembrando que Botafogo e Cruzeiro completarão a rodada no final de agosto. Dois visitantes venceram, o Avaí, 2 a 0 em cima do Goiás e o Palmeiras, que derrotou o Flamengo, por 2 a 1, no Maracanã.

Os alvinegros paulistas fizeram partidas em casa e com muitos gols. O Corinthians derrotou o Sport, 4 a 3, e o Santos, em crise, empatou com o Barueri, por 3 a 3, após estar dois gols atrás no placar. Outra partida com muitos gols foi a vitória do Internacional, por 4 a 2, sobre o Fluminense, no Beira-Rio.

O Santo André confirmou a boa campanha ao bater o Atlético/PR, por 1 a 0 e o Vitória permaneceu no G4 ao empatar com o Náutico, nos Aflitos, por 1 a 1. O Coritiba venceu mais uma em casa, 2 a 1 no Grêmio.

A liderança continua com o Atlético, que venceu o São Paulo por 2 a 0. Com um minuto Diego Tardelli já tinha feito os mais de 54 mil atleticanos irem ao delírio ao fazer o primeiro gol, o outro foi do bom volante Serginho. Pena que os assinantes da OPERADORA OITV em BH não puderam ver o primeiro tempo porque o sinal da transmissão caiu minutos antes da partida e somente foi restabelecido aos 10 minutos da segunda etapa. Estranho que somente o jogo do Atlético estava fora do ar. Corinthians x Sport e Náutico x Vitória estavam sendo transmitidos perfeitamente. Exercerei hoje meu direito de consumidor.

Este blog acertou apenas quatro dos nove resultados da rodada.

Quando o jogo não é apenas um detalhe

Foto: Emmanuel Pinheiro/EM

Como pode ser lido no post abaixo, a euforia em BH ontem era enorme e justificável, por parte da torcida, diga-se.

Só que tamanho êxtase contagiou a imprensa e acho impossível o grupo de jogadores ficar totalmente alheio a tanto oba-oba.

As edições dos jornais de MG ontem só faltaram trazer o pôster do time campeão.

Pode até parecer impressão, mas as entrevistas dos atletas e dirigentes cruzeirenses passavam um clima de já ganhou absurdo. Sorrisos, confiança exagerada, nada de cautela. Isso sem contar alguns repórteres de rádio.

O jogo parecia uma mera formalidade e os celestes entrariam no Mineirão apenas para levantar a taça.

Não acho que a imprensa tenha que procurar culpados pela decepção cruzeirense. Não há culpados.

Nem Wagner, belo jogador, mas que some quando a partida é dura, brigada, principalmente contra rivais sul-americanos que marcam forte.

Nem Wellington Paulista, como uma rádio começou a dizer, ontem, que não pode ser titular do Cruzeiro. Até semana passada o camisa 9 era herói. Pouco antes da partida era possível, inclusive, ser artilheiro da Libertadores.

O Cruzeiro encontrou pela frente um time de guerreiros, inferiores tecnicamente, mas que jogaram com sangue nos olhos e foram melhores durante todo o jogo.

Que a diretoria celeste não venha com a desculpa da arbitragem. Fraca, mas não decisiva.

Por outro lado, ainda é cedo para comparar o Cruzeiro de 2009 com o Fluminense do ano passado. O tricolor perdeu peças importantes após a decepção diante da LDU. A diretoria cruzeirense afirma que vai reforçar o bom elenco que tem.

É hora dos celestes começarem a correr atrás no Brasileiro. O time está nove pontos abaixo do G4 e treze atrás do líder.

Belo Horizonte está azul *

Uma rápida passada pelo centro de Belo Horizonte é suficiente para perceber que a cidade está azul.

São dezenas camisas do Cruzeiro e poucas do Atlético, líder do Campeonato Brasileiro.

Não se fala em outra coisa na capital mineira. Nas filas do banco, no trânsito, nas bancas de jornais, a decisão da Libertadores é o tema.

Também, pudera, a imprensa não tem outro assunto.

O jogão entre Cruzeiro e Estudiantes deixou as páginas esportivas para ser pauta, também, nos cadernos de saúde, segurança e de entretenimento.

A noite será de euforia celeste, caos no trânsito e muito faturamento para os botecos de BH.

Em campo, dois bons times. O Cruzeiro é melhor, por isso o favoritismo.

A esperança portenha está nos pés de Verón, o único capaz de desequilibrar a partida para o lado dos argentinos.

O jogo poderá ser de festa para os cruzeirenses mas será, também, de despedida. Ramires faz a última partida com a camisa celeste. Não é novidade um ídolo cruzeirense se despedir do clube em uma decisão. Em 2002, Sorin deixou a Toca da Raposa após fazer o gol do título da Copa Sul Minas, em cima do Atlético/PR.

Por falar em coincidências, em 1997, no bicampeonato da Libertadores o Cruzeiro levantou a taça jogando contra um time que enfrentou na primeira fase. Naquela oportunidade o adversário foi o Sporting Cristal. Dessa vez, o Estudiantes.

Será uma longa noite de foguetório em Belo Horizonte, independente de quem sair do Mineirão com a passagem para Dubai garantida.

* Atualizado às 16h:

as duas principais praças do país não verão em TV aberta a decisão do maior campeonato da América.

A TV Globo preferiu transmitir para o RJ, Inter x Fluminense e, para SP, Flamengo x Palmeiras.

O presidente do Cruzeiro, Zezé Perrela, disse há pouco tempo, que não tem mais rival em MG. Rival do Cruzeiro é São Paulo, Corinthians, Internacional. Mas os nacionais torcedores celestes não poderão acompanhar o time do coração, a não ser que paguem por uma TV a cabo ou, se não puderem, que assistam em um bar, casa de amigo, por cima da cerca do vizinho.

Para a Globo o que importa é o lucro, a audiência de uma partida da 11a rodada do Brasileiro no lugar da partida mais importante da América. Quem deveria brigar pelos cruzeirenses fora de Minas não quer briga com a detentora dos direitos. Que se dane, também, a exposição dos patrocinadores para os dois estados com maior arrecadação do país. Por isso não me espanta o que já ouvi da boca de dirigente celeste, que o futebol seria melhor sem os torcedores. Assim, nem título de campeão do mundo tira MG do provincianismo.

Palpitão da 11a rodada

Coritiba (15o) x Grêmio (6o) – Apesar da campanha ruim, o Coritiba venceu as últimas três partidas em casa. O Grêmio parece ter entrado pra valer no Brasileiro após a desclassificação na Libertadores. Empate

Goiás (9o) x Avaí (20o) – O time do cerrado perdeu a primeira fora de casa na última rodada e vai se recuperar em cima do lanterna Avaí. Goiás.

Sto. André (10o) x Atlético/PR (13o) – Duas equipes que conseguiram grandes resultados na última rodada. O Santo André é mais time que o Furacão. Santo André.

Santos (11o) x Barueri (5o) – O Peixe à espera de Muricy ou Luxa contra o surpreendente Barueri que perdeu apenas uma partida até agora. Empate

Inter (2o) x Fluminense (18o) – Os derrotados por Atlético/PR e Sto. André na rodada passada duelam no Beira-Rio. O Flu com treinador interino contra o Inter do Tite, que começa a ser contestado. Inter

Flamengo (7o) x Palmeiras (4o) – O Palmeiras faz grande campanha sob o comando de Jorginho, mas bater o Flamengo no RJ não é tarefa fácil. Flamengo

Atlético (1o) x São Paulo (14o) – O líder contra o atual tricampeão. Pela primeira vez nos pontos corridos o Galo está em melhor fase que o Tricolor, a quem não vence em casa desde 1998. Celso Roth parece querer inventar um 3-5-2 no time e pode colocar em risco uma vitória. Mesmo assim, Atlético.

Náutico (19o) x Vitória (3o) – Geninho estreia no time pernambucano contra o bom Vitória de Carpegiani. Triunfo baiano no Recife. Vitória.

Corinthians (8o) x Sport (12o) – O Timão joga com alguns desfalques, o maior deles Elias, contra a equipe dirigida por Emerson Leão, que costuma dar sorte contra os paulistas. Empate

* Como a partida Botafogo e Cruzeiro foi adiada para o final de agosto, o palpitão deste confronto também está adiado.

Está no Clube do Esporte

De São Paulo, escreve o jornalista Antônio Boaventura:

Imprensa Esportiva,

Inacreditável! Equipe de esportes está fora do ar por falta de patrocínio!!!

O jornalismo esportivo na região do ABCD paulista está enfraquecido. Essa dura realidade é confirmada pela interrupção nas transmissões da tradicional Equipe ABC de Esportes, de Santo André.

A trupe que realiza suas transmissões pela Rádio ABC, também da cidade de Santo André, e pelo Portal Clube do Esporte (www.clubedoesporteweb.com.br), acompanhou as principais conquistas do Ramalhão, como a Copa do Brasil de 2004, a campanha na Copa Libertadores de 2005, a conquista do Campeonato Paulista da A2 e do acesso a Série A do Brasileirão após 25 anos.

O trabalho da Equipe ABC de Esportes se estende ao Litoral Paulista com informações e transmissões dos jogos do Santos. A equipe é composta por Airton Marques, Anderson Marques, Antônio Eustáquio, Guina Moreira, Janete Ogawa e Miguel Fagundes.De segunda á sexta das 21h ás 22h, a Rádio ABC transmitia o programa ABC nos Esportes que atinge aproximadamente 8 milhões de pessoas em toda região do ABC paulista, Baixada Santista, Indaiatuba e regiões de São Paulo.

Para voltar a jornada esportiva, a Equipe pede a colaboração através de depósito bancário, e aquele que contribuir irá concorrer a uma camisa oficial do clube que torce. A doação deve ser feita no Banco Itaú, agência: 0020, através da conta corrente: 89401-0.

O link: http://www.clubedoesporteweb.com.br/noticiadestaque_detalhe.php?id_destaque=48

Marília é o melhor da Série C e América está próximo da 2a fase

O Campeonato Brasileiro da Série C vai chegando aos momentos decisivos da primeira fase com quase nada definido. Faltando três jogos para algumas equipes e dois para outras, as vagas para o mata-mata ainda estão abertas em todos os quatro grupos da competição.

A melhor equipe é o Marília, líder do grupo D, única invicta entre os 20 participantes, com aproveitamento de 73,3%. O ASA-AL, no grupo B e o América-MG, no C, têm 72,2% e com um empate garantem presença na segunda fase. No grupo A, a liderança pertence aos paraenses Águia e Paysandu, com 10 pontos, mas ambos com uma partida a mais que o Rio Branco-AC, que tem 9 e jogou cinco vezes. O time acreano tem 60% de aproveitamento, contra 55.5% dos líderes da chave.

Na rodada do final de semana, a 7ª da primeira fase, foram marcados 27 gols em oito partidas. Nenhuma terminou 0 a 0 e apenas um visitante venceu, o Luverdense que bateu o Águia por 2 a 0. As maiores goleadas foram do Ituiutaba em cima do Mixto-MT, 5 a 0, e do Rio Branco sobre o Paysandu, 4 a 0.

O artilheiro do torneio é Bruno Rangel, do Águia, com sete gols. Com um tento a menos estão Nena, do ASA-AL e Testinha, do Rio Branco-AC. Os principais artilheiros mineiros são Paulinho Pedalada, do Ituiutaba, que marcou quatro vezes e Wellington Paulo, do América que balançou as redes em três oportunidades.

PRÓXIMA RODADA

16/07/2009 - Quinta-feira
20:30 Paysandu x Luverdense

18/07/2009 - Sábado
16:00 América-MG x Mixto-MT
17:00 Sampaio Corrêa x Rio Branco-AC

19/07/2009 - Domingo
16:00 Marcílio Dias x Brasil de Pelotas
16:00 Caxias-RS x Marília
16:00 Gama x Guaratinguetá
16:00 Confiança x ASA

22/07/2009 – Quarta-feira
16:00 Icasa x CRB

A 10a rodada, ou o fim de um tabu

Na rodada caiu um tabu, dois técnicos e quem não havia perdido fora de casa, perdeu a primeira.

Os técnicos demitidos foram Parreira, que perdeu para o Sant André, em casa, 1 a 0, e Márcio Bittencourt, que foi goleado pelo Palmeiras, no Palestra, 4 a 1. Vagner Mancini também caiu no Santos. (Atualizado às 19h)

O tabu caiu no Mineirão. Após 12 partidas, o Galo venceu o Cruzeiro. Clássico com recorde da expulsão mais rápida da história do futebol brasileiro, Zé Carlos, aos 12 segundos. O 3 a 0 atleticano sobre os reservas cruzeirenses foi pouco.

O Goiás, que não sabia o que era ser derrotado como visitante amargou o primeiro revés, 1 a 0, para o Sport.

Além das goleadas de Galo e Palmeiras, outras aconteceram:

No Olímpico, onde o Grêmio sapecou 3 a 0 no embalado Corinthians;

No Barradão, que viu o Vitória aplicar humilhantes 6 a 2 no fraco Santos. Jogo com artilharia repartida entre cinco rubro-negros.

Em Barueri, o time da casa vence mais uma e comprova a boa campanha, 3 a 1 no Coritiba.

No Morumbi, o São Paulo ficou no 2 a 2 com o Flamengo.

O Atlético voltou a liderar porque o outro Atlético, o paranaense, bateu o Inter, por 3 a 2, na Arena da Baixada.

Este post saiu um pouco atrasado, pois já passamos da metade da segunda-feira. E o blog acertou cinco palpites na rodada em que dois cariocas estão juntos no G4 do mal.

Palpitão da 10a rodada

Avaí (20o) x Botafogo (19o) – O encontro dos dois piores classificados na tabela e com campanhas idênticas. Uma vitória, quatro empates e quatro derrotas. Cada um sofreu 15 gols, os cariocas estão na frente porque fizeram um a mais (10 a 9). Botafogo

Palmeiras (4º) x Náutico (17º) – Vencendo, o Palestra dorme na vice-liderança. Sem treinador, o time empatou um clássico e venceu uma partida fora de casa. Contra o cambaleante Náutico, no Palestra, dá Palmeiras.

Barueri (7º) x Coritiba (12º) – Dois times que conseguiram alguns resultados surpreendentes nas primeiras rodadas. Como o Coxa não vence fora de casa, Barueri.

São Paulo (14º) x Flamengo (6º) – O pior paulista contra o melhor carioca. Qualquer resultado que não seja a vitória e pode começar a surgir uma crise no Morumbi. Como se comportará o Fla sem Ibson? São Paulo

Atlético/PR (18º) x Internacional (1º) – O Inter perdeu a Copa do Brasil, foi ao Recife e venceu o Náutico. Agora perdeu a Recopa e encontra um preocupante Atlético/PR, na 18ª colocação que, na rodada passada, foi goleado pelo Grêmio e tem a pior defesa do campeonato. Inter

Cruzeiro (13º) x Atlético (2º) – O Cruzeiro vai de “misto quente”, o Galo com a pressão por não vencer o rival há 12 partidas e depois do péssimo empate com o Botafogo na última rodada. Melhor chance para o Atlético quebrar o tabu, não há. Atlético.

Grêmio (10º) x Corinthians (5º) – O Timão volta por cima ao palco da queda para a Série B. O Grêmio joga tudo no Brasileirão para superar as frustrações do primeiro semestre. Empate.

Fluminense (15º) x Santo André (11º) – O Flu não venceu nenhum dos times que subiram para a Série A este ano. A última chance no 1º turno e agora, contra o Sto. André que tirou pontos de Coritiba, Atlético, Santos, São Paulo e Sport. Empate.

Vitória (3º) x Santos (9º) – O Vitória surpreende até aqui e no Barradão ainda não foi derrotado. O Santos parece um barril de pólvoras pronto para explodir a qualquer momento. Vitória.

Sport (16º) x Goiás (8º) – O Sport trocou de treinador, contratou jogadores mas ainda não engrenou e enfrenta o Goiás que está invicto fora de casa. Empate na Ilha.

Nas alturas, Tite subiu no telhado

Duas perdas de títulos importantes em oito dias, no ano do Centenário.

Embora, na minha opinião, essa história de maldição do centenário é uma bobagem usada como desculpa para justificar trabalhos incompetentes das diretorias, a torcida colorada não esperava tanta decepção.

A derrota ontem , por 3 a 0, para a LDU, vai começar a colocar em dúvida o trabalho do treinador Tite, mesmo com o Inter líder do Brasileiro.

A pressão em cima do treinador vai ser enorme, caso o time não responda positivamente nos próximos jogos e deixe escapar a ponta da tabela.

Se nomes fortes não estivessem disponíveis no mercado de treinadores, a situação do comandante colorado poderia ser mais tranquila.

Só que, além de motivar o grupo, treinar a equipe e alcançar resultados que se esperam do bom time do Internacional, Tite terá que conviver com uma sombra enorme, a de Muricy Ramalho, que recusou a proposta palmeirense.

Cruzeiro decide em casa

Questionado pela imprensa após a derrota para o Goiás sobre a forma do time atuar fora de casa, o técnico Adilson Batista foi firme dizendo que, completo, o Cruzeiro encara qualquer adversário em qualquer lugar.

Isso ficou provado ontem, contra o Estudiantes. O time atuou com uma marcação inteligente, sem dar espaços no meio-campo, o que dificultou muito a armação das jogadas do time argentino.

As poucas vezes que os donos da casa ameaçaram o gol celeste, lá estava Fábio em mais uma atuação monstruosa. No final da partida, o Cruzeiro ainda teve chances de sair de La Plata com a vitória. O gol perdido pelo Kleber foi inacreditável. Gritos foram ouvidos na noite belo-horizontina, achando que a bola tinha entrado.

O Cruzeiro ficou ainda mais perto da taça. Se jogar com inteligência, sem entrar na catimba dos argentinos, no Mineirão, a vitória é bastante provável.

Brasileirão:

Ronaldo marcou três belos gols e o Corinthians venceu o Fluminense, por 4 a 2. Mas os comentários dos “especialistas”da TV são os melhores: “Gol para sair do estádio e pagar outro ingresso”, “ele conseguiu encontrar um espaço milimétrico entre as pernas do zagueiro...” Com o resultado que fechou a 9ª rodada, este blog errou mais um palpite. Apostei no empate.

Favorito deixado de lado pela Globo, Cruzeiro NÃO é Brasil na Libertadores

O Cruzeiro começa a decidir hoje a Libertadores/2009, contra o Estudiantes.

São as duas melhores equipe do torneio.

Não foram premiadas com o direito de não disputar uma fase, como aconteceu com São Paulo e Nacional. Times esses, aliás, eliminados pelos finalistas.

Finalistas por direito e que chegaram a essa condição eliminando adversários tradicionais, diferente do semifinalista Grêmio, por exemplo, que não enfrentou sequer uma grande equipe antes de cruzar com o Cruzeiro.

Ambos chegam forte á decisão, embora eu acredite que o Cruzeiro é favorito por ter mais time.

Só não concordo com esse papo de Cruzeiro é Brasil na Libertadores.

Pergunte aos atleticanos se torcerão pelos celestes.

Questione os gremistas se esqueceram a eliminação e torcerão pelos comandados de Adilson Batista.

O Cruzeiro deve jogar pelos 8 milhões de cruzeirenses para se igualar ao São Paulo no número de títulos.

Isso, por si só, já é motivação demais para o time estrelado.

Mas que os jogadores do time mineiro não pensem que perderam na primeira fase somente porque chegaram ao estádio atrasados.

E que deixem de lado desculpas como a preocupação com a gripe suína e se atenham à partida de futebol.

Partida ignorada pela detentora dos direitos de transmissão, pelo menos para São Paulo.

As cifras falam mais alto e todos sabem que qualquer partida do Corinthians transmitida para SP dará muito mais audiência que uma decisão envolvendo um clube de Minas.

A obsessão do futebol brasileiro

Por Rivelle Nunes

Os mais jovens não se lembrarão, mas houve um tempo que time brasileiro dava de ombros para a Taça Libertadores. Durante boa parte da década de 1970 e 1980 do século passado as equipes brasileiras que garantiam a vaga na única competição continental simplesmente ignoravam a disputa na maioria das vezes. Entenda ignorar como não se planejar, não dar atenção. Tanto era assim que, depois do Grêmio ter chegado à final em 1984 e perdido o título para o Independiente, outro time tupiniquim somente decidiu o título em 1992. Foi o São Paulo, dirigido por Telê Santana, bicampeão da América.

Após o título do tricolor, os clubes brasileiros olharam de forma diferente para La Copa. Mais pelos valores que começaram a circular no futebol, com patrocínios e prêmios milionários, do que pelo prestígio de ser campeão da América que, diga-se, sempre foi o mesmo desde que o Santos, de Pelé, desbravou o continente no início dos anos 60.

O São Paulo chegou a três finais seguidas – 92/93/94 – o Grêmio no ano seguinte, com título, o Cruzeiro também foi campeão em 1997, o Vasco em 1998 e o Palmeiras em 1999. Se na década anterior o Brasil tinha alcançado apenas três finais e dois títulos – Flamengo 1981 e Grêmio 1983 - na década de 1990 os times daqui chegaram a sete finais levantando seis taças.

A supremacia do então futebol tetracampeão do mundo continuou na década seguinte. O Palmeiras foi vice em 2000, o São Caetano em 2002 e o Santos em 2003. O primeiro título do novo século aconteceu com o São Paulo, em 2005, numa final caseira, contra o Atlético/PR. No ano seguinte, novamente final brasileira, entre São Paulo e Inter, com o colorado ganhando a taça. Em 2007, o Grêmio foi vice-campeão perdendo para o Boca Juniors e, ano passado, o Fluminense deixou a taça escapar para a LDU. No último ano da década, temos novamente um brasileiro na decisão. Nos anos 2000, somente em 2001 e 2004 o torcedor brasileiro ficou de fora da decisão da Copa.

A mudança de mentalidade dos dirigentes brasileiros foi tão grande que, hoje, estar na Libertadores virou o objetivo mais importante do ano. Times não falam mais em ser campeões brasileiros. Querem, sim, terminar a competição entre os quatro primeiros para poder participar do torneio que rende milhões aos cofres graças àqueles patrocínios falados lá nas primeiras linhas. Ser campeão nacional parece ter virado um simbólico título entre os quatro grandes vencedores que conquistaram a vaga. Assim como a Série B, que pode ser considerada uma competição com quatro campeões, os que ascendem à Série A, o Brasileirão virou, também um torneio com múltiplos campeões. Sinal dos tempos, e das cifras.

O texto acima foi publicado originalmente no site www.clubedoesporteweb.com.br

A 9a rodada, ou o Brasileiro tem novo líder

O Brasileirão tem novo líder.

É o Internacional, que venceu o Náutico, no Recife, por 2 a 0, com dois gols de Nilmar e, além de afundar ainda mais o time pernambucano, ultrapassou o Galo na tabela de classificação. O Atlético, sem inspiração, não passou de um empate, em 1 a 1, com o bem armado Botafogo, no Mineirão lotado. Ruim para o Galo, que agora é vice-líder, “menos pior” para o Botafogo, que agora é vice-lanterna.

O Palmeiras chegou ao G4 ao vencer o Avaí, em Santa Catarina, por 3 a 0. Quem ocupava temporariamente a zona de classificação para a Libertadores era o Flamengo, que no sábado, venceu o Vitória, por 2 a 1. O rubro-negro baiano, mesmo com a derrota, continua entre os melhores. Já o Avaí, é o novo lanterna.

O Coritiba venceu o São Paulo, por 2 a 0, no PR e mostrou ao técnico Ricardo Gomes que ele terá muito trabalho comandando o atual campeão brasileiro. O Santos, após quatro partidas, venceu novamente. A vítima foi o Sport; 1 a 0 na Vila.

No encontro dos times do interior paulista, 1 a 1 entre Santo André e Barueri. O Goiás se aproveitou dos reservas do Cruzeiro e venceu, por 1 a 0, no Serra Dourada. O time do cerrado tem o artilheiro isolado, Felipe, autor do gol de ontem, está com sete tentos na tábua de goleadores.

Quem salvou a média de gols nos nove jogos de ontem foi o Grêmio, que goleou o Atlético/PR, por 4 a 1, no Olímpico.

Falta uma partida para completar a rodada. Corinthians e Fluminense jogam na quarta-feira, no Pacaembu. Foram 21 gols em nove jogos, média de 2.33, e este blog acertou apenas três palpites.

Palpitão da 9a rodada

Santos (10o) x Sport (15o) – Dois pontos e cinco posições separam dois instáveis clubes deste Brasileirão. O Sport venceu a última partida enquanto o Santos não triunfa há quatro rodadas. Empate na Vila.

Sto. André (12º) x Barueri (4º) – Embalado pelas vitórias sobre os Mineiros, o Barueri joga a primeira sem o artilheiro Pedrão. Mesmo no ABC, acredito no Barueri.

Flamengo (7º) x Vitória (3º) – Adriano faltou a mais um treino, mas ele mesmo disse que cala os críticos em campo. Boa chance hoje, contra o Vitória que tenta se manter no G-4. Flamengo.

Coritiba (18º) x São Paulo (11º) – O “novo” São Paulo começou bem. Agora, um teste fora de casa contra um time que luta para sair do G4 do mal. São Paulo

Goiás (8º) x Cruzeiro (9º) – O Cruzeiro poupará o time para a decisão da Libertadores. Boa chance para o Goiás somar mais três pontos. Goiás

Atlético (1º) x Botafogo (20º) – Líder contra lanterna em um Mineirão lotado. Há tempos o Galo não entra em campo com tanto favoritismo contra o algoz das últimas temporadas. Atlético.

Grêmio (14º) x Atlético (16º) – O Grêmio de Paulo Autuori ainda não convenceu e o Furacão quer aproveitar o estrago da eliminação tricolor na Libertadores. No Olímpico, Grêmio.

Avaí (19º) x Palmeiras (5º) – Mais uma chance em casa para o Avaí contra u Palmeiras ainda sem técnico, mas bem na classificação. Empate

Náutico (17º) x Inter (2º) – O Náutico começou bem, mas despencou na tabela. O Inter agora joga tudo no Brasileirão para voltar à Libertadores. Náutico

Corinthians (6º) x Fluminense (13º) – O Corinthians ainda terá estímulo para o restante da temporada? Saberemos na próxima quarta-feira, contra o Flu. Time quando é campeão geralmente não vence a partida seguinte. Empate

Mineirão: jogo 1000 em Brasileiros será este ano. Mas quando?

Há alguns dias, baseado principalmente na informação do Guia do Brasileiro da Revista Placar, informei que Atlético e Botafogo fariam, no próximo domingo, a partida No 1000 no Mineirão pelo Campeonato Brasileiro. Fui avisado por um jornalista muito competente de Belo Horizonte que os dados da revista estavam incorretos e retirei o post do ar no mesmo dia, para corrigir a informação.

Antes de publicar o texto entrei em contato com a ADEMG que não confirmaram os dados da publicação da Editora Abril porque a autarquia que administra o estádio não tinha os dados fechados somente do Campeonato Brasileiro.

Como já tinha certeza que os dados da Placar não eram os corretos e os da ADEMG não estavam disponíveis, recorri a outras fontes e arquivos para tentar chegar ao número exato de jogos no estádio da Pampulha.

Uma das fontes pesquisadas foi o livro “Mineirão – 40 anos – Paixão e Emoção”, dos jornalistas Wagner Seixas, Alexandre Simões e Carlos Henrique Ribeiro. A publicação foi disponibilizada para a imprensa em 2005, quando o estádio completou quatro décadas. Nele há uma lista com todas as partidas, oficiais e amistosas, realizadas no estádio até setembro de 2005.

Contei, ano a ano, jogo a jogo, todas as partidas pelo Campeonato Brasileiro realizadas no estádio até o Brasileiro de 2002. A partir do Brasileiro de pontos corridos, recorri ao site da CBF que disponibiliza dados mais concretos, embora o livro seja uma ótima fonte de pesquisa. Segundo a publicação, os jogos pelo Brasileiro no Gigante da Pampulha até 2002 são 777 que, somados aos 211 da era dos pontos corridos do site da CBF chegamos ao número de 988 partidas.

O Futpédia, site de pesquisas sobre futebol da Globo.com apresenta também 989 jogos disputados no Mineirão, mas até o final do Brasileiro do ano passado. Com os oito disputados este ano, chegamos a 997 jogos.

Os números não batem, mas a certeza é que, este ano, acontecerá no Mineirão a partida 1000 em Campeonatos Brasileiros.

Se o Futpédia estiver correto, esta partida será Atlético x São Paulo, pela 12ª rodada. Clubes que decidiram um Brasileiro no Mineirão, vencido pelo São Paulo, nos pênaltis, contra um Galo invicto.

Se a contagem do livro "Mineirão 40 anos" for correta, a partida será Atlético x Avaí, pela 20ª rodada.

No dia da partida, um órgão de imprensa de Minas Gerais trará matéria especial sobre os 1000 jogos no palco maior do futebol mineiro e assim, provavelmente, colocaremos fim à duvida.

Cruzeiro finalista

O Cruzeiro é, com justiça, finalista da Libertadores.

O roteiro e final da história da noite de quinta-feira em Porto Alegre foram idênticos ao da noite anterior.

Estádio lotado, torcida esperançosa e empurrando, jogo duro, time que já tinha a vantagem abre 2 a 0, estádio atônito assiste ao final do primeiro tempo. No segundo, o time da casa empata, honra a camisa e os torcedores presentes, mas não alcança o objetivo.

Ontem ficou provado que só motivação e o espírito guerreiro tão enaltecido pelos gremistas não ganha jogo.

No futebol, geralmente, tem vencido as partidas mais importantes o melhor time. E o Cruzeiro é melhor que o Grêmio.

A imprensa enalteceu a bela campanha gremista na primeira fase, sem citar que os adversários do tricolor gaúcho eram fracos, assim como o Caracas, derrotado nas oitavas-de-final.

O Cruzeiro, ao contrário, teve pela frente um time de tradição na primeira fase, o Estudiantes, adversário também da final e passou pelo temido São Paulo nas quartas-de-final sem tomar conhecimento da tradição dos paulistas.

Pelo segundo ano consecutivo chegam à grande final dois clubes que estavam no mesmo grupo na primeira fase.

Na minha opinião, o Cruzeiro é o grande favorito.

Mais uma noite de emoções em Porto Alegre

A enquete que ficou no ar neste blog durante alguns dias apontou que 57% dos votantes acredita em uma final entre Cruzeiro e Estudiantes na Libertadores.

O time argentino já está garantido, ao vencer o Nacional/URU, por 2 a 1, ontem.

Apenas 10% acreditam em Grêmio e Estudiantes.

Hoje, o Cruzeiro tem boa vantagem contra o Grêmio.

Gremistas que vibraram ontem com o Inter perdendo a Copa do Brasil.

Depois de tudo que aconteceu na semana passada, o clima é tenso em POA para a partida de logo mais, no Olímpico.

Metade do Rio Grande está triste nesta manhã de quinta-feira.

Amanhã, estarão todos chorando as mesmas lágrimas?

Corinthians coloca ponto final em 2009

Foto: Marcos Riboli/Globoesporte.com

O ano para o Corinthians terminou quando Ricardo Marques Ribeiro apitou o final da decisão da Copa do Brasil.

A obsessão corintiana de disputar a Taça Libertadores no ano do centenário havia sido conquistada com o empate, em 2 a 2, com o Internacional.

Um Beira-Rio lotado não teve tempo de ter esperança.

Os 2 a 0 (Jorge Henrique e André Santos), logo no início da partida acabou com qualquer esperança colorada.

O jogo, diga-se, só não foi mais quente e violente exatamente porque o Corinthians decidiu o jogo rapidamente.

Alecsandro marcou duas vezes na etapa final e o grande Internacional terminou dignamente aplaudido pela torcida.

Só não me venham falar que Ronaldo foi fundamental na conquista do título.

Foi, sim, importante, como André Santos, Chicão, William, Jorge Henrique – dos gols decisivos – e, principalmente, Felipe que defendeu até pensamento nos jogos mais importantes.

Só não vanham falar, também, em maldição do centenário para o Inter.

Porque há um Campeonato Brasileiro inteiro pela frente.

ERRATA

ATENÇÃO

O POST SOBRE O MILÉSIMO JOGO NO MINEIRÃO ESTÁ TEMPORARIAMENTE FORA DO AR.