quinta-feira, 30 de abril de 2009

Paixão




Dois exemplos, e que exemplos:

Está no blog do Torero

O dia em que me tornei atleticana

(como o Atlético Mineiro foi do céu ao inferno em quatro dias, coloco aqui o encorajador email mandado por uma torcedora)

Texto de Elen Campos

Motivada pelo texto "O dia em que me tornei santista", que o José Roberto Torero publicou em seu blog no UOL, fiquei tentando buscar nas minhas memórias o dia em que me tornei atleticana. Ao ler o título do texto instantaneamente pensei: atleticano nasce atleticano. Mas ao lê-lo, percebi o que o autor queria dizer. Em seguida me veio à cabeça o quadro que tenho pendurado em casa: uma foto de 1978, quando eu, com menos de um ano de idade, mal me equilibrava sentada, segurando a bandeira com o escudo do Galo. Mais alguns segundos depois e veio a percepção de que aquele havia sido apenas a primeira foto, mas não o primeiro dia da tomada de consciência alvinegra.

Vasculhando lembranças fui parar no ano de 1987, numa fatídica semifinal da Copa União disputada pelo Atlético e Flamengo no Mineirão. Com 10 anos de idade, eu não sabia que se tratava do Galo da era de Reinaldo e do Flamengo da era de Zico, e que aquela partida significava muito mais do que uma vaga na final do campeonato.

Naquela quarta-feira, meu pai estava trabalhando no período noturno e eu, claro, nem tinha me dado conta da existência do tal jogo. Em casa, àquela hora da noite, certamente deveria estar dormindo, não tivesse minha irmã, três anos mais velha, resolvido ligar o radinho do papai sem ele estar lá. O inusitado da situação – aquele radio falando sozinho sem meu pai lá pra escutar - faria com que eu, pela primeira vez, parasse para prestar atenção na voz daquele moço, que falava rápido e engraçado, embolado até. Naquele desenrolar de duas horas, mais do que aprender sobre o esporte bretão, eu aprenderia os meandros de alguns sentimentos e seus embates.

Quando o Flamengo fez um, e depois dois a zero, descobri o que significava decepção. Senti um vazio esquisito, vontade de chorar cada vez que minha mãe suspirava um "coitado do seu pai!". Por outro lado, o que eu igualmente não poderia imaginar era que existisse a possibilidade de passar da tristeza profunda ao delírio apoteótico em questão de minutos. Eis que o Galo também faz um, e depois outro. Ali descobri o que era milagre. Minha mãe respirou aliviada, minha irmã chorou de alegria; a menor, três anos mais nova, de estranhamento. Já eu senti algo que me enchia de novo o peito, fazia ter vontade de pular e gritar ao mesmo tempo. O futebol ganhava sua mais nova apreciadora, e o Galo uma nova apaixonada.

Infelizmente o placar final da partida não foi o 2 a 2 comemorado pelas três irmãs e uma compreensiva mãe cruzeirense. O Flamengo fez o terceiro gol numa bobeada da nossa defesa, como eu iria entender tempos depois. Lembro que quando o jogador do time carioca driblou o goleiro e chutou a bola pro fundo da rede, o narrador do rádio não gritou gol. Parou, ficou em silêncio por intermináveis segundos, e depois soltou um: "Adiviiiiinhe...", tal como alguém que prepara o terreno para contar uma notícia triste, do tipo morte de alguma vó. O que eu não lembro direito foi se minha mãe soltou algum xingamento não muito pesado, como fazia quando brava, ou se minha irmã mais velha desabou em lágrimas, como faz até hoje quando triste. O que eu sei é que, secretamente, naquele restinho de jogo, pela primeira vez na vida eu torci fervorosamente pelo Galo. Torci para empatar de novo. Torci porque eu já conhecia que era possível. A história mostra que não adiantou meu esforço daquela vez. Mas eu não desisti, e tenho certeza que minha torcida adiantou em outras tantas. Claro também que eu queria ter uma história mais vitoriosa, entre tantas que meu time viveu, para marcar o dia da instauração da minha consciência de torcedora atleticana. O fato é que tem coisas no futebol que qualquer criança entende. Eu já conhecia o que significa caixinha de surpresas.

Dali em diante, duas décadas se passaram. À medida que crescia, assistiria a momentos de vitórias, derrotas, histórias de honra, de superação e de rara beleza, e até capítulos de brigas, violência e corrupções. Fui percebendo que futebol e vida são muito parecidos. Precisamente, só têm uma coisa de muito diferente. Quando o time da gente perde um jogo importante, naquele momento em que o narrador do rádio engasga e fica mudo, é qualquer coisa que se parece com a morte. Mas não é. Pelo menos não pra nós. Nós somos do Clube Atlético Mineiro e desafiamos a própria lei da vida. "O nosso time é imortal".
Está no blog do Mauro Betting
ADENDO - Melhor ler Pedro, da comunidade do Palmeiras, no Orkut:

MILAGRE - Na hora do Gol.
Lá estava eu, na minha cama escutando o jogo, aos 40 min do segundo tempo.
Quando o José Silverio aumentava a voz, eu me levantava, pulava e gritava.Meu pai na sala, eu no quarto, com um dia especial em mente.
Quando a voz de José Silverio se altera, eu fico naquela expectativa, e de repente TUDOfica quieto, o mundo ficou quieto por 1 segundo. Só para gritar o Gol do Verdão.
Quando me levanto e o silêncio passa, eu escuto a voz dele assim:
Gool! E que GOLAÇO!
Puta que o pariu (Desculpe), você deve pensar, putz um menino nessa idade não consegue sentir o que eu senti na hora.
Errou!
Na hora que o Silverio falou “Gol”, eu pensei em chorar, rir, gritar; abri a janela, e gritei até minha garganta não aguentar, de tão áspera que ela ficasse.
Quando viro para trás, meu pai na porta, com um grande sorriso olhando para mim.
O que eu fiz? Corri pro abraço como se eu tivesse feito o gol no jogo.
Abracei ele e desmoronei; não parei de chorar, depois sentei na cadeira do computador e comecei a enxugar as minha lágrimas quase secas em meus olhos.
Quando fiquei em silêncio, escutei minha mãe no quarto dela (que já estava pronta para dormir), falar assim:
- Esse já é um palmeirense de verdade.
Logo depois, fui para a sala assistir com o meu pai ao final da partida. Nós na expectativade acabar logo o jogo. Quando a bola vinha para a área, todos gritavam como se tivéssemos ensaiado:
- Tira, tira, tira!
Quando o juiz apitou, não sabia o que fazer. Corri no corredor em direção da minha mãe, e fiquei uns dois minutos abraçado com ela na cama, eu só chorando e ela falando:
- Que presentão, hein?
Depois disso, beijei um símbolo lindo, o do nosso Verdão.
E sabe por que é um dia especial?
Porque hoje, dia 30 de Abril de 2009, eu completo maravilhosos 13 anos de idade.E o Palmeiras me dando essa emoção de ser palmeirense, no meu dia mais querido.
Desculpa qualquer coisa.
É muito melhor ler um velho torcedor de 13 anos.

Aspas para Osvaldo Reis, o Pequetito


"Está na hora do Alexandre Kalil parar de ir ao CT de Vespasiano para passear, e passar a ir ao CT de Vespasiano para cobrar".
(Osvaldo Reis, narrador da Rádio Globo Minas/CBN, após a derrota do Atlético, por 3 a 0, para o Vitória).
Nota do blog: concordo em gênero, número e grau. Ir aos microfones para dizer que está trabalhando, a torcida não aguenta mais ouvir.

O futebol de ontem a noite



Foto: Abril/Gazeta Press

Sensacional a vitória do Palmeiras sobre o Colo Colo. O golaço de Cleiton Xavier, aos 42min do 2º tempo, que garantiu a classificação, é daqueles para dar força ao time na sequência da Libertadores. E como comemoraram os jogadores após a partida!

O Sport parece jogar a Libertadores como um time acostumado a essa competição. Em Quito, não tomou conhecimento da LDU, atual campeã, venceu a partida por 3 a 2 e garantiu o primeiro lugar do grupo mais difícil.

Não vi nada de Inter 3x0 Náutico e Fla 0x0 Fortaleza. Os resultados provam que o Inter está sobrando mesmo na temporada e que o rubro-negro deve ter entrado em campo pensando na decisão de domingo. Inter classificado, Flamengo corre risco.

O Corinthians perdeu a invencibilidade no ano, mas pode comemorar. Para quem estava sendo derrotado por 3 a 0, pelo Atlético/PR, diminuir para 3 a 2 é lucro. Basta uma vitória simples em casa para seguir na CB.

Pelos melhores momentos, Aranha salvou a Ponte Preta da derrota para o Americano. Garantiu o 0 a 0 pegando até pensamento.

Antigamente, na década de 1980/1990, o Galo iludia seu torcedor em mata-mata. Segurava o resultado na primeira partida e frustrava a massa no jogo de volta, geralmente em casa. Agora, não. Resolve a parada logo na primeira partida. Leva um sacode que deixa o time praticamente sem chances de recuperação. Ontem, mais três gols de cabeça definiram os 3 a 0 para o Vitória. Fácil, fácil... e cada vez mais a imprensa começa a reconhecer que o Galo está se apequenando.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Começam os grandes jogos da Copa do Brasil


As oitavas de final da Copa do Brasil começam hoje com jogos interessantes.

Às 19h30, uma das surpresas, o Americano, que eliminou o Botafogo, recebe a Ponte Preta.

Em AL, às 20h30, a outra surpresa, o CSA, que despachou o Santos, recebe o Coritiba, embalado pela vitória no clássico regional e ainda sonhando com o título paranaense.

Às 21h50, quatro bons jogos, com seis times que estão nas finais dos estaduais.

É verdade que, para o Galo, só restou a CB, porque fazer cinco gols no Cruzeiro, domingo, é tarefa quase impossível. Melhor se concentrar no confronto de hoje, contra o Vitória, no Barradão. O time da casa pode perder domingo, para o Bahia, por um gol de diferença, que ainda assim será campeão baiano.

Verdade, também, que Corinthians e Atlético/PR, que se enfrentam na Arena da Baixada, estão próximos de serem campeões regionais no domingo.

O Flamengo se preocupa tanto com o regional que poupará a zaga titular no jogo de hoje, contra o Fortaleza, em Volta Redonda. O tricolor cearense também tem decisão no domingo, contra o Ceará.

E em PE, nos Aflitos, dois times que não tem mais compromisso pelos regionais. O Náutico, que semana passada se classificou de forma emocionante para esta fase da CB recebe o Inter, que foi campeão gaúcho há algum tempo.

Palmeiras joga para não ser único brasileiro eliminado

Ontem, o Grêmio venceu mais uma, 3 a 0, fácil, contra o Boyacá Chico, e se garantiu como o melhor time da primeira fase da Libertadores.

Cruzeiro e Sport já estavam classificados desde a semana passada.

O São Paulo, há mais tempo.

Falta o Palmeiras, e a tarefa será dura.

O time precisa vencer o Colo Colo, em Santiago, para manter o Brasil com todos os seus concorrentes na Libertadores.

Os eufóricos palmeirenses do começo do ano não imaginavam que o time chegaria na última rodada da fase de grupos com a corda no pescoço.

É difícil, mas não impossível.

Basta lembrar que, contra o Sport, na Ilha do Retiro, os comandados de Luxemburgo se superaram e venceram o duro adversário.

O Sport entra em campo, contra a LDU, para ficar em primeiro lugar na chave.

Os atuais campeões da América, que calaram um Maracanã lotado há menos de um ano, se despedem da competição.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Ele de novo II

Está no portal UAI. (Em negrito observações deste blog)


Simon nega erro na final do Campeonato Cearense (28/04)

Gazeta Press

Há algum tempo Carlos Simon não é mais o mesmo. O árbitro de duas Copas do Mundo, que ruma para a terceira, tem cometido erros crassos nos últimos anos. No domingo, na decisão do Campeonato cearense, o gaúcho protagonizou mais uma "pisada no apito".

No primeiro jogo da decisão entre Ceará e Fortaleza, vencido pelo Tricolor por 2 a 1, Simon assinalou pênalti inexistente em favor do Alvinegro. O atacante Edu Sales caiu sozinho na área, o zagueiro mais próximo estava distante dele, mas mesmo assim a penalidade foi marcada. Sem ver o lance pela televisão, o árbitro segue convicto que acertou no lance.

"O atacante é tocado em cima da linha e cai dentro da área. Houve a penalidade máxima. O próprio zagueiro admitiu que tocou o jogador, mas que foi sem querer. Não tive a oportunidade de ver na TV. Estou com a fotografia do lance de jogo. Estou com a consciência tranquila, assim como o trio de arbitragem. O resultado da partida não passou pela arbitragem"(melhor ler isso do que ser cego. Ser cego... hum), comentou à RBSTV.

Erros grotescos de Simon - Apesar de ser o único juiz brasileiro pré-selecionado para a Copa de 2010 e, provavelmente o primeiro brasileiro a arbitrar em três mundiais diferentes, Simon tem errado com freqüência enorme nas últimas temporadas. As marcações ou não marcações erradas estão indo além dos erros admissíveis para um árbitro da Fifa.

Em 2008, Simon levou os flamenguistas à ira após não marcar um pênalti claro em Diego Tardelli, em partida pelo Brasileirão. O gaúcho virou persona non grata na Gávea, com o vice de futebol, Kléber Leite, declarando que faria de tudo para que ele não fosse ao Mundial da África do Sul. (No dia, também achei pênatli, como pode ser lido aqui, mas uma imagem da ESPN Brasil inocentou o assoprador de apito. Leia aqui)

Em 2006, na decisão do Campeonato Gaúcho, o árbitro não marcou um recuo de bola com os pés do zagueiro Bolívar para o goleiro Clemer, do Inter, que segurou a bola com a mão. No ano anterior, na decisão entre Inter e 15 de Novembro, Simon terminou a prorrogação antes dos términos dos 30 minutos, pois não parou o relógio enquanto as equipes trocavam de lado entre um tempo e outro.

Esqueceram de citar o pênalti em Tchô, no jogo Botafogo x Atlético, pela Copa do Brasil 2007. Como pode ser observado, quase um erro escandaloso por ano. Ou, como preferem dizer os semideuses assopradores de apito, interpretação do árbitro.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Ele, de novo

Ele já deu impedimento em cobrança de lateral

Já prejudicou Gana em uma Copa do Mundo

Já deixou de dar um pênalti escandaloso em um Galo x Botafogo na Copa do Brasil

Processou um jornalista por ter dito em lvro algo que o desagradou.

Difícil passar uma temporada em que não cometa "erros" escandalosos como o do vídeo abaixo.

Adivinhem quem é ele?

Dica: já foi a duas Copas do Mundo, deverá ir a mais uma, e a torcida do Grêmio, do Galo e o Felipão o adoram.

??? campeão no RJ

Se em SP e MG a fatura está liquidada, no RJ a história é outra.

O empate em 2 a 2, no jogo de ida, entre Botafogo e Flamengo, deixou a definição para a segunda partida.

Como seria normal nos outros estados.

Sacanagem é dizer que o segundo gol do Flamengo, de Willians, foi marcado contra.

Somente porque a bola desviou em Emerson, que marcou contra na decisão da Taça Rio, e enganou Renan.

Querem marcar o zagueiro botafoguense para sempre.

Já pensou se ele faz o gol do título botafoguense, domingo que vem?

Aí, será chamado de herói.

Corinthians campeão em SP

Golaço de Ronaldo e vitória por dois gols de diferença na Vila Belmiro.

O corintiano hoje está mais feliz que pinto no lixo.

E domingo vai comemorar mais um título paulista, o 26º da história.

E assim como o Grêmio, em 2006 e o Galo, em 2007, levantará uma taça meses depois de ser campeão da Série B.

Porque não vejo forças para o Santos fazer três gols de diferença no Corinthians jogando no Pacaembu.

Cruzeiro campeão em MG


O raio caiu novamente no mesmo lugar e o Cruzeiro voltou a golear o Atlético, por 5 a 0.

Com um segundo tempo impecável, quando fez quatro gols, o Cruzeiro já pode comemorar o título mineiro.

Indiscutível a superioridade celeste na segunda etapa.

Mas, na minha opinião, Leão errou.

Abriu o time muito cedo, ao tirar Márcio Araújo e colocar Kleber no intervalo.

Esqueceu que a derrota por 1 a 0 ainda era um resultado reversível.

Soma-se a isso a falha de Juninho, mais uma em clássico, a inoperância do meio-campo atleticano, o grande futebol de Wagner, que sempre joga bem contra o Atlético.

O grande nome do time vitorioso? Adilson Batista. Ao sair para o intervalo com 1 a 0, viu a possibilidade de decidir o título na primeira partida. Assim foi feito.

O menos culpado do lado atleticano? Diego Tardelli. Jogou sozinho, com um Lopes enorme e lento ao seu lado, e um meio-campo sem um armador, que não fazia a bola chegar ao artilheiro. Se em todo o campeonato faltou esse camisa 10, nos outros jogos havia Éder Luis que, mesmo fominha, dava assistência à Tardelli.

Alguns “profetas do acontecido”agora dizem que o time atleticano é fraco, que tinham avisado, etc. NÃO TINHAM NÃO. Todos falavam em uma decisão equilibrada, com um Atlético invicto a 12 partidas.

Após o massacre é fácil apontar culpados e dizer que avisaram.

O Atlético carece, muito, de um armador e um goleiro, com urgência.

Será difícil juntar os cacos para quarta-feira, quando enfrenta o Vitória, na Bahia.

Para o Cruzeiro basta buscar a taça no domingo e chegar forte nas fases decisivas da Libertadores.

sábado, 25 de abril de 2009

Não é o público Ideal

O futebol brasileiro começa a viver amanhã a decisão dos principais estaduais do país.

Minas, Rio, São Paulo, Bahia começarão a conhecer aqueles que mandarão nos estados por um ano.

Mas amanhã, também, chega ao fim uma guerra que foi iniciada em fevereiro.

Uma luta de foice no escuro.

Um lugar onde não há holofotes, ou mídia.

Amanhã, 26 de abril, conhecermos as duas equipes que subirão para a primeira divisão do futebol em Minas.

Ipatinga, Caldense e América, de Teófilo Otoni, brigam por um lugar ao sol em 2010 e, claro, pelo gordo patrocínio da TV Globo.

Ipatinga e Caldense chegaram ao final dos dois turnos nas primeiras colocações, com 40 pontos. O time de Teófilo Otoni, tem 39 e joga contra o Tigre, no Ipatingão. A Veterana encara o Valério, no Sul de Minas.

Tudo pode acontecer na rodada derradeira do Módulo II.

Mas, quem pensa que o Módulo II é o fundo do poço do futebol das Alterosas, engana-se.

Há, ainda, a Segunda Divisão, que na verdade é a Terceira, porque a Primeira é dividida em Módulos I e II. Entendeu? Pois é, não faz mal.

Para a segunda divisão já estão rebaixados o Ideal, de Ipatinga e o tradicional Democrata, de Sete Lagoas. O Jacaré, ano passado, foi rebaixado para o Módulo II e continua caindo. Uma pena.

O Ideal Futebol Clube é conhecido como Índio, como você pode ler aqui.

O time do Vale do Aço foi notícia na imprensa pelo público da partida contra o Funorte, de Montes Claros, na última partida em casa. Apenas sete abnegados compareceram para ver o empate em 2 a 2 entre o terceiro colocado e lanterna. E entre os espectadores havia dois parentes de um atleta do Funorte.

O público não prestigiou o time de Ipatinga no Módulo II durante toda a competição. O jogo com o maior número de pagantes foi o primeiro clássico da cidade, contra o Ipatinga, quando 900 torcedores compareceram ao Ipatingão para ver a vitória do Tigre por 3 a 1.

Nas 11 partidas em casa – contando as duas contra o Ipatinga – o Ideal levou 1936 torcedores ao estádio, média de 176 por jogo. Apenas em cinco partidas o público superou os 100 pagantes. O total arrecadado foi de R$16.505.

A campanha pode ter sido o principal motivo da falta de público. O time ficou na lanterna, com apenas 18 pontos em 63 possíveis. Venceu quatro vezes, perdeu 11 e empatou seis. O ataque balançou as redes 23 vezes e a defesa sofreu 39.

Esse é o retrato da maioria dos clubes do futebol brasileiro, longe das grandes decisões, como as que acontecerão amanhã.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Os oito confrontos da Copa do Brasil

Quatro cariocas, dois paulistas, dois paranaenses, dois cearenses e um representante de MG, PE, BA, GO, AL e RS.

Dez clubes da Série A, três da B, dois que jogarão a Série C e o Americano, que não disputará nenhuma das divisões nacionais.

Estes são os 16 classificados para as oitavas de final da Copa do Brasil.

Ontem, o Galo garantiu a classificação ao vencer o Guaratinguetá/SP, por 2 a 0, no Mineirão, gols de Diego Tardelli e Junior.

O Náutico, em jogo emocionante, desclassificou o Criciúma, vencendo de virada, por 3 a 2, nos Aflitos.

Confira as partidas

Vasco x Icasa
Vitória x Atlético-MG
Corinthians x Atlético-PR
Goiás x Fluminense
Americano x Ponte Preta
Coritiba x CSA
Flamengo x Fortaleza
Internacional x Náutico

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Zebra alagoana

O sonho do Águia de avançar na Copa do Brasil terminou quando Parreira colocou em campo o jovem Maicon.

O atacante tricolor entrou no segundo tempo, quando a partida estava 0 a 0, fez dois gols e deu o passe para o terceiro.

Placar dilatado pelo que fez o bravo Águia, no primeiro tempo.

Como dilatado foi mais uma vitória do Internacional.

Despachou o Guarani, com 5 a 0, e show de D’Alessandro.

No PR, alegria e frustração.

Quem ficou alegre foi a torcida do Atlético/PR, que venceu o ABC, por 3 a 1 e agora pega o Corinthians.

A tristeza ficou por parte do Paraná, que apenas empatou com o Fortaleza, em 1 a 1, e deu adeus à competição.

Mas a grande surpresa da noite foi na Vila Belmiro.

Acompanhei a partida entre Flu x Águia, mas sempre de olho no jogo do Santos.

A cada vez que sintonizava na ESPN Brasil, via um massacre santista.

Era linha contra defesa.

O time alagoano não passava do meio-campo.

Kleber Pereira perdeu três gols inacreditáveis.

Parecia que se o Peixe jogasse a noite toda não marcaria contra o CSA.

A vitória alagoana, por 1 a 0, foi a zebra da noite.

Estaria o Santos pensando muito na final do regional?

O Galo que se cuide hoje, contra o Guaratinguetá, no Mineirão.

Só falta o Palmeiras

Somente o Cruzeiro teve vida fácil ontem, pela Libertadores.

O placar no Mineirão foi apenas 2 a 0, mas poderia ter sido quatro ou cinco.

Os celestes se pouparam após a fatura liquidada para o clássico de domingo.

No Morumbi, o São Paulo venceu de virada, com dois gols de Dagoberto. Um deles de costas. O 2 a 1 sobre o América garantiu ao Tricolor uma das melhores campanhas da 1ª fase.

O Sport sofreu, mas garantiu a vaga. Também de virada, o time pernambucano fez 2 a 1 no Colo Colo.

Dos brasileiros, apenas o Palmeiras não está garantido. A vaga será decidida em um confronto direto contra o Colo Colo, em Santiago, com os chilenos jogando pelo empate.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Entrevista com o jornalista Chico Maia

Quem se acostumou a acompanhar o esporte em Minas Gerais, nas décadas de 1980 e 1990, provavelmente assistia ao Minas Esporte, da TV Bandeirantes.

O programa, comandado por feras como Flávio Anselmo, Fabíola Andrade, Dimara Oliveira, entre outros, foi o primeiro contato de muitos moradores do interior, por exemplo, com a imagem da equipe de esportes da Rádio Itatiaia, que durante um período participou da mesa redonda. Era interessante assistir ao programa e poder ver, e não apenas ouvir, Valdir Barbosa, Osvaldo Faria, José Luis Gontijo, entre outros.

Época em que ninguém falava em convergência de mídias. Internet e comunicação online eram assuntos para filmes de ficção científica. E olha quem não faz tanto tempo assim.

No Minas Esporte, foi a primeira vez que presenciei jornalistas esportivos dizerem na TV para quais times torciam em MG. As discussões, com uma pitada de provocação, do cruzeirense Flávio Carvalho, e do atleticano Chico Maia, temperavam a hora do almoço.

E o jornalista Chico Maia honrou este blog com uma entrevista. Mineiro de Sete Lagoas, Chico criou uma das primeiras assessorias de imprensa de um clube de futebol profissional, no Atlético; fundou o Jornal Sete Dias, na sua cidade natal, além do jornal Turismo de Minas. O profissional falou, entre outros assuntos, sobre a preocupante situação do Democrata/SL, a possibilidade de escrever um livro, cobertura de Copa do Mundo e Olimpíadas, futebol mineiro e nacional, mercado para jornalistas em Minas Gerais e, claro, sobre o Atlético. Acompanhe, abaixo, a entrevista:

Vamos começar com uma fácil. Para você, quem será o campeão mineiro de 2009?

He he he... Resposta fácil: quem errar menos, dentro e fora das quatro linhas.

O que você acha dos Estaduais? São mesmo necessários ou seriam mais interessantes disputas como a Sul-Minas, Rio-SP, etc?

Os estaduais são importantes sim, porém deveriam ser disputados pelos times do interior, com direito a vagas nas competições nacionais e até na Copa Sul/Minas, competição comprovadamente de maior sucesso técnico e financeiro.

Você acredita que o Atlético conseguirá recuperar o espaço perdido para o Cruzeiro nas últimas décadas em nível nacional?

Caso o Alexandre Kalil consiga manter o ritmo da administração que está tocando, sim. A força da torcida atleticana é impressionante, especialmente pela fidelidade dela. O Atlético tem muita força política e empresarial, que não vinha sendo explorada nos últimos anos. O Kalil está sabendo fazê-lo.

Como você vê a situação do Democrata, da sua Sete Lagoas, praticamente rebaixado para a Segunda Divisão em MG?

Você quis dizer TERCEIRA DIVISÃO, não é!? (Nota do blog: em Minas Gerais, a segunda divisão é, na verdade, a terceira, porque a Primeira Divisão é dividida em Módulos I e II). Infelizmente vamos ter que disputá-la. O clube terá que passar por uma mudança nos seus quadros diretivos. Uma pena esse rebaixamento, justamente agora quando o governo do estado vai reformar o estádio e favorecer a entrada de recursos no clube, com a resolução de pendências fiscais e trabalhistas. O Jacaré voltará a ser forte, não tenho dúvidas.


O América mais uma vez aposta no modelo do Conselho Administrativo. Acha que é uma solução que pode dar certo?

Sou pela fórmula convencional da maioria dos clubes brasileiros. Tem que haver um presidente e um vice, com diretores específicos para cada área. O América adotou uma fórmula apenas paliativa para resolver uma questão política sem novas rupturas. Foi a melhor opção para a saída do Baltazar, mas deverá retornar à condição tradicional no futuro.

Na sua opinião, a perpetuação de um nome no comando de um clube – como acontece com Perrelas no Cruzeiro, ou aconteceu com Dualib no Corinthians, Mustafá no Palmeiras – é benéfica?

Depende! Cada caso tem suas peculiaridades. Os Perrela têm sido bons administradores para o Cruzeiro, tanto dentro quanto fora das quatro linhas. Se forem mal a pressão da torcida os tira. Enquanto o futebol for bem, vão ficando lá!

Qual cobertura você mais gosta de fazer: Copa do Mundo ou Olimpíada?

Difícil dizer, porque cada uma tem suas virtudes fundamentais. Porém, a Copa atrai mais a atenção das pessoas nos países de tradição em futebol, como o Brasil. Tudo que a gente escreve ou fala de lá dá uma repercussão maior, pois até quem não gosta de futebol se liga durante a competição.


O jornalista Chico Maia no Allianz Arena – Munique, entre os companheiros Cosme Rímoli e Luiz Prósperi, do Jornal da Tarde, de São Paulo. Foto: Arquivo Pessoal

Pode nos contar algum momento marcante da sua carreira em Copa do Mundo ou Olimpíada?

São muitas histórias que, aliás, pretendo publicar em livros, breve! Uma de Copa: Armando Nogueira era o todo poderoso da Rede Globo e, surpreendentemente, foi demitido. Dias depois, foi cobrir a Copa da Itália'1990, para a Agência JB, escrevendo uma coluna para vários jornais do país. Acostumado a ter dezenas de secretárias e assessores para lhe entregar tudo de mãos beijadas, estava ali, só, meio perdido, obrigado a retirar sua credencial, seus ingressos para os jogos, acessar os computadores para pegar informações, enfim, tarefas de jornalista comum. E eu o socorri em várias situações, já que sou acostumado a todas essas funções e burocracias inerentes à cobertura de eventos como este. Dei caronas a ele, o que gerou brincadeiras do Telê Santana. Na época o Telê era comentarista do SBT e tirou sarro: "Que coisa hein, seu Armando! Pegando carona com esse capiau de Sete Lagoas!". O Armando respondeu prontamente: "Não pode haver capiau maior do que quem nasce em Xapuri!", numa referência à cidade dele, no Acre. De Olimpíada: tomei um enorme susto com a China. Pensava que fosse um país atrasado e deparei-me com tudo de melhor e mais avançado no mundo em termos de tecnologia, obras, sistema viário, comunicações e principalmente a acolhida dos chineses. Uma soma do que presenciei de melhor nas Copas da Alemanha, Coréia/Japão, França, Estados Unidos, Itália e México, além das Olimpíadas de Atenas, Sydney e Atlanta.

Você tem algum ídolo na sua profissão?

Não, mas tenho gratidão a vários companheiros que muito me ajudaram a começar e a tomar um rumo na profissão. Gente como Geraldo Tolentino, que me deixou escrever no jornal dele, o Centro de Minas, único de Sete Lagoas na época, quando eu tinha apenas 11 anos de idade; Geraldo Padrão, que levou-me para a Rádio Cultura, também de Sete Lagoas, quando eu tinha 13 anos, e ao Gil Costa, que contratou-me para a Rádio Capital, inserindo-me na imprensa do Estado.

O que você acha do mercado profissional para jornalistas em MG?

Nunca a situação foi tão ruim, termos de mercado de trabalho e de salários.

O número de veículos (rádio, TV, jornais, portais) é o ideal?

Pela força econômica e política de Minas, deveríamos ter muito mais veículos, com mais espaço para jornalismo. Estamos defasados.

Li em sua coluna que a Rede TV iria demitir alguns funcionários/estagiários que faziam o Rede TV Esporte e, em solidariedade, você e o LélioGustavo também resolveram deixar a emissora. Como isso aconteceu?

É a história da "crise econômica"! Disseram que seria apenas por dois ou três meses, e que depois toda a equipe seria recontratada. Preferimos esperar a situação melhorar e voltarmos todos juntos, o que, felizmente, deve ocorrer nos próximos dias.

O STF está para julgar a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Qual sua opinião sobre esse assunto?

Para mim tanto faz. Trabalhei durante um bom tempo sem ter diploma. Graduei-me em jornalismo e digo valeu demais a pena ter feito vestibular e passado 4,5 anos frequentando as aulas na antiga Fafi-BH, hoje UNI. Conheci ótimas pessoas, fiz boas amizades que me foram e são úteis demais como jornalistas e amigos.

O que você acha do modelo de gestão da CBF, na qual Ricardo Teixeira é sempre aclamado presidente sem haver sequer chapa de oposição?

É o Brasil, onde tudo funciona desse jeito, em qualquer instância onde haja eleições e interesses pessoais. No Congresso é desse jeito, nas Assembléias Legislativas, enfim. A CBF com seus dirigentes são apenas mais um extrato da sociedade brasileira. A imprensa combate, mas não adianta. O poder está com quem está de posse da cadeira e da caneta.

Qual sua opinião sobre a Timemania?

Um fracasso. Se até a tradicional Loteria Esportiva está em baixa, levantar mais um jogo com esse perfil, é um erro.

Você acredita que Ronaldo Fenômeno voltará a ser um grande jogador, capaz de dar alegrias a torcedores? E acredita na volta dele para a seleção?

Pode-se esperar tudo dele. Duvidei que jogasse a Copa de 2002 e quebrei a cara.

Para você como será a Copa 2014 no Brasil? Uma festa popular ou apenas evento para quem tenha muito dinheiro? E o público? Acredita que em jogos de pouco interesse haverá o comparecimento do brasileiro?

Muita gente ficará rica com obras e contratações de serviços suspeitos. Os cofres públicos serão atacados, haverá escândalos e ninguém será punido, como no recente PanRio'2007. Mas, será uma grande festa popular e o país será invadido por gringos de todas as partes do mundo, que são loucos para conhecer o Brasil e terão uma grande oportunidade em 2014. Qualquer joguinho terá grande público porque as pessoas vão querer entrar para a história dizendo: "fui a um jogo de Copa do Mundo" e guardarão o ingresso como um troféu.

Você nunca escondeu ser atleticano. Isso já rendeu algum problema para você profissionalmente?

Não, porque procuro não misturar as coisas quando escrevo ou falo em meu trabalho.

Entre tantos erros cometidos no Atlético nos últimos tempos, tem como apontar um apenas como o maior deles?

Não ter mudado o estatuto para possibilitar que Elias Kalil fosse reeleito pela terceira vez consecutiva, em 1985. A saída dele iniciou o processo de queda do clube.

Como você está vendo a administração de Alexandre Kalil frente ao Galo até o momento?

Tem sido a segunda melhor da história atleticana, desde que passei a conhecer o Atlético. Só perde para a do pai dele, Elias.

Dia de espantar a zebra

Na semana passada apareceu a primeira zebra da Copa do Brasil quando o Americano desclassificou o Botafogo.

Hoje, Fluminense, Santos e Internacional tentam mandar a zebra passear em outros gramados.

O tricolor carioca precisa vencer o Águia, de Marabá, pelo placar mínimo para se garantir nas oitavas-de-final. A situação poderia estar bem pior, se o time paraense tivesse mantido o ritmo no jogo de ida, quando vencia por 2 a 0.

O Santos não pode cometer o erro do Botafogo e entrar em campo, contra o CSA, pensando na final do estadual. Na primeira partida, 0 a 0. Hoje, na Vila Belmiro, quem vencer avança.

Campeão gaúcho invicto, o Inter tenta manter a boa fase e despachar o Guarani. O que já era para ter acontecido se não fosse um gol bugrino no final da partida, no Brinco de Ouro, quando os colorados venciam por 2 a 0.

Alguém aposta nas zebras paraense, alagoana ou bugrina?

Mais três brasileiros em campo

A tendência é que hoje Cruzeiro e Sport se juntem ao Grêmio e São Paulo, já classificados para a próxima fase.

O Palmeiras fez o que dele se esperava e venceu a LDU, ontem, no Palestra Itália, por 2 a 0.

Hoje, os palmeirenses torcem para o Sport bater o Colo-Colo, no Recife, para poderem decidir em vantagem a vaga na próxima fase, em Santiago.

O Cruzeiro joga contra o Deportivo Quito, no Mineirão. Uma vitória dá à Raposa a liderança no grupo, um empate classifica os celestes, mas a primeira colocação dependerá de um tropeço do Estudiantes contra o Sucre. Uma derrota seria um apocalipse na Toca da Raposa.

E o São Paulo, já classificado, tenta esquecer o Paulista, contra o América, de Cali, no Morumbi. Como já está na próxima fase, o público não deve ser dos maiores.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Três anos sem Telê

Parece mentira, mas ainda há locais bem perto dos grandes centros que os meios de comunicação chegam de forma, digamos, que não são as ideais.

Há três anos estava em um sítio no lugarejo de Souza, município de Rio Manso, cerca de 60km de Belo Horizonte. Era um feriado prolongado.

Viajei para um descanso na quinta-feira à noite, véspera do feriado de 21 de abril. No sábado, teria que estar em BH para trabalhar no Mineirão, na partida entre Atlético x Náutico, estreia do Galo na Série B, jogando em casa.

Somente quando estava deixando aquele lugar quase afastado da chamada “civilização”, com seus avanços tecnológicos, no sábado pela manhã, dia 22, recebi a notícia: Telê Santana havia falecido na noite de sexta-feira.

O mestre Telê, que encantou o mundo com a seleção mais injustiçada da história e que tanto lutou pelo futebol arte, perdeu a batalha contra uma doença que o venceu aos poucos.

Telê morreu em 21 de abril.

Assim como Tancredo Neves;

Assim como Tiradentes.

O Mineirão naquela tarde parecia um velório.

A torcida atleticana por perder o seu maior treinador e por assistir inacreditavelmente a primeira partida do Galo em sua então quase centenária história jogando em casa, por uma divisão de acesso do Campeonato Brasileiro.

A tarde foi de homenagens. Faixas no Mineirão, bandeiras e torcida no cemitério Parque da Colina.

Somente Telê conseguiu, naquela triste tarde de 22 de abil unir torcedores de Atlético, Fluminense e São Paulo.

Em cima do caixão do mestre, bandeiras dos clubes que defendeu e amou.

Desde aquela tarde, o futebol não foi mais o mesmo.

No grupo da morte, Palmeiras joga a sobrevivênca na Libertadores

Em recente entrevista ao jornalista Cosme Rímole, o treinador do Cruzeiro, Adilson Batista, disse que são seis os favoritos ao título da Libertadores. Ele deixou implícito que um deles poderia ser desclassificado ainda na primeira fase.

Ele falava do Palmeiras, que pegaria o Sport, em Recife.

O Palmeiras venceu o Sport e respirou na competição.

Mas, na semana passada, o time dirigido por Luxemburgo derrapou novamente em casa e apenas empatou com o time pernambucano, no jogo de volta.

Hoje, o Verdão volta ao Palestra Itália para um jogo de vida ou morte, no grupo da morte.

Se quiser chegar à ultima rodada com chances reais de classificação, o Porco tem que vencer a LDU.

Tem que vencer no Palestra Itália, que parece assustar os jogadores do Palmeiras.

No Palestra, sábado, o Palmeiras perdeu para o Santos e deu adeus ao bi-campeonato estadual.

A imensa torcida palestrina sonha com um final diferente hoje, contra os atuais campeões da Libertadores.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Invictos

Muitos concordam que campeonatos regionais não servem de base para saber se uma equipe grande está realmente muito bem na temporada.

E jogar contra Uberaba, Madureira, Caxias, etc. é realmente muito diferente de enfrentar adversários do Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil nas fases mais agudas ou Libertadores.

Mas este ano poderemos ter quatro times da Série A do Brasileiro campeões regionais invictos.

Dois foram ontem. Inter e Sport

Mais dois podem ser no dia 03 de maio. Cruzeiro e Corinthians.

E é também inegável que estes quatro estão apresentando, no mínimo, um futebol convincente em 2009.

Hora de decisão

O Corinthians despachou o São Paulo.

O Flamengo conquistou a Taça Rio.

O Cruzeiro venceu mais uma vez o Ituiutaba.

E no final de semana começam as decisões de três, dos quatro campeonatos regionais mais importantes do país.

No RS, assim como no ano passado, o impiedoso Internacional goleou, novamente por 8 a 1 uma equipe de Caxias do Sul, e se sagrou campeão gaúcho.

O título coloca por terra aqueles que acreditam na “maldição do Centenário” que não deixam grandes clubes fazerem boas campanhas quando completam 100 anos.

Essa maldição existe, sim, para quem não faz um planejamento correto. Vide Galo ano passado.

Em SP, decisão alvinegra. Corinthians x Santos, os dois que entraram com desvantagem na semifinal, venceram as duas partidas.

No Rio, um gol contra colocou o Fla na decisão do estadual. E o rubro-negro chega com força para pegar, pela terceira vez seguida, o Botafogo na final do estadual. Ney Franco terá trabalho para reerguer seus cabisbaixos atletas. O Fla pode conquistar seu quinto tri.

Em Minas, mais uma vez Atlético e Cruzeiro. E assim será até que algum time do interior faça uma parceria forte com algum dos dois clubes da capital. Por que Galo e Raposa, mesmo com seus problemas, estão anos-luz à frente dos outros.

Que a PAZ entre em campo a partir do próximo domingo e não tenhamos que ler, ver e ouvir sobre violência de torcida.

Seria pedir demais?

sábado, 18 de abril de 2009

Sábado alvinegro

Se em Minas era certa a classificação atleticana para a final do mineiro, em São Paulo era vaga aberta.

Que o Santos tratou de sacramentar logo com 2 a 0, sem tempo de reação para o dono da casa Palmeiras.

Palmeiras que não venceu nenhum jogo da Libertadores no Parque Antarctica.

Palmeiras, desclassificado no Parque Antarctica.

O melhor time da primeira e inútil fase do paulista caiu, por 2 a 1.

O Santos, que só engrenou após a contratação de Wagner Mancini, está na decisão.

Por essas coisas do destino, talvez Neymar brilhe e faça até gol na decisão.

Como fez o jovem Robinho, em 2002, no Brasileiro.

Dirigido por Leão.

Que levou ao Galo à final do Mineiro.

Mesmo jogando mal, como contra o Guaratinguetá, a vantagem atleticana era enorme.

Sacramentada por mais um gol de Tardelli.

O Galo tem que melhorar muito para vencer o Cruzeiro.

Ou, pelo menos, ter muito mais raça e vontade.

E se SP e MG já foram alvinegros no sábado, assim poderá estar amanhã o RJ, se o cabisbaixo Botafogo vencer o Flamengo e SP novamente, se o Corinthians segurar o São Paulo.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Fred alivia a barra do Flu

O Fluminense conseguiu diminuir o prejuízo no final da partida e perdeu por 2 a 1, para o Águia.

A falta de ousadia do time paraense na segunda etapa, quando jogou com um homem a mais, evitou que o Flu sofresse um vexame maior ainda.

Flu, aliás, que fez uma partida horrorosa.

O gol de Fred aos 40min do 2º tempo aliviou a barra dos tricolores.

O time dirigido por Parreira precisa vencer apenas por 1 a 0, no jogo de volta, para passar à próxima fase.

Pouco para o Fluminense que tem um dos elencos mais caros do país.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Botafogo fora

Não é coisa que só acontece com o Botafogo.

Para ficar somente no exemplo mais recente, ano passado, na final da Libertadores, Thiago Neves marcou três vezes contra a LDU e perdeu um pênalti da decisão. Conca e Washington, outros ídolos do time, desperdiçaram mais duas.

Confesso que quando vi Maicossuel - autor do segundo gol aos 47min do 2º tempo, que levou às cobranças de penalidades – se encaminhar para a cobrança, lembrei da cena de Thiago Neves no ano passado.

De Thiago Neves, Edmundo e tantos outros.

E foi justamente o melhor jogador do Botafogo, mesmo sem fazer uma grande partida, artilheiro do time na temporada, aquele que deveria ter saído como herói o único a não marcar.

O time da estrela solitária agora terá que juntar os cacos para a decisão de domingo, contra o Flamengo, em um Maracanã lotado.

Emocionalmente, parece que o Botafogo começou a perder mais um título para o Flamengo.

O bom time dirigido por Ney Franco terá forças para reagir?

Só o tempo dirá.

Só ele também será capaz de fechar a ferida chamada Americano.

Em tempo: escrevo quando o Fluminense perde por 2 a 0 para o Águia, Thiago Neves foi expulso por uma atitude insana e Conca saiu lesionado.

Daqui a pouco cariocas em campo

Véspera de América x Águia Marabá, jogo de volta da primeira fase da Copa do Brasil.

O time paraense havia vencido a partida de ida, por 2 a 1, em Parauapebas.

Para se classificar bastava ao América vencer, no Mineirão, por 1 a 0.

Toca o telefone de um membro da diretoria do Coelho.

Era um membro do departamento de futebol do Fluminense.

Ele queria informações sobre a viagem do América para a Serra dos Carajás.

Voos, hotéis, enfim, toda a logística.

A diretoria do Coelho ficou revoltada.

Os tricolores já davam como certa a partida da segunda fase contra o Águia?

Se duvidavam da classificação do Coelho, não sei.

Mas que o Coelho caiu na primeira fase, caiu.

Perdeu por 1 a 0 em casa.

Por isso o Flu joga hoje no Pará.

Mas não em Parauapebas ou Marabá.

Joga em Belém tentando esquecer a desclassificação no Carioca.

No outro jogo de hoje da Copa do Brasil o Botafogo tem que vencer o Americano, no Engenhão.

1 a 0 basta.

Mas estará o time totalmente concentrado na partida?

Ou divide as atenções com a possibilidade de ser campeão carioca domingo?

O Americano pode ser, hoje, a primeira grande surpresa da Copa do Brasil/09.

E vale lembrar que o Botafogo ainda não venceu o time de Campos este ano.

Wallace Nascimento... Valente?




Foto: Jefferson Martins/Futura Press


Quando um árbitro consegue ser criticado pelos dois clubes, não preciso dizer que ele foi péssimo.
O capixaba Wallace Nascimento (...) e seus auxiliares foram muito mal no empate entre Galo e Guaratinguetá, por 2 a 2, na cidade de Frei Galvão.

Ele e a auxiliar erraram feio ao marcar pênalti em Diego Tardelli.

Nada que justifique a invasão de campo do presidente do Guará que correu para cima do apitador, furioso e segurando as calças. Atitude que pode complicar a situação do estádio na Série C. Ituiutaba e América agradecem.

Na segunda etapa, nervoso e acuado, compensou expulsando Juninho quando o Galo vencia por 2 a 1.

O pênalti para o Guará foi interpretativo. Palavra que os “especialistas em arbitragem”usam para salvar a pele dos apitadores.

O Atlético jogou mal e mostrou que se complica quando enfrenta um time que marca forte. Falta um armador mais técnico para fazer a bola chegar ao ataque.

Sobre goleiros, me recuso a comentar.

Nas outras partidas Vasco e Corinthians fizeram novamente o dever “fora de casa”. Eliminaram Central (3 a 0) e Misto (2 a 0) e seguem encurtando o caminho.

Vitória, 1 a 1 com o Juventude e Coritiba 0 a 0, com o Bahia também se garantiram nas oitavas.

Grêmio ótimo, Sport bom, São Paulo regular e Palmeiras complicado

Quem disse que se defender não é uma arte?

O Sport, ontem, contra o Palmeiras, deu uma aula de defesa, ou “ferrolho”, no empate em 1 a 1.

Mesmo com um jogador a menos durante todo o segundo tempo – Wilson foi expulso após cometer a bobagem digna de punição de comemorar o gol levantando a camisa – o Sport segurou o Palmeiras no Palestra.

Jogo típico de Libertadores. Brigado, nervoso, catimbado, sem tanta técnica e mais coração.

O Sport comemorou muito o empate; o Palmeiras faz mais um jogo do ano na semana que vem, contra a LDU, em casa. Joga para vencer e, possivelmente, decidir a vaga com o Colo-Colo, em Santiago.

O Grêmio, ainda sem técnico, venceu mais o Universidad, por 2 a 0, e pode terminar a competição como o melhor time da primeira fase. Para isso, tem pela frente o Boyacá, no Olímpico.

O mistão do São Paulo foi derrotado pelo Independiente (2 a 1, em Medellín). Opção feita, só não vale chorar se enfrentar um adversário mais complicado na próxima fase.

Em tempo: o pênalti a favor do Palmeiras, não existiu.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Grandes em campo

Palmeiras e Sport jogam novamente pela Libertadores.

Dessa vez, no Parque Antártcica, e o Palmeiras pode embolar de vez o grupo.

Se na semana passada o time pernambucano tinha a chance de praticamente garantir a classificação e eliminar o Palestra, hoje o time dirigido por Luxemburgo pode terminar, inclusive, na frente do Leão.

Promessa de mais um grande jogo.

São Paulo e Grêmio também entram em campo, ambos fora de casa.

O tricolor gaúcho, em Santiago, contra o Universidad.

O paulista, em Medellín, contra o Independiente.

O Grêmio está descansando desde a eliminação precoce no estadual e aposta tudo na Libertadores.

O São Paulo, classificado, poupa jogadores e teve dias nebulosos, com derrota para o Corinthians e a lesão do seu principal jogador, Rogério Ceni.

Como se comportará o time dirigido por Muricy Ramalho sem o seu capitão, ídolo e líder? Essa é a pergunta da noite.

Noite também de Copa do Brasil.

Destaque para os jogos de ida de Atlético, Corinthians e Vasco, contra o Guaratinguetá, Misto(MS) e Central(PE), respectivamente.

O Vasco se dedicando somente ao torneio nacional.

O Galo querendo matar o jogo de volta para se dedicar às finais do Mineiro.

O Corinthians poupando Ronaldo para a decisão da vaga no Paulista, contra o São Paulo.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Dedo para o alto



Christian, do Corinthians, errou ao fazer o gesto do dedo para o alto no clássico contra o São Paulo.

O gesto é grosseiro? Sim, é.

Mas já foi feito por vários jogadores.

Leia aqui o que escreveu Mauro Cezar Pereira e veja algumas fotos. Jogadores do Vasco, do Grêmio, do Palmeiras.

Leandro Almeida, do Atlético também já fez o gesto.

Christian errou por dois motivos:

Tentou provocar a torcida do São Paulo, que faz parte da união do punho cruzado, com um gesto que a torcida do Corinthians não faz. Dedo pro alto, em SP, é coisa da Mancha Verde, do Palmeiras.

E errou pelo óbvio. Talvez seja punido pela provocação e desfalque o Corinthians.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Considerações sobre a reta final dos estaduais

O Atlético não foi brilhante, mas ampliou a vantagem sobre o Rio Branco. Os 2 a 0, no Mineirão, deixam o Galo tranquilo para o jogo de volta. Tão tranquilo que nem mesmo os desfalques de Lopes, Junior e Márcio Araujo devem preocupar o técnico Leão. O Galo agora muda o foco e pensa na partida contra o Guaratinguetá, pela Copa do Brasil. Alessandro foi relacionado e a expectativa é que o ex-cruzeirense seja uma opção para o ataque alvinegro. Cruzeiro e Ituiutaba fazem a primeira partida da semifinal amanhã. Mordido pela goleada na Argentina, o Cruzeiro deve fazer o Boa pagar pelo que não fez.

Em São Paulo continua tudo indefinido. As vitórias de Santos e Corinthians, ambas por 2 a 1, sobre Palmeiras e São Paulo são perfeitamente reversíveis. No clássico de ontem, Rogério Ceni falhou de novo, embora tenha feito defesas importantes, Ronaldo deveria ter sido expulso pela entrada em André Dias. Se fosse o contrário, coitado do zagueiro são paulino. O destaque agora serão as vaigens de Corinthians (para MS), São Paulo (para a Colômbia) e o jogo de volta do Palmeiras (contra o Sport).

O Botafogo pode acabar de vez com a fama de chorão e vice do Flamengo. Basta vencer o clássico de domingo e garantirá o título antecipado. A briga será boa. Cuca, hoje no Mengo, ficou magoado com a provocação dos botafoguenses após o título da Taça Guanabara. Ontem, no Fla-Flu, o Flamengo poderia ter dado uma goleada hitórica, se o ataque não fosse tão incompetente e se Fernando Henrique não estivesse me tarde inspirada. Mas vida de goleiro é complicada. Uma falha de FH tirou a chance do Flu brigar pelo título.

Inter e Sport também podem garantir antecipadamente os títulos em PE e no RS no próximo domingo. Alguma dúvida que ambos não serão campeões estaduais?

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Copa do Brasil

Das oito equipes que poderiam garantir ontem a vaga no primeiro jogo, somente o Flamengo conseguiu. Venceu o Remo, por 2 a 0, e despachou os paraenses.

O Inter quase eliminou o Guarani, mas o Bugre diminuiu para 2 a 1 e vai ao Beira-Rio.

O Botafogo, ao contrário, foi derrotado, de virada, pelo Americano, também por 2 a 1, e precisa vencer o jogo de volta.

O Santos, assim como na primeira fase, não conseguiu vencer fora de casa. Empatou, em 0 a 0, com o CSA, em Maceió.

Empate também, nos outros dois jogos no Nordeste. Bahia x Coritiba e ABC x Atlético/PR, ambos 2 a 2.

Vitória e Goiás venceram fora de casa. Os baianos, por 2 a 1, contra o Juventude. Os goianos, 1 a 0 no Brasiliense.

Galo no embalo de Tardelli

Se o Uberaba tinha alguma pretensão, ontem, no Mineirão, ela foi por água abaixo logo com dois minutos, quando Eder Luiz abriu o placar.

Se o Galo não foi brilhante, cometendo alguns erros de posicionamento e saída de bola, a goleada foi indiscutível.

Lopes fez seus dois primeiros gols com a camisa alvinegra e, com 3 a 0, era fácil perceber Diego Tardelli incomodado por não ter deixado sua marca.

Mas os mais de 40 mil atleticanos no Mineirão viram Tardelli marcar três vezes. O terceiro, um golaço.

Tardelli deixou a sombra Kleber pra trás na artilharia, o Atlético agora pega o Rio Branco.

Hoje, com um Mineirão às moscas, Democrata e Ituiutaba lutam pela última vaga nas semifinais.

Caem os invictos

Sport e Cruzeiro conheceram o gosto amargo da derrota pela primeira vez no ano.

E da pior forma possível.

O time mineiro foi goleado, por 4 a 0, pelo Estudiantes, de um Verón dito decadente por alguns, mas que comanda a equipe portenha como poucos.

Houve lances duvidosos a favor do time mineiro, não marcado pelo árbitro uruguaio.

O time continua mais vivo do que nunca na Libertadores, líder do grupo, mas a tão badalada série invicta já era.

Assim como caiu a do Sport.

No chamado “jogo do ano”, o Leão não foi páreo para um dedicado Palmeiras, mesmo jogando na Ilha do Retiro.

Luxemburgo certamente deve ter usado da sua “psicologia de boleiro” para motivar seus comandados.

A vitória por 2 a 0, com direito a golaço do ótimo Diego Souza, colocou fogo no grupo da morte que tem o reencontro dos brasileiros na próxima semana.

Com as derrotas de mineiros e pernambucanos apenas o Corinthians, dos grandes clubes brasileiros, ainda não perdeu em 2009.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Quarta nobre

De Belém a Buenos Aires;

Às 19h30, 20h30 ou 21h50;

Estaduais, Libertadores e Copa do Brasil.

Futebol pra todo gosto.

O Galo joga contra o Uberaba, com um Mineirão lotado, para garantir presença na semifinal do Mineiro.

Pela Copa do Brasil, o Botafogo faz um jogo regional, contra o Americano. Tem confronto de campeões brasileiros na Bahia, onde o Bahia recebe o Coritiba. Jogando como se estivesse em casa, o Flamengo está no Pará para enfrentar o Remo. Embalado pela classificação no Paulista, o Santos joga em Maceió contra o CSA. No mesmo embalo está o Inter que pega, em Campinas, o rebaixado Guarani. Tem ainda ABC x Atlético/PR, Brasiliense x Goiás e Juventude x Vitória.

Dois brasileiros jogam pela Libertadores. O Cruzeiro, em La Plata, contra o Estudiantes e, no Recife, o jogo mais esperado da competição até o momento. Após críticas pela imprensa, bate boca entre técnico e dirigente, o Palmeiras encara a “Bombonilha” e o Sport. Se perder, o palestra paulista praticamente dá adeus ao sonho da América.

E, como aperitivo, à tarde Chelsea x Liverpool e Barcelona x Bayer fazem os jogos de ida das quartas-de-final da Champions League.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Um Campeonato Paulista histórico

A primeira vez que eu me lembro de uma semifinal de Campeonato Paulista disputada entre os quarto grandes clubes foi em 1987, ano que comecei a acompanhar mais a fundo o futebol.

Época da grande revista Placar semanal, que chegava em minha cidade sempre na terça ou quarta-feira após a rodada do final de semana.

E foi através das páginas do Placar que acompanhei aquele eletrizante Paulista/87.

O Corinthians vivia uma grave crise – era lanterna do campeonato - que rendeu uma das capas inesquecíveis da Placar.


Semana a semana foi possível ver o crescimento do time de Parque São Jorge, comandado pelo grande Everton, ex-jogador do São Paulo e do Atlético, além do goleador Edmar e do ponta-esquerda João Paulo.


São Paulo, Corinthians, Santos e Palmeiras chegaram às semifinais e fizeram jogos espetaculares. Na primeira partida do mata-mata entre Corinthians e Santos, um domingo à tarde, o Timão coroou a boa fase e venceu por 5 a 1, com quatro gols do centroavante Edmar, praticamente garantindo o inacreditável passaporte na decisão. Época em que goleadas em clássico era algo raríssimo. No jogo de volta, um 0 a 0, bastou.

Do outro lado, Palmeiras e São Paulo se enfrentavam. Neto vestia a camisa do tricolor e Zetti era o goleiro palmeirense, um dos grandes destaques daquele campeonato. E os dois foram protagonistas de uma cena histórica. Na segunda partida, Neto bateu uma falta quase do meio-campo, a bola chegou fraca e a defesa do arqueiro alviverde parecia fácil. Mas a bola caprichosamente passou por baixo das pernas da então promessa do gol palestrino. Um frango clássico.

Após o 0 a 0 da primeira partida, o gol de Neto selou a vitória por 3 a 1 e a passagem do tricolor para a decisão, colocando o Palmeiras mais um ano na fila que já completava 11 anos.

Na decisão, o bravo Corinthians não foi páreo para o São Paulo de Gilmar, Nelsinho, Pitta, Silas, Edivaldo e Lê, que venceu a primeira partida por 2 a 1 e empatou a segunda, sem gols.

Saudosos tempos em que não se discutia, por exemplo, carga de ingressos para torcida visitante.

Com pontos corridos, Flamengo seria o campeão


Se o Campeonato Carioca deste ano fosse disputado no sistema de pontos corridos, a torcida do Flamengo estaria comemorando o tri-campeonato.

O clube da Gávea foi campeão do grupo B fazendo 17 pontos em cada um dos turnos.

O detalhe é que o Vasco, se não tivesse sido punido com a perda de seis pontos pelo TJD, somaria 38 pontos e, caso o campeonato fosse com pontos corridos, colocaria fim a uma fila que já dura seis anos.

Comprovando a fragilidade dos times pequenos do Rio de Janeiro, as quatro primeiras colocações seriam dos grandes da capital enquanto o quinto colocado teria 11 ontos a menos que o Fluminense, quarto colocado.

Acompanhe abaixo como ficaria a classificação do estadual do Rio de Janeiro em uma hipotética disputa de todos contra todos:

1 - Flamengo 34 ptos
2 - Vasco 32 ptos/12 v *
3 - Botafogo 32 ptos/10 v
4 - Fluminense 31 ptos
5 - Macaé 20 ptos/6v/4 s
6 - Bangu 20 ptos/6v/0 s
7 - Friburguense 20 ptos/6v/-10 s
8 - Boavista 20 ptos/ 5v
9 - Resende 17 ptos/5v
10 - Americano 17 ptos/4v
11 - Tigres do Brasil 16 ptos/4v/-7 s
12 - Madureira 16 ptos/4v/-9 s
13 - Duque de Caxias 16 ptos/4v/-11 s
14 - Volta Redonda 15 ptos/4v/-3 s
15- Cabofriense 15 ptos/4v/-8 s
16- Mesquita 8 ptos

* O Vasco perdeu seis pontos no TJD/RJ

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Hora de decisão nos estaduais

Os próximos quatro finais de semana serão de emoção nos principais campeonatos regionas do país, com a realização das fases que decidirão os torneios.

Em SP, os quatro gigantes se classificaram para as semifinais. Em meio a discussões do número de ingressos para visitantes e, até mesmo, do local da realização de algumas partidas, Palmeiras, São Paulo, Corinthians e Santos prometem grandes jogos para decidir o campeão do regional mais importante do país. Dos quatro, quem está há mais tempo na fila é o Corinthians, que ergueu a taça de campeão paulista, pela última vez, em 2003. O Palmeiras é o atual campeão, o Santos foi bi em 2006 e 2007 e o São Paulo ergueu o caneco em 2005. O Palmeiras, contra o Santos; e o São Paulo, contra o Corinthians, tem a vantagem dos chamados resultados iguais.

No Rio, o óbvio. E como é boa para o torcedor essa rotina. Fla, Flu, Vasco e Botafogo jogam as semifinais da Taça Rio. O time da estrela solitária luta para conquistar também o segundo turno e levar o título carioca sem precisar da decisão. O Vasco está na fila o mesmo tempo que o Corinthians, em São Paulo, desde 2003. De 2004 até 2008, o Botafogo foi campeão uma vez (2005), o Fluminense outra (2005) e o Flamengo ficou com o título estadual em 2004, 2007 e 2008.

Em MG, caso o Atlético confirme a classificação às semifinais, na quarta-feira, contra o Uberaba – o Galo pode perder por até um gol de diferença – fará companhia ao Cruzeiro, atual campeão e classificado após a goleada de 7 a 2 sobre o Tupi, fora de casa e ao Rio Branco, que despachou o América. A outra vaga na semifinal será decidida entre Ituiutaba e Democrata. O time do Pontal chegou na semifinal no ano passado, a Pantera sentiu esse gostinho em 2007. A segunda partida entre as equipes está marcada para quinta-feira, às 18h, no Mineirão, mas isso ainda pode mudar (acredite, se quiser). Essa partida pode marcar o menor público da história do gigante da Pampulha. O “recorde” até o momento é da partida entre Atlético e este mesmo Democrata, no dia 5 de maio de 1999, com 489 pagantes. Dúvidas, aqui.

No Rio Grande do Sul, o Inter despachou o Grêmio e caminha, a passos largos, para o primeiro título no ano do Centenário. O estadual do RS costuma apresentar algumas surpresas, mas dificilmente o Colorado deixará de levantar o caneco.

domingo, 5 de abril de 2009

Lembrança

São 12:14 do domingo, 05 de abril de 2009.

Li, reli e li, de novo, textos maravilhosos sobre os 100 anos do Internacional.

De colorados ou não;

Jornalistas, cronistas, comediantes.

Aí, lembrei.

1oo anos não são 100 dias.

Quem os tem sabe, muito bem , como é.

Foto: Rivelle Nunes

sábado, 4 de abril de 2009

Ai, ai, ai, América

Como pode um clube ter sete presidentes?

O clube é desclassificado pelo Águia, em casa, e nada muda.

Aí perde o jogo seguinte e o treinador, que havia entregado o cargo na desclassificação, cai.

Juntando os cacos, são seis jogos sem vitória.

Incluindo hoje, 3 a 0, para o Rio Branco

E tinha jornalista que comemorava a invencibilidade do Coelho no início da temporada.

Com um time recheado de veteranos. Bruno, Euller, Flávio, Evanilson, Wellington Paulo, Irênio…

E, ainda mais, pensam em chamar Givanildo, que está caindo com o Mogi Mirim em São Paulo.

Mas tem também o Lula Pereira. Onde mesmo está esse Lula?

É duro hein, América!

Dizem que a esperança agora é a Série C.

Não me faça rir

Quem não tem nada com isso é o Azulão.

Parabéns, Rio Branco!

Parabéns, Colorado



100 anos do Gigante Vermelho!



Gol do primeiro título brasileiro, don Elias Figueroa


Gol do título mundial

quinta-feira, 2 de abril de 2009

AMCE responde críticas de Adilson

CARTA ABERTA À IMPRENSA

A relação entre imprensa, jogadores, treinadores e dirigentes sempre foi conflituosa. É da natureza do futebol. Porém, este relacionamento nunca esteve tão conturbado como nos últimos tempos. Muito em decorrência da própria evolução do segmento, que exige melhor preparação tanto dos profissionais do futebol quanto de imprensa.
Um fato isolado, no entanto, vem chamando a atenção. A insistência do técnico Adilson Batista, do Cruzeiro, em querer ser unanimidade. Todos sabemos que, unanimidade, nem Cristo teve. Mas Batista se irrita com tudo e com todos e chega a se equivocar toscamente em várias situações, como na entrevista concedida ao companheiro Cosme Rímole, de São Paulo, avaliada a seguir.

"Eu fui jogador de time grande, fiz estágios, estudei, peguei time pequeno, cresci, cheguei ao Cruzeiro. E é duro ver meninos falando bobagens no microfone, criticar seu trabalho sem ter a menor noção do que diz. Eu dou treino na Toca da Raposa e a grande maioria dos jornalistas fica lanchando e conversando. E depois ainda tem coragem de comentar o que não viu. Isso me irrita muito".
O desabafo seria aceitável se, primeiro, a cobertura do Cruzeiro fosse feita apenas por “focas” despreparados. Jornalistas consagrados, com muito, mas muito mais experiência do que ele frequentam diariamente a Toca.
Batista se esquece, também, que ele só se tornou pessoa pública porque sempre tinha um profissional da imprensa, sob sol ou chuva, falando de seu trabalho. Eu mesmo, quando atuava na reportagem, o entrevistei em situação adversa. Ele treinava praticamente esquecido, depois das seguidas fraturas, no América, e tive que convencer o editor que seria uma boa matéria. Assim como eu, outros, certamente, estiveram lá, escrevendo ou falando suas “bobagens”.

Ele pode ter razão ao dizer que “jornalistas falam o que não vê” de seus treinos. De fato, os treinos que realmente interessariam são fechados. Ou será que ele pensa que os jornalistas são tolos para avaliar treinos recreativos? E mais: quem lhe disse que o fato de estudar, fazer estágio, trabalhar em clube pequeno o torna um bom mestre? Qualidade se mostra na prática, nas escalações, nas substituições, com títulos importantes.

"Ah, eu estou cheio de bobagens. Técnico passa por coisa que ninguém pode imaginar. É pressão de todo o lado, responsabilidade, estudo, noite sem dormir, viagens que ninguém sabe para ver adversários. Comandar um grupo. Ser cobrado pela diretoria. Tudo isso para vir um menininho de 18 anos, ganhando R$ 500,00, falar um monte de bobagens na rádio. Nada quanto ao salário baixo, mas pela falta de experiência do garoto, que beira a irresponsabilidade de quem o colocou lá. Milhões de pessoas que escutam, não têm a menor idéia das bobagens que estão ouvindo".
O tom arrogante revela o desconhecimento do treinador quanto ao trabalho da imprensa. Os "menininhos" de 18 anos são, única e exclusivamente, de responsabilidade de seus veículos. Talvez, por saber que o caldo seria mais grosso, Batista não ataca as empresas, direcionando sua ira para os jornalistas.
Por que ele não diz que o jornal tal, ou aquela rádio, essa emissora de TV ou aquele site são irresponsáveis? Desconhecimento? Ou será a pura maldade da qual reclama...
Por que não ataca os ex-jogadores que se aventuram como comentaristas? Porque são corporativas, alguns são bajuladores e falam apenas que o agrada.

E será que ele, catedrático como se rotula, não conhecia as pressões, as cobranças da diretoria, das torcidas para o cargo de treinador? Profissionais consagrados como Paulo Autuori, que comandou seleções, conquistou títulos em diferentes países, acabou saindo mesmo depois de conquistar o tricampeonato da Libertadores para o Cruzeiro. Foram os “menininhos” de 18 anos? Antes de Autuori, Pinheiro, ex-jogador de seleção, ex-técnico de importantes clubes, após conquistar a primeira Copa do Brasil, deixou o clube. Foram os “menininhos” de 18 anos?

Em 2003, o consagrado Vanderlei Luxemburgo, depois de levar o Cruzeiro à brilhante tríplice corroa, caiu. Será que algum “menininho” que ganha R$500,00 derrubaria Luxemburgo? Nada disso, meu caro, é da natureza da profissão.

“O Oswaldo de Oliveira tinha processado um repórter da rádio Itatiaia (emissora fortíssima em esportes em Belo Horizonte. Ganhou R$ 12 mil. O meu jogador Wagner processou outro jornalista porque o chamou de 'Cabeça de Alface'. A imprensa começou a me atingir para atingir o clube, a diretoria do Cruzeiro. Isso vale até hoje. A campanha na Libertadores é ótima. No Campeonato Mineiro também. Mas isso não interessa. O bom é fazer tudo para abalar o ambiente, mexer com o grupo. Só que eu não vou deixar. Eu enfrento. Não tenho medo, não.”
Batista se apega a dois casos isolados para tentar jogar a imprensa na vala comum. A verdade é que o único processo envolvendo cronista, anterior a esses, foi em 98 ou 99, se não estou enganado, com Levir Culpi. De lá para cá, vários técnicos foram processados por árbitros, dirigentes e outros por falarem pelos cotovelos.

Também não é verdade que a imprensa tenta atingir o Cruzeiro através dele. Isso é se achar demais. A relação da crônica mineira com o Cruzeiro sempre foi a mais salutar possível. Zezé Perrella e Alvimar Perrella sempre tiveram o reconhecimento da mídia, tratamento respeitoso. Ao contrário do que ele pensa, sempre ouço dos próprios torcedores que a campanha na Libertadores é boa, “apenas do treinador”.

Ele diz na entrevista que não tem assessoria para protegê-lo. Comete uma grande injustiça com a excelente equipe comandada pelo companheiro Guilherme Mendes, do Cruzeiro, uma das melhores assessorias de imprensa do país.

É muito fácil assumir certos comportamentos no Figueirense, num Grêmio ameaçado pelo rebaixamento, ou no Japão. Mas o Cruzeiro, nos últimos anos, se tornou muito maior do que aquele clube que ele defendeu como jogador. A torcida celeste e a imprensa sabem disso e respeitam a marca Cruzeiro muito mais do que ele parece respeitar.

A imprensa também o respeita muito mais do que ele parece merecer. Não apenas porque se trata de um técnico do Cruzeiro, mas porque assim é o povo mineiro.

Agora, é preciso que ele tenha o cuidado de não transferir para seus jogadores esse sentimento de insegurança, negativo, às vezes maquiavélico que demonstra em relação à imprensa. Isso é o que pode atrapalhar os projetos do Cruzeiro, não os “menininhos” de 18 anos.


Carlos Cruz
Presidente da Associação Mineira de Cronistas Esportivos - AMCE

Nota do blog: Mais uma vez, parabéns ao Carlos Cruz. Para entender o caso, acesse aqui o blog do Cosme Rimole.

Brasil pro gasto, Argentina humilhada

Foi pro gasto.

No primeiro tempo a seleção do Dunga se movimentou, ganhou, e muito, com a entrada do Kaká e decidiu a parada com dois gols de Luis Fabiano. Um deles de pênalti, sofrido pelo Kaká.

Na segunda etapa, o time foi burocrático.

Ah... e aos 4min a torcida gaúcha não estava pedindo o Pato, como disse o Galvão Bueno. Estava, sim, mandando o Galvão tomar. naquele lugar.

Depois, sim pediu Pato e foi atendida.

Também pediu Ronaldinho, que também entrou.

O Dunga, finalmente, atendeu o torcedor.

Somente no dia da mentira mesmo.

Quando pensei que veria um show de Kaká/Ronaldinho/Luis Fabiano/Pato, dormi.

Sinal que nada de espetacular fizeram no final da partida.

Espetacular foi, sim, a vitória da Bolívia sobre a Argentina.

Se a altitude não serve de desculpas para o empate entre Equador e Brasil, também não serve para o vexame portenho.

Acho que a altitude influencia. Mas nada justifica 6 a 1.

Nada.

A Bolívia jogou muito e a Argentina não entrou em campo.

Esta goleada sofrida pela Argentina será tão falada quanto aquela, de 1993, em Nuñes, para a Colômbia, de Asprilla e Rincón.

O consolo do brasileiro, que tem o Dunga no banco, é que a Argentina tem Maradona.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Dia perfeito para uma goleada

O Brasil joga hoje contra o Peru, em Porto Alegre.

A seleção peruana, que já foi um adversário duro no passado, é lanterna das eliminatórias, com sete pontos.

Um desses pontos conquistados contra a seleção do Dunga, em Lima, no empate por 1 a 1.

É mais do que óbvio esperar que a seleção aplique uma goleada.

Mas era assim, também, contra a Bolívia, no Rio de Janeiro, e o jogo ficou 0 a 0.

Típico futebol da seleção do Dunga.

Mas quem sabe o Brasil não dê um baile nos fortíssimos peruanos, e faça o time vermelho e branco voltar bêbado para casa?

Aí fica tudo bem.

Dunga, um gênio.

A seleção apresentando o “verdadeiro futebol brasileiro”.

E tudo serão flores.

Perfeito para um dia da mentira.

Manchete que gostaríamos que fosse verdade


"Dunga não é mais o técnico da seleção"
Pena que hoje é primeiro de abril