sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Mudanças no futebol

A International Board votará amanhã a possibilidade de algumas mudanças nas regras do futebol.
As principais delas:


Cartão laranja:
o jogador seria punido com uma expulsão temporária, dependendo da violência da falta cometida.

Nota do blog: há discussão até hoje quanto ao rigor das faltas, se passível de advertência ou expulsão. O cartão laranja causará ainda mais confusão e críticas aos árbitros.



Substituições:
O número de substituições sobe para quatro em partidas que forem para a prorrogação.
Nota do blog: interessante devido ao desgaste da prorrogação.




Intervalo maior:
O tempo de intervalo passaria de 15 minutos para 20 minutos.

Nota do blog: acredito que será aceita. No negócio que se tornou o futebol seriam mais cinco minutos para serem comercializados.



Área técnica:
O treinador não precisa mais voltar ao banco após dar instruções ao time.

Nota do blog: Ué, eles precisam voltar para o banco? Alguns treinadores não devem saber disso.



Dúvida no gol:
Uso de assistentes atrás dos gols para tirar duvidas se a bola entrou ou não.

Nota do blog: mais uma polêmica será criada sem adiantar nada.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Campanha "Paz nos estádios" completa uma semana

Casa do Torcedor e Terreiro do Galo lançam a Campanha “Paz nos Estádios - Blogueiros unidos em busca de Justiça”

Um atleticano baleado em um ponto de ônibus em Belo Horizonte. Mais de 40 corintianos feridos em um confronto com a Polícia Militar no Morumbi. Brigas e tiroteio entre flamenguistas, botafoguenses e policiais nas proximidades do Maracanã. E outras confusões em estádios de futebol por todo o país.

Esse foi o saldo de um domingo que não pode ser esquecido na história do futebol brasileiro. Apesar de terem chocado todos nós, esses acontecimentos são, infelizmente, comuns.

Quando o jovem Márcio Gasparim, de 16 anos, foi morto a pauladas em uma verdadeira batalha campal no Pacaembu em 1995, já esperávamos que fossem tomadas atitudes que diminuíssem a violência nos estádios. Não foram.

As confusões em estádios ou fora deles não cessaram. E a cada uma, fazemos uma pergunta que explica por que elas acontecem: Por que ninguém é punido? Nem torcedores vândalos, nem policiais truculentos e, muito menos, cartolas que incitam a violência inflamando as torcidas, são punidos.

A experiência do passado nos torna céticos quanto às atitudes que as autoridades devem tomar. Mas isso não deve impedir nossa mobilização em busca da paz nos estádios.

A Casa do Torcedor e o blog Terreiro do Galo, então, acabam de lançar a Campanha “Paz nos Estádios – Blogueiros Unidos em Busca de Justiça”. Queremos com ela unir blogs, jornalistas e demais pessoas que têm o mesmo ideal.

Nosso objetivo é pressionar as autoridades a aprovarem uma legislação específica que previna e puna a violência nos estádios e seus arredores. Uma lei que puna com rigor os responsáveis por atos de violência no futebol, sejam eles torcedores, policiais ou até dirigentes que incitem a barbárie.

Temos certeza que um dispositivo legal construído a partir da ampla discussão entre todas as pessoas que estejam ligadas de alguma maneira ao futebol é a melhor maneira de diminuir a violência no esporte e, assim, devolver ao torcedor a certeza de voltar são e salvo para casa após o simples ato de ver seu time jogar.

Faça parte dessa campanha! Clique na imagem e capture o banner. Pedimos a todos que aderirem a essa mobilização que enviem um e-mail para paznosestadios@gmail.com, dando-nos o nome e link para o seu blog. Quanto mais blogueiros se unirem nesta nobre causa, mais força teremos para exigir uma resposta dos responsáveis pela segurança do torcedor brasileiro. Ainda, a utilização deste texto para apresentar o projeto aos seus leitores poderá ser uma ótima estratégia para melhor informá-los da campanha.

Faça parte dessa grande corrente, independentemente das cores que seu clube veste. Contamos com a participação de todos os blogueiros apaixonados pelo futebol e, principalmente, apaixonados pela vida.

Atenciosamente,

Arnaldo Gonçalves – Casa do Torcedor
Christian Munaier – Terreiro do Galo
Arte: FredKONG

Blogs que aderiram à campanha:

Rivelle Nunes
Vai, Lateral!
Blog Leônidas Cruzeirense
Extracampo.com
Jornal dos Sports
Times do Mineiro
Opinião FC
Futebol & Arte
Blog do Torcedor do Palmeiras - GloboEsporte.com
Blog do Torcedor do Figueirense - GloboEsporte.com
Ecos do Maraca
Futebólatras Anônimos
Copo Sujo
Blog do Paulinho
Brasil Lyonnais
Championship Manager
UNI-Esportes
A Marca da Cal
£0KYTRPBOX by CrazyAnge£
O Sentimento Não Para
SãoPauliNaRP
Maníacos do Futebol
Inspiration by Anja Darks
Santo Paulo Blog
Forza Atleti BR
SuperVasco
Maldita Futebol Clube
Blog do Adriano Assis
Futebol, Música e Etc.
WEB GALO
Blog do Cruzeirense
Radar Celeste
Blog do Jhonathan Doria
Tricolor Querido
4GOAL - For Goal Business Solutions
Catilangarias

Estaduais na quarta de Cinzas

Pelo mineiro, à tarde, o América fez aquilo que todos, exceto o Ituiutaba, fizeram até o momento.
Vencer o Guarani. (2 a 1, gols de Chico Marcelo e Luciano, contra um de Neguinho).

Faltando quatro jogos para o fim da primeira fase, o time de Divinópolis terá que melhorar da água para o vinho para escapar do rebaixamento.

Muito difícil. Principalmente por ter confrontos diretos, com Social e Villa Nova, fora de casa.

Villa que também segue sem vencer.

Ontem empatou com o Tupi (1 a 1, Ademilson para o Tupi e Maia para o Leão), em Juiz de Fora.
O América se classificou com a vitória e o Tupi está em nono lugar, com os mesmos sete pontos de Uberaba (oitavo) e Uberlândia (sétimo).

No Carioca, o Botafogo continua sendo a pedra no sapato do Fluminense.

É a terceira desclassificação seguida que o time de Gal. Severiano impõe ao clube das Laranjeiras.

Foi 1 a 0, gol de Fahel, que rodou pelo futebol mineiro para virar herói para a torcida botafoguense.

Botafoguenses que devem comemorar o título da Taça Guanabara, pois não acredito em nova façanha do Resende.

Botafoguenses que se ainda forem Salgueiro, terminaram de forma espetacular a quarta-feira de Cinzas.

Pelo paulista, Corinthians e Palmeiras devem estar loucos que acabe esse mundo de jogos da primeira fase.

Um turno de campeonato brasileiro inteiro para se classificarem quatro equipes.

O Corinthians venceu o lanterna Noroeste (2 a 0, Douglas e Otacílio Neto) e está na vice-liderança.

O Palmeiras suou para bater o São Caetano num jogaço. Fez 4 a 3 (Keirrison duas vezes, Edmilson e Diego Souza; contra Luan, Batatais e Vandinho), após sair perdendo por 2 a 0 em nove minutos.

Em noite de decisão de vaga na final da Taça Guanabara e jogos pela Libertadores, a partida de São Caetano foi o jogo da noite.

Empate em Quito

Mesmo sofrendo o empate no último minuto, o Cruzeiro pode comemorar o empate em Quito.

Continua invicto na temporada e líder do seu grupo na Libertadores.

O Deportivo certamente será goleado pelos celestes no Mineirão na partida de volta.

Em um jogo muito faltoso, preocupação para a torcida foram as duas expulsões de ontem (Wellington Paulista e Fabrício).

Com a de Kleber, na estreia, são três em dois jogos.

Mas como o time está em boa fase, fala-se no “espírito de Libertadores”.

Se fosse ao contrário, seria indisciplina.



Qual a cor do uniforme do Victor?

Quem, como eu, assistiu apenas aos melhores momentos da estreia gremista na Libertadores faz essa pergunta.

O arqueiro do time gaúcho não apareceu em nem um lance.

O Grêmio massacrou o Universidad e Celso Roth tem razão ao dizer que o time chileno poderia ter levado uma goleada histórica.

Foi daquelas partidas que entram para a história como um massacre sem vencedor.

Como perdeu gols o tricolor. E ainda houve dois pênaltis a favor dos donos da casa que não foram marcados.

O 0 a 0 foi injusto, muito injusto.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Futebol de Cinzas

Quarta-feira de Cinzas.

Inicio do período de penitência para os católicos;

Dia de ressaca para os foliões que se esbaldaram no Carnaval.

Mas hoje é também dia de futebol.

O Grêmio estreia na Libertadores, em casa, contra o Universidade, do Chile.

O Cruzeiro vai às alturas de Quito enfrentar o Deportivo.

E o clássico Vovô decide quem enfrenta o Resende na final da Taça Guanabara? O quase desacreditado Flu, que acabou chegando às semifinais ou o bom Botafogo, de Ney Franco?

Boas pedidas para curtir o fim do Carnaval.

Ou o inicio da Quaresma.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Por que?

está no kibeloco


Cruzeiro vence na estreia

A vitória do Cruzeiro sobre o Estudiantes, por 3 a 0, foi no ritmo de Kleber.

Quem não assistiu a partida e vê placar tão elástico imagina que foi um passeio celeste.

Mas não foi.

O Cruzeiro esteve perto de perder os 100% na temporada.

Vencia por 1 a 0 (Fernandinho, de pênalti), mas passou por muito susto.

Até Kleber pisar no gramado do Mineirão, aos 10min do 2º tempo.

O camisa 25 fez 2 a 0 na primeira chance que teve;

E 3 a 0 na segunda oportunidade. Recebeu um amarelo por comemorar tirando a camisa.

Logo em seguida vez uma falta em Veron.

Dois gols e cartão vermelho na estreia.

Estreia com a cara de Kleber.

Menos mal para o Cruzeiro que ele, Kleber, decidiu a partida antes de deixar o gramado.

Onde foi o nome durante longos 14 minutos.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Um pitaco sobre a violência das torcidas

Não é de hoje que imprensa e sociedade ficam indignadas com a morte de torcedores.

Já é assim faz tempo.

Aqui em Minas, me lembro de um caso, quando um atleticano foi assassinado por um cruzeirense, em um jogo dos celestes contra o Vasco.

Teve também o de um torcedor do Cruzeiro na Estação Venda Nova, antes de um clássico.

De outro atleticano, na mesma Silviano Brandão, após um jogo da Taça BH de Juniores.

De um cruzeirense, suspeito na época, de matar o atleticano citado acima.

Na primeira rodada do Mineiro do ano passado houve uma batalha na Rua dos Caetés, onde Galoucura e Máfia Azul se encontraram. Os atleticanos voltavam de Sete Lagoas, onde o Galo tinha jogado; os cruzeirenses se dirigiam ao Mineirão. Resultado: um morto.

Em todas essas situações houve revolta da sociedade. E é mesmo revoltante.

Mas nada de concreto foi realizado.

Nada.

Apenas entrevistas, debates e muito bla-bla-bla.

Ano passado, houve um “belo” acordo entre MP e torcidas, com direito a aperto de mão dos dirigentes, e tudo mais.

Domingo passado, um ano depois, um atleticano foi assassinado.

Certo é que nas imediações do Mineirão os confrontos diminuíram, mas os marginais arrumam uma forma de “botar o terror”, como gostam de dizer, em qualquer lugar da cidade.

Às vezes, nem brigar eles brigam. Passam de moto ou carro e atiram.

Na minha opinião, não basta apenas acabar com as torcidas organizadas.

Eles nunca deixarão de andar em bandos, uniformizados ou não.

A falta de impunidade é o principal fator para tanta violência.

Câmeras da BHTrans filmaram a batalha da Rua dos Caetés, a TV mostrou cruzeirenses brigando em Nova Lima, há cerca de quinze dias.

Porque não identificar e punir com rigor os marginais e baderneiros?

Só assim as famílias poderão voltar aos estádios com total segurança.

Torço para que issoaconteça um dia.

A vez do Cruzeiro

Chegou a hora do Cruzeiro estrear na Libertadores.

Sem Ramires, disparado seu principal jogador.

Com ele em campo, seria muito mais fácil derrotar o Estudiantes.
Que tem Veron, o dono do time.

Estudiantes que no ano passado despachou o Botafogo da Sul-Americana e vendeu caro o título ao Internacional.

Se os celestes quiserem manter os 100% na temporada, terão que jogar muito.

Por que não acredito em jogo fácil contra os argentinos.

Decepções, goleadas e bela estreia do Sport

Algumas decepções na noite de quarta-feira.

Pela Copa do Brasil o Fluminense foi à Paraíba com o pensamento em eliminar o jogo de volta, contra o Nacional. Não conseguiu. Venceu, mas por apenas 1 a 0, e com ajuda do bandeira, que invalidou gol legítimo dos donos da casa.

Na estreia de Wagner Mancini o Santos levou um susto, no Acre. Saiu perdendo do Rio Branco, mas virou a partida. Só não conseguiu eliminar a volta. Mesma situação do Coritiba, com o Holanda(AM).

Em Rondonópolis, MT, o Inter foi surpreendido pelo União e perdeu o jogo de ida, por 1 a 0. Não é nada, não é nada, mas não custa lembrar que no ano passado o Grêmio foi eliminado na segunda fase, pelo Atlético, de Goiás.

Pela Libertadores, o São Paulo evitou o vexame no apagar das luzes. O golaço de Borges, no minuto final, evitou que o tricolor fosse derrotado em pleno Morumbi, pelo Independiente, da Colômbia. A pressão para vencer a Libertadores parece que pesa em cima do tricolor paulista. O 1 a 1 foi digerido como derrota.

Quem não teve problemas foram Atlético (5 a 0) sobre o fraquíssimo Itabaiana(SE), e o Vasco, que despachou o Flamengo(PI), com uma goleada de 4 a 1.

Bonito fez o Sport. Foi a Santiago e venceu o Colo-Colo, por 2 a 1, pelo grupo da morte, colocando a pressão em cima do adversário de ontem e também do Palmeiras.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Libertadores tem dois brasileiros em campo

A Copa Libertadores da América começou pra valer.
O Palmeiras, primeiro brasileiro a estrear, foi derrotado pelo atual campeão, LDU, em Quito, por 3 a 2. O Palestra paulista perdeu a invencibilidade no ano.

Dos grandes clubes brasileiro somente o Cruzeiro mantém 100% de aproveitamento na temporada. Os celestes jogam a primeira partida na Libertadores amanhã, contra o Estudiantes, no Mineirão.

Hoje, o tricampeão São Paulo joga contra o Independiente, da Colômbia, no Morumbi.

O Sport, de volta à competição internacional, vai ao Chile enfrentar o Colo-Colo. O jogo é pelo mesmo grupo do Palmeiras, um dos mais equilibrados do torneio

Futebol do Oiapoque ao Chuí


Kaburé: Um dos mais folclóricos clubes que já disputou a Copa do Brasil, que tem hoje o início da sua XXI edição
Caminho mais curto para a Libertadores, torneio mais democrático do Brasil.

Essas são alguns dos apelidos da Copa do Brasil, que tem hoje o início da sua 21ª edição.

Há alguns anos esvaziada pela não participação dos clubes que jogam a Libertadores, o torneio em 2009 promete ser um dos mais disputados dos últimos anos.

Grandes clubes sonham com a conquista inédita, casos de Atlético, Santos, Botafogo e Vasco; para este o torneio serve também como forma de aumentar a autoestima para a participação da Série B.

Outros que já conquistaram pensam mais na vaga na Libertadores que no título, se é que há como separar uma coisa da outra. Inter, Fluminense, Flamengo e Corinthians se enquadram neste perfil.
A Copa do Brasil sempre revela uma supresa. Algumas, inclusive, conquistaram o título. Criciúma, Santo André, Paulista e, porque não, o Sport, no ano passado.

Dos grandes clubes entram em campo hoje o Vasco, contra o Flamengo, do Piauí; o Atlético, que vai ao Sergipe enfrentar a Itabaiana, O Fluminense, que visita o Nacional, na Paraíba; o Santos voou até o Acre para jogar com o Rio Branco e o Inter vai ao Pantanal jogar com o União, no Mato Grosso.

Tem ainda Despotiva (ES) e Fortaleza, Holanda (AM) e Coritiba, Sampaio Correia e Figueirense.
Mais tarde saberemos se algum grande clube conquistou a vaga antecipada e se logo no primeiro dia de competição surgiu a primeira zebra da Copa do Brasil, 2009.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

A força do Pontal

Poucos times do interior mineiro sabem usar de forma tão eficaz o fator campo como o Ituiutaba.

Numa região muito quente em Minas Gerais – a temperatura média no período do Campeonato Mineiro é acima dos 30ºC – o BOA dificilmente é batido no estádio da Fazendinha.

A última derrota no Pontal do Triângulo pelo Campeonato Mineiro aconteceu há quase dois anos, em 24 de março de 2007, quando foi batido pelo Atlético, com 40ºC à sombra, por 2 a 0.

De lá para cá foram nove partidas com sete vitórias e dois empates, um deles frente ao Cruzeiro, na primeira fase do estadual do ano passado. Este foi, também, o último jogo pelo estadual que o tricolor saiu sem os três pontos jogando em seus domínios.

No Campeonato deste ano foram três vitórias em casa, com 11 gols marcados. Rio Branco, Villa Nova e Tupi caíram no caldeirão da Coruja.

Quem acompanhou as três partidas afirma que o placar poderia ter sido maior se o time não tivesse relaxado.

O segredo?

Além dos times sempre bem montados, o conhecimento do campo e o costume de treinar sob sol forte.

Quando o tempo está a favor dos visitantes, como no último domingo, contra o bom time do Tupi, o gramado pesado joga a favor dos donos da casa.

A chuva que caiu na cidade durante toda a madrugada de sábado deixou o gramado pesado e somente alguém acostumado e com o preparo físico em dia suportaria os noventa minutos naquele campo.

Resultado: 3 a 0 e mais três pontos na conta do BOA.
Que mais uma vez promete fazer bonito no Campeonato Mineiro.

Filho de Barão de Cocais

Está no blog do Torero e na Folha de São Paulo

JOSÉ ROBERTO TORERO

Zé Cabala e o craque do assobio

De estilo refinado, à la Dener, meio largadão, mas bom de bola, Geraldo Assobiador morreu no auge da carreira


"ELE ESTÁ lá no quartinho dos fundos", disse Gulliver, apontando-me a direção com o queixo. Com poucos passos, cheguei ao sacrossanto templo de Zé Cabala, que pode não ser imponente como uma basílica, belo como uma mesquita, alto como uma sinagoga ou espaçoso feito um terreiro, mas é um lugar de milagres e maravilhas. Fui encontrar o mestre dos mestres alimentado seu sabiá, que ele chama de Nelson Gonçalves. Quando me viu, Zé Cabala não falou nada. Só sentou em sua almofada na posição de lótus, fechou os olhos e começou a assobiar. Imitou pássaros, soprou cantigas e fez uns trilados. Aí ficou de pé, deu uns giros e, quando parou, disse: "Geraldo Cleofas Dias Alves, às suas ordens." "Quem?" "Não me conhece? Nasci em Barão de Cocais, lá em Minas, em 1954." "Não, acho que não..." "Eu era do Flamengo." "Ainda não..." "Fui campeão carioca em 74, joguei pela seleção na Copa América de 75 e fiz muita tabelinha com o Zico. Ele era meu chapa. Nos nossos tempos de juvenil, volta e meia eu dormia na casa dos pais dele. O seu Antunes, pai do Zico, dizia até que eu era o seu filho marronzinho." "Puxa, não estou lembrado..." "Fiz 13 gols em 169 jogos." "Você vai me desculpar, mas..." "Tem uma coisa que vai ajudá-lo: quando fazia uma jogada diferente ou um drible bacana, eu assobiava." "Claro! Geraldo Assobiador!" "Fiiiiiu! Até que enfim!" "Muita gente dizia que você ia ser um novo Pelé." "Exagero. Eu era mais assim do estilo Dener, Robinho..." "Jogava com a camisa para fora, as meias arriadas..." "Eu era meio largadão mesmo." "Dizem que você era nome certo para a Copa da Argentina." "Ah, ali pelo meio da década de 70, eu estava jogando muito bem. O fino mesmo. Fazia umas coisas diferentes, sabe? E aí assobiava. Mas não era para tirar sarro do zagueiro, era por gosto mesmo, igual passarinho. Que nem naquele Fla x Flu de 1976, quando eu dei um passe de calcanhar para o Zico fazer o gol. Fiiiiiu! Muita gente lembra até hoje." "Também teve um lance famoso com o Luizinho, não é?" "Pois é. Um dia, num treino, o cara reclamou que eu segurava muito a bola. Então no jogo seguinte, contra o América, eu falei para ele: "Luizinho, você quer que eu lhe passe a bola, né? Então, quando o juiz apitar o começo do jogo, toca para mim e corre para o gol". Pô, dito e feito, eu segurei a bola por um tempinho, lancei e ele pimba! Marcou. Fiiiiiu! Quem se distraiu perdeu o gol." "Sua carreira acabou cedo, não é?" "É. Eu tinha só 22 anos. Fui fazer uma operação besta, tirar as amídalas, mas tive um choque anafilático, uma parada cardíaca e fiiiiiiiu..." "Morreu no melhor momento da carreira." "O melhor nem tinha começado. Ah, os gols que deixei de marcar... Os dribles que deixei de fazer... Os assobios que deixei de dar... Tudo o que podia ter sido e não foi... Morrer jovem é a coisa mais triste que tem." Então ele fechou os olhos e soltou um longo assobio, um assobio dolorido e triste, e eu saí de mansinho.


Nota do blog: Sempre ouvi histórias sobre "Geraldo do Flamengo", como é conhecido em Santa Bárbara e Barão de Cocais. Algumas delas falam que seria melhor que Zico, caso não tivesse partido tão precocemente. Geraldo é de uma família que sempre respirou futebol, em uma cidade que frequentemente revela atletas, de grande qualidade ou não, para o futebol brasileiro.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Clássico quente

Não assisti ao clássico.

Aliás, ouvi muito pouco da partida.

Mas conversei com quem estava no Mineirão, com quem entende muito de arbitragem e ouvi todas as entrevistas e comentários pós-jogo.

Alício Pena Junior é muito infeliz quando apita partidas do Atlético.

Foi muito mal mais uma vez. Para azar dele, justo no clássico.

Ele se perdeu completamente após não marcar a falta em Carlos Alberto e expulsar Thiago Heleno. E não existe mais esse argumento de “último homem”. Existe, sim chance clara de gol.
Na minha opinião, a falta de Welton Felipe não foi para cartão.

Como o pênalti marcado a favor do Atlético também não existiu.

Mas a nona derrota alvinegra em dez partidas para o rival se justifica, também, pelo amarelão de Yuri na cara de Fábio, os gols perdidos quando estava 1 a 0, as DUAS falhas de Juninho.

O décimo jogo sem perder para o Atlético pode ser justificado como exemplo da grande superioridade que o time comandando por Adilson Batista tem no momento. Possui elenco mais qualificado, mais time, mais entrosamento, mais jogadores diferenciados que o rival.

A impressão que se tem é que a continuar assim o Cruzeiro vencerá o Campeonato Mineiro com um pé nas costas.

Começou a temporada

Um torcedor atleticano foi morto quando se dirigia ao Mineirão para assistir ao clássico entre Cruzeiro e Atlético. O assassino, supostamente cruzeirense, passou de motocicleta em frente ao ponto de ônibus onde se encontravam alguns atleticanos e disparou uma arma de fogo. Dois torcedores foram atingidos, um não sobreviveu. O jovem morto tinha 20 anos e segundo informações de testemunhas estava “a paisana”, ou seja, na linguagem das torcidas organizadas, sem camisa que o identificasse.

Ao contrário de São Paulo, onde os ânimos estavam exaltados pela polêmica da carga de ingresso, em MG a semana foi tranquila. Não houve provocações de dirigentes, nenhum jogador fez declarações polêmicas que inflamassem os torcedores, justificativas muito usadas para tentar entender tragédias como a que aconteceu na Avenida Silviano Brandão.

Em São Paulo, pernas quebradas, gente pisoteada, bomba de gás lacrimogêneo atirada pela Polícia Militar. Todas as entrevistas e comentários de cronistas esportivos apontam os homens da lei como responsáveis pela confusão com torcedores do Corinthians.

No Rio de Janeiro há registro de confusão antes do clássico entre Flamengo e Botafogo, pela Taça Guanabara.

A temporada no futebol brasileiro começou “oficialmente” ontem.

E na semana que anteceder os próximos clássicos entre Atlético e Cruzeiro em 2009, este blog lançará a campanha TORCEDOR, NÃO VÁ AO ESTÁDIO junto à sua meia dúzia de leitores.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Santa Bárbara na imprensa

Está no Portal UAI e no jornal Estado de Minas

Centro de Santa Bárbara ganha de volta contornos históricos

Gustavo Werneck

Santa Bárbara – À primeira vista, parece que o Centro Histórico está de pernas para o ar: as pedras foram retiradas, as ruas seculares exibem a cor do minério de ferro e os prédios de fachada branca guardam as marcas da poeira vermelha. Mas, aos poucos, vê-se que a cidade da Região Central, a 105 quilômetros de Belo Horizonte, passa por um processo de revitalização, que traz de volta o desenho original das vias públicas, com calçamento de pedra, e realça os contornos das igrejas e casarões coloniais. A expectativa é de que as obras iniciadas em abril de 2008 sejam concluídas até o fim do ano, a um custo de R$ 2,5 milhões, bancados pelo Ministério do Turismo e prefeitura local.Em alguns trechos, já é nítida a mudança do visual da Região Central de Santa Bárbara, que, este ano, lembra o centenário de morte do filho ilustre, o ex-presidente da República Affonso Penna (1847-1909), primeiro mineiro a ocupar o cargo, numa eleição por voto direto. Para garantir mais beleza ao Centro Histórico – o projeto de revitalização é da arquiteta Mariza Machado Coelho – saíram muitos bloquetes de concreto, dando lugar aos paralelepípedos. E, onde já havia pedra, vem a restauração. Antes desses serviços, a rede elétrica e os telefônicos deixaram de ser aéreos para ficar subterrâneos, sendo trocada também toda a antiga rede de esgoto.Mesmo andando com todo o cuidado por algumas ruas, devido à falta, ainda, de meios-fios e pavimentação, os moradores aplaudem o trabalho empreendido pela prefeitura. Na tarde dessa quinta-feira, caminhando pela Rua Governador Valadares, perto da Matriz de Santo Antônio (1724), a funcionária da igreja, Nadir Maria da Silva, de 61 anos, disse que “está tudo muito bom”, pois a iniciativa recupera a beleza da cidade, que ela conheceu nos tempos de juventude. O estudante de sistema de informação, Eduardo Henrique de Almeida, de 22, destaca a rica cultura da terra e acredita que, com a requalificação urbana, haverá crescimento do turismo.Dona do Restaurante Uai, na Rua João Mota, Maria das Graças Gomide Figueiredo também gosta do que vê, mesmo convivendo com os transtornos decorrentes da poeira e outros efeitos da intervenção. “Lembro que Santa Bárbara tinha esse tipo de calçamento, acho que a recuperação vai valorizar o patrimônio e o comércio”, afirma. De acordo com informações da prefeitura, o calçamento nas ruas ao redor da Praça Cleves de Faria (em frente à matriz e à prefeitura) – Rabelo Horta (do fórum), Conselheiro Afonso Pena e da Estação – já está concluído. Na sequência, serão feitas as obras nas praças do Rosário e da Matriz.Pedestre ganha espaçoO prefeito da cidade, Antônio Eduardo Martins (PTB), o Toninho Timbira, diz que o projeto prevê a colocação de postes e luminárias adequados à paisagem urbana, além de bancos com e sem encosto, abrigo de ônibus, lixeira, bebedouro, barracas para feira e uma espécie de pérgula para o mirante, em que as pessoas poderão passear e contemplar a paisagem. Segundo ele, a revitalização vai resgatar o espaço público central da cidade como território prioritário do pedestre. “Queremos que as pessoas tenham mais um ambiente para a convivência e que a história local seja preservada”, ressalta.Um passo importante para que o núcleo central, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG), priorize o pedestre está na reformulação das vias de circulação de veículos. Para tanto, uma das medidas foi a construção de uma avenida de acesso ao Centro da cidade, que afasta o trânsito pesado das construções dos séculos 18 e 19. Outra ação programada é a construção de uma ponte sobre a estrada de ferro da Rua Conselheiro Afonso Pena. No trecho da ponte, o passeio será alargado para maior segurança dos pedestres e, na parte mais inclinada, junto ao muro da Casa da Cultura, será colocado um guarda-corpo para conforto dos transeuntes. O alargamento dos passeios também está programado para toda a extensão do Centro Histórico.

O link: http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_2/2009/02/13/em_noticia_interna,id_sessao=2&id_noticia=99038/em_noticia_interna.shtml

Nota do blog:
Tomara que a obra realmente valorize o centro histórico e torne a cidade atrativa para os turistas.
"Moradores aplaudem o trabalho" - Não é bem assim. Conheço muitos que já estão irritados com a demora.

Acusações contra Dinamite

Mesmo após as acusações contra o presidente do Vasco, Roberto Dinamite, ainda acredito que o jogador Dinamite não merecia a segunda divisão, como pode ser lido aqui.

As acusações do ex-diretor vascaíno são graves e precisam ser investigadas e dignas, se comprovadas, de impeachmeant.

Mas, em qual clube brasileiro não há ou houve nepotismo?

Qual diretoria nunca fez acordo com torcidas organizadas?

O Vasco errou feio em um ano que os erros precisam ser mínimos.

Mas pegar apenas o time da cruz de malta pra Cristo e clamar por justiça no futebol brasileiro é injusto.

Por que não realizar uma investigação profunda nas administrações dos grandes clubes brasileiros que, muitas vezes, levaram alguns desses à falência?



O melhor ataque do Brasil

Após as partidas do meio de semana pelos campeonatos regionais, tabela de gols dos atacantes atualizada.
Destaque para Diego Tardelli, do Atlético, que colou em Keirrison, do Palmeiras, e para o Cruzeiro, que colocou mais um atacante na lista.

Abaixo os números de cada atacante (somente atacantes)*:

1º Keirrison (Palmeiras) – 8 gols
2º Diego Tardelli (Atlético) – 6 gols
3º Lenny (Palmeiras), Taisson (Inter), Victor Simões (Botafogo) – 5 gols

4º Kleber Pereira (Santos), Washington (São Paulo) – 4 gols
5º Nilmar (Inter), Wellington Paulista e Soares (Cruzeiro), Jonas (Grêmio) – 3 gols
6º Reinaldo (Botafogo), Eder Luiz (Atlético), Roger (Fluminense), Otacílio Neto (Corinthians), Carlos Alberto, Rodrigo Pimpão e Faioli (Vasco), Marcelinho Paraíba (Flamengo), Robson (Santos) – 2 gols
7ºAlessandro (Cruzeiro),Josiel (Flamengo), Roni (Santos), Jorge Henrique, Souza (Corinthians) – 1 gol cada

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O Leão está manso

O Villa Nova teve um centenário como tantos outros clubes.

Para ser esquecido.

Exemplo maior está logo ao lado, em BH, com o Atlético, que teve no mesmo 2008 um centenário tão vexatório quanto o do Leão do Bonfim.

Claro, guardadas as devidas proporções. A frustração foi maior em Lourdes pelo gigantismo do Atlético frente ao Villa no cenário nacional.

O simpático time da apaixonante Nova Lima começou 2009 com eleições para presidente e brigas nos bastidores do clube alvirrubro.

Subiu ao cargo máximo Luizinho, brilhante zagueiro do próprio Villa, do Atlético e da seleção brasileira.

E um dos maiores ídolos do Leão pode ficar marcado como o presidente do clube no ano da queda à segunda divisão do mineiro.

Queda que não será inédita, caso aconteça.

O Villa amargou o Módulo II em 1995.

Não é tentativa de prever o futuro, mas o destino do Villa Nova neste Mineiro parece sombrio.
O clube disputou quatro partidas e não conseguiu pontuar.

Restam 21 pontos em disputa para o Leão do Bonfim.

Nos últimos quatro estaduais, a primeira equipe fora do rebaixamento fez 10 ou 11 pontos.

Na melhor das hipóteses seriam três vitórias e um empate em sete jogos. Lembrando que o Villa ainda enfrentará o América (em casa), Atlético, Tupi e Uberaba como visitante. O alento maior são os confrontos com Guarani, Uberlândia e Social no Alçapão do Bonfim.

Mas pior que a matemática é o futebol apresentado pelo inexperiente e fraco time de Nova Lima.

E se o time não jogar futebol, não há número que resista.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Só 10% para a Fiel? Sim, e daí.

O futebol brasileiro é avesso a mudanças, saudosista demais.

Quando se cogitou o Brasileiro de pontos corridos, como acontece na maioria dos países, houve quem fosse contra. Ainda há vozes a favor das finais. “São mais emocionantes”, bradam alguns, mesmo muitas vezes beneficiando o time com mais sorte.

Agora, a polêmica é quanto à carga de ingressos para o clássico São Paulo e Corinthians.
Discussões, teses, notas oficiais para avaliar se está correta ou não a atitude da diretoria são-paulina de disponibilizar 10% dos ingressos para os corintianos.

Há quem afirme que historicamente é lindo ver o estádio dividido meio a meio. Concordo.

Também há quem diga que a torcida do tricolor não ocupará todo aquele espaço destinado aos donos da casa. O problema nesse sentido já é do São Paulo e sua torcida que somente comparece em decisões.

A diretoria do campeão brasileiro está apenas cumprindo o regulamento das competições, agora que destinou parte das arquibancadas para empresas, que lhe darão um grande retorno financeiro, e não podem mais ceder o espaço para torcidas visitantes.

Se o estádio é do São Paulo e o regulamento permite tal atitude, não há o que discutir mais.
Assim será daqui pra frente e o Corinthians que exerça esse direito quando for seu o mando de campo. Vou além, que construa um estádio e tenha ainda mais embasamentos para agir como os são-paulinos.

Assim sendo, tricolores terão que aceitar calados. A velha desculpa que o Pacaembu não oferece segurança para clássicos não vai mais colar.

Aqui em MG, diretorias de Atlético e Cruzeiro sempre se entenderam sobre este assunto.

Brigaram mais por causa do banco de reservas atrás do bandeirinha do que por divisão de ingressos.

Os clubes, inclusive, aceitam dividir pela metade a renda, independente do resultado da partida, que dá ao vencedor o direito de ficar com 60%.

Após o Atlético golear o Cruzeiro na primeira partida da final do mineiro de 2007, a diretoria celeste de forma inteligente cedeu ingressos a ela destinada para os atleticanos. Melhor ver a festa alheia do que perder dinheiro, pensaram.

O mesmo ocorreu ano passado, quando quem goleou foi o Cruzeiro.

Mas esse entrosamento entre atleticanos e cruzeirenses acontece somente porque o Mineirão é público.

Se Galo e Raposa tivessem suas arenas, certamente fariam valer o artigo dos 10% de ingressos para os visitantes em dia de clássico.

Alguém duvida?

Brasil bate campeões do mundo

Assisti somente ao primeiro tempo do amistoso entre Brasil e Itália.

Gostei do que vi.

Mesmo levando um susto logo no começo, com o gol anulado de Fabio Grosso, em lance muito complicado para o bandeirinha, a seleção do Dunga jogou bem.

Fez 1 a 0 em numa bela troca de passes entre Elano, autor do gol, Ronaldinho e Robinho.

Ampliou para 2 a 0 em um lance que parecia morto, mas que Robinho, mais vivo do que nunca, roubou de Pirlo, pedalou, chamou para dançar os zagueiros antes de bater para o gol e marcar um golaço.

Poderia ter ampliado em um belo chute de Elano, de fora da área.

O time jogou solto, com alegria, como se em casa estivesse.

E realmente estava, pois o estádio do Arsenal virou há tempos a casa da seleção.

Foi lá que goleou os argentinos, por 3 a 0.

E lá quebrou uma sequência de 32 partidas sem derrota da atual campeã do mundo.

A seleção, criticada por empates em casa com Bolívia e Colômbia, agora comemora uma série de sete partidas sem derrota.

O que uma vitória não faz...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Qual o melhor ataque do Brasil?

A revista Placar que está nas bancas traz na capa uma pergunta: Qual o melhor ataque do Brasil?

Variando a cada estado ou região, na capa fotos dos principais atacantes do futebol brasileiro. Em MG, por exemplo, aparece Diego Tardelli, do Atlético e Wellington Paulista, do Cruzeiro.


Respondendo a pergunta da revista, neste início de temporada o melhor ataque do Brasil é o do Palmeiras, baseado no número de gols marcados por cada jogador da posição. Mesmo não sendo titular, o jovem Lenny balançou as redes cinco vezes. Keirrison, este titular absoluto, fez a festa da torcida sete vezes – quatro no Paulista e três na Pré-Libertadores, contra o Potosi.


O Corinthians, que vive a expectativa da estreia do Ronaldo, ainda não tem um ataque tão poderoso. A principal arma corintiana é o zagueiro Chicão, autor de cinco gols. A dupla de ataque Jorge Henrique/Souza balançou as redes duas vezes, um gol cada. O reserva Otacílio Neto, sozinho, fez o mesmo número de gol que os titulares.


Quem não mudou do ano passado para cá foi o Santos, que sofre de “Kleberdependência”. Um dos artilheiros do brasileiro passado continua reinando solitário no ataque do Peixe. Enquanto ele balançou as redes quatro vezes, Roni fez apenas um. A esperança é o jovem Robson, que entrou na partida contra o São Caetano e fez dois gols.


No poderoso São Paulo, Muricy ainda não definiu o companheiro de Washington, que tem feito o seu papel. Marcou quatro vezes. Dagoberto e Borges que briguem pela titularidade.


Em Minas, a dupla de ataque atleticana marcou os cinco gols oficiais do Atlético até aqui. Diego Tardelli fez quatro e Eder Luis, um. O artilheiro do Cruzeiro no ano é o volante Ramires, com três gols. Thiago Ribeiro ainda não marcou, enquanto Soares (reserva) e Wellington Paulista fizeram duas vezes cada.


No Rio Grande, o artilheiro do Inter é Taisson, com cinco gols. O titular Nilmar marcou três vezes, D’Alessandro e Alex fizeram um gol cada. Dos atacantes do Grêmio, o melhor número é de Jonas, que marcou três vezes, mesmo número dos meias Tcheco e Souza.
Vitor Simões, do Botafogo, é o artilheiro dos cariocas, com cinco gols. Seu companheiro de ataque, Reinaldo, balançou as redes apenas uma vez.



No Flamengo, Marcelinho Paraíba, mesmo chateado com o atraso de pagamentos, marcou duas vezes, mesmo número do recém chegado meia Zé Roberto. Obina, “o melhor que Eto’o” ainda não sabe o que é comemorar uma bola na rede em 2009. Pela mesma entressafra passa Leandro Amaral, no Fluminense. O artilheiro tricolor é Roger, com dois gols. O Vasco tem Pimpão, Faioli e Carlos Alberto com duas bolas na rede cada, mas o artilheiro é o volante Nilton, com três gols.


Abaixo os números de cada atacante (somente atacantes)*:


Keirrison (Palmeiras) – 7 gols
Lenny (Palmeiras), Taisson (Inter), Victor Simões (Botafogo) – 5 gols
3º Kleber Pereira (Santos), Diego Tardelli (Atlético), Washington (São Paulo) – 4 gols
Nilmar (Inter), Jonas (Grêmio) – 3 gols
Roger (Fluminense), Wellington Paulista e Soares (Cruzeiro), Otacílio Neto (Corinthians), Carlos Alberto, Rodrigo Pimpão e Faioli (Vasco), Marcelinho Paraíba (Flamengo), Robson (Santos) – 2 gols
Eder Luiz (Atlético), Reinaldo (Botafogo), Roni (Santos), Jorge Henrique, Souza (Corinthians) – 1 gol cada


· Não estão computados jogos ou torneios amistosos
· Números baseados no site
www.terra.com.br

Uma sombra de bigodes

A notícia da demissão de Felipão agitou o clássico Brasil e Itália.

Bem feito pra CBF, quem mandou jogar em Londres?

Próximo do staff da seleção, Felipão virou notícia mesmo sem ter qualquer interesse na partida de logo mais.

Há quem espere uma aparição bombástica do Big Phil no hotel do time hoje dirigido por Dunga.

Ou, quem sabe, no vestiário? De preferência no intervalo, com a seleção levando um baile da squadra azzurra.

Há, também, quem já faça projeções para os próximos meses da seleção.

Jogos duríssimos pelas eliminatórias, copa das confederações e, logo depois, a Argentina em Buenos Aires.

Chutam afirmando que Dunga não resiste a resultados ruins com a sombra de Felipão no seu encalço.

Mas Felipão vai querer a Seleção?

Dunga estará mesmo ameaçado?

Depois de não cair quando a seleção perdeu para a Venezuela e passou três partidas seguidas sem marcar gols em solos brasileiros, acho que teremos que engoli-lo na Copa da África.

Por outro lado, no futebol não há verdade que dure 24 horas.

Meses agitados para os dois gaúchos.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

E amanhã tem o time do Dunga

Nove títulos mundiais em campo.

Seleções empatadas em número de vitórias.

Uma das duas – ou ambas – sempre na final de Copas do Mundo desde 1994.

Mas o amistoso Brasil e Itália não empolga.

Por mais que a TV faça campanhas chamando a atenção para o clássico de amanhã, em Londres.

Ainda mais sem a presença de Kaká, o melhor brasileiro da atualidade.

Talvez seja o Dunga.

Ou o fato do brasileiro estar cada vez mais distante da sua seleção.

Seja pelos jogos sempre fora do país.

Seja pela convocação apenas dos jogadores que atuam na Europa.

Pois não dá para entender Josué e Gilberto Silva convocados, enquanto Hernanes e Ramires ficam de fora.

A seleção brasileira parece um combinado de Milão: Julio Cesar, Maicon e Adriano, da Inter;
Thiago Silva, Pato e Ronaldinho, do Milan. Sem contar o cortado Kaká...

Ainda tem três do Roma, dois do Manchester City. Tem até Wolsfburg, Panathinaikos e Fiorentina.

Era o tempo que somente jogava na seleção aquele que estivesse em boa fase.

Dos que lá estão eu escalaria: Julio Cesar, Maicon, Juan, Lucio e Daniel Alves; Gilbero Silva, Elano, Julio Batista e Ronaldinho; Robinho e Pato.

Tomara, tomara muito mesmo que pelo menos seja um grande jogo.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Sem surpresas

Sem surpresas a 3ª rodada do Campeonato Mineiro.

Na sexta-feira o Democrata atropelou o Ituiutaba (4 a 1), em Gov. Valadares, e manteve os 100% de aproveitamento.

Atlético e Tupi, que ainda não haviam vencido, conquistaram, sábado, a primeira vitória.

O Tupi afundou ainda mais o Guarani (1 a 0), que foi derrotado pela terceira vez, a segunda em casa.

O Atlético encontrou dificuldades no primeiro tempo, em Ipatinga, contra o Social, mas sem maiores problemas despachou o Saci, com dois gols de Diego Tardelli e um de Eder Luis.

O Social vai se complicando na competição, assim como o Bugre, de Divinópolis, o Uberlândia e o Villa Nova.

O Verdão do Triângulo perdeu o clássico, contra o Uberaba (1 a 0), e continua sem pontuar. O Zebu alcançou a segunda vitória.

O Villa Nova foi derrotado mais uma vez em casa, dessa vez para o Cruzeiro (3 a 2). O time celeste dominou a partida, cochilou nos lances dos gols do Leão, mas em nenhum momento viu o placar ameaçado. A impressão deixada pela partida era que, a cada gol do Villa, o Cruzeiro marcaria outro.

Foram marcados 16 gols, em seis partidas. Média de 2,66 por jogo. Três visitantes venceram – Atlético, Tupi e Cruzeiro e os três últimos colocados continuam sem pontuar – Guarani, Uberlândia e Villa Nova. Dos três, apenas o Uberlândia joga em casa na próxima rodada, recebe o Social. O Villa vai ao pontal do Triângulo enfrentar o Ituiutaba, enquanto o Guarani joga no Mineirão contra o Cruzeiro.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Metade das equipes ainda não venceu no Mineiro

Os campeonatos regionais ainda estão no início.

Alguns com quatro, outros com cinco e, no máximo, oito rodadas disputadas. Há inclusive equipe que disputou apenas uma partida.

Várias fórmulas de disputa diferentes.

Nos nove principais regionais - BA, SC, RS, GO, RJ, MG, PR, SP e PE – considero aqueles que possuem equipes na Série A, em seis deles há equipes que ainda não sentiram o doce gostinho dos três pontos.

No campeonato gaúcho, disputado por 16 clubes, divididos em dois grupos, o Avenida e o Brasil, de Pelotas, ambos do grupo A, não sabem o que é vencer. A maioria das equipes, inclusive o Avenida, disputou cinco partidas. O Brasil estreou na competição na última terça-feira, empatando em 3 a 3, com o São José, após o acidente que a delegação sofreu durante a pré-temporada.

Em Goiás o campeonato conta com 12 equipes, também divididas em dois grupos. O lanterna do grupo A é o Anápolis, com dois pontos; o do grupo B é o Jataiense, também com apenas dois empates.

A Taça Guanabara é mais um certame dividido em grupos. E os dois piores da competição estão no grupo B. Friburguense, 2 pontos e Bangu, apenas um empate.

No Campeonato Parananense, 15 clubes jogam entre si na primeira fase. Paranavaí (3 empates em quatro jogos) e o Cascavel (um empate), ainda não triunfaram.

O Paulista tem a mesma fórmula do paranaense, mas com 20 clubes. O Marília, com dois pontos, e o Noroeste, com um ponto apenas, ainda não venceram.

O caso mais impressionante é o do Campeonato Mineiro. Disputado por doze clubes, todos contra todos, em turno único, a metade das equipes ainda não triunfou nas duas primeiras rodadas. Dois deles, se não venceram, estão invictos. Tupi e Atlético tem dois empates cada. O Social empatou na estreia e foi derrotado na rodada passada. Guarani, Uberlândia e Villa Nova perderam as três partidas que disputaram.

As três são as piores equipes destes estaduais analisados pois ainda não conquistaram nem mesmo um empate.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Vale a pena conferir

Está no belo blog Rola a Bola, do futuro jornalista Cesar Vouguinha:

Nota do blog: Sempre coloco o link no final do meu post, mas este merece um destaque aqui em cima:

O link: http://blogrolaabola.blogspot.com/2009/02/o-blog-rola-bola-traz-classificacao-dos.html?showComment=1233858240000#c6800577768629231766


O Blog Rola a Bola! traz a classificação dos vinte clubes da Primeira Divisão Brasileira, através do aproveitamento em seus respectivos estaduais.Todos os clubes da Série A já estrearam em seus estaduais. Devido o número de jogos realizados não serem uniformes em todo o Brasil, esta classificação que fiz está consiste no aproveitamento dos times nas primeiras rodadas dos campeonatos estaduais.
Não existe critério de desempate.

1° Sport: 100% (7 Jogos – 7 Vitórias)
Vitória: 100% (5 Jogos – 5 Vitórias)
Palmeiras: 100% (4 Jogos – 4 Vitórias)
Flamengo: 100% (3 Jogos – 3 Vitórias)
Botafogo: 100% (3 Jogos – 3 Vitórias)
Cruzeiro: 100% (2 Jogos - 2 Vitórias)
7° Inter: 83% (4 Jogos – 3 Vitórias e 1 Empate)
Corinthians: 83% (4 Jogos – 3 Vitórias e 1 Empate)
9° Grêmio: 77% (3 Jogos – 2 Vitórias e 1 Empate)
Goiás: 77% (3 Jogos – 2 Vitórias e 1 Empate)
Atlético Paranaense: 77% (3 Jogos – 2 Vitórias e 1 Empate)
12° Barueri: 66% (4 Jogos – 2 Vitórias e 2 Empates)
13° Náutico: 61% (7 Jogos – 3 Vitórias e 4 Empates)
14º São Paulo: 58% (4 Jogos – 2 Vitórias, 1 Empate e 1 Derrota)
Santos: 58% (4 Jogos – 2 Vitórias, 1 Empate e 1 Derrota)
16° Coritiba: 55% (3 Jogos – 1 Vitória e 2 Empates)
17° Avaí: 53% (5 Jogos – 2 Vitórias, 2 Empates e 1 Derrota)
18° Santo André: 50% (4 Jogos – 2 Vitórias e 2 Derrotas)
19° Fluminense: 44% - (3 Jogos – 1 Vitória, 1 Empate, 1 Derrota)
20° Atlético Mineiro: 33% - (2 Jogos – 2 Empates)

Observando estes números, destaco:
* Dos clubes que irão disputar a Libertadores, três estão com 100% de aproveitamento, (Cruzeiro, Palmeiras e Sport), o Grêmio ainda não perdeu e o São Paulo apresenta apenas uma derrota.
* Apenas o Santo André apresenta DUAS derrotas.
* O Atlético Mineiro é o único clube que ainda não venceu. Mas também não foi derrotado.
* Os pernambucanos, (Sport e Náutico) já tiveram o maior número de jogos entre os clubes, SETE partidas. Enquanto o Sport venceu TODAS, o Náutico não perdeu, mas empatou QUATRO delas.
* Dos quatro recém promovidos, Corinthians e Barueri ainda não perderam.

Mas muita coisa ainda vai rolar. Nós torcedores, só temos que esperar e conferir!

Maduros, clubes apostam na continuidade dos técnicos

Há alguns anos bastava um clube passar por um momento de turbulência que o desfecho era certo: demissão do treinador.

A impaciência da torcida, aliada com críticas da imprensa, algumas vezes sem fundamento, pressionavam os dirigentes a optar pela solução mais fácil, mas nem sempre a mais correta, a queda do comandante.

Felizmente, essa mentalidade mudou. Clubes estruturados, agora, apostam na continuidade do trabalho do seu treinador e os resultados aparecem.

Foto: estadão.com
Dos cinco clubes brasileiros que disputarão a Copa Libertadores este ano, todos estão com o treinador há um ano ou mais. Muricy Ramalho foi o treinador nos três títulos brasileiros seguidos do São Paulo, Celso Roth assumiu o Grêmio no início de 2008, após a queda de Wagner Mancini. O Cruzeiro apostou em Adilson Batista no inicio do ano passado, mesmo período que Wanderley Luxemburgo assumiu o Palmeiras e Nelsinho Batista o Sport Recife.

À lista dos cinco representantes brasileiros na competição continental se junta Mano Menezes, que rejeitou proposta do Cruzeiro para assumir o Corinthians no ano que o clube disputou a Série B.

A continuidade do comando levou os clubes a alcançarem objetivos na última temporada, mesmo com alguns deles sofrendo pressão para deixar o cargo. Após a eliminação na Libertadores, Muricy balançou no tricolor paulista, assim como Celso Roth no Grêmio, devido aos fracassos na Copa do Brasil e no Campeonato Gaúcho. Adilson Batista também não teve vida fácil no Cruzeiro. Vaiado pela torcida e criticado pela grande imprensa de Minas Gerais, o treinador teve um voto de confiança dos Perrelas que acreditaram no trabalho dele, mesmo sendo desclassificado na Libertadores nas oitavas de final. Luxemburgo também nunca foi unanimidade no Palmeiras, principalmente por parte da torcida, que o acusava de mercenário.
Na contramão dos bons exemplos dos clubes citados está o Vasco, rebaixado no Brasileiro passado. O time da cruz de malta começou a temporada 2008 com a possibilidade de Romário ser o técnico. O não do baixinho abriu a vaga para Alfredo Sampaio, que em março foi demitido. A velha solução, Antônio Lopes, ficou até Roberto Dinamite assumir a presidência e caiu após alguns insucessos dando lugar à Tita, que foi substituído por Renato Gaucho, o treinador da queda.
Quatro treinadores em uma só temporada, não há planejamento que aguente. Que os outros grandes clubes brasileiros sigam os bons exemplos.

Frase

"(...) minha crença no jornalismo faliu."
Mino Carta, jornalista, 60 anos de profissão, no post A despedida, no qual relata que não mais escreverá no blog ou na revista Carta Capital.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Noite de futebol

Clubes importantes do país entram em campo nesta noite de quarta-feira.

E o brasileiro vai, aos poucos, voltando a rotina de jogos.
Mesmo com o ingrato horário das 22 horas.

Quando iniciar a fase de grupo da Copa Libertadores e a disputa da Copa do Brasil, a coisa engrena pra valer.

O tricampeão brasileiro, do competente e mal-humorado, Muricy entra em campo, contra o Bragantino. Jogo que já decidiu Campeonato Brasileiro, em 1991. O atual técnico são-paulino ainda estava aprendendo com o mestre Telê. No banco do time de Bragança estava Parreira.

No mesmo horário, o Corinthians joga com o Paulista, de Jundiaí. E todos ainda perguntam quando será a estreia de Ronaldo.

No Rio, Zé Roberto faz a primeira partida com a camisa do Flamengo. A nº10, que um dia foi vestida por um tal de Arthur.

O Vasco tenta a terceira vitória seguida, contra o Resende.

No campeonato mineiro o América joga recebe o Rio Branco, no Independência. Contra o mesmo adversário que decretou a sua queda, em 2007, o Coelho tenta se manter sem levar gols.

Pela fase preliminar da Libertadores, o Palmeiras sobre o morro para enfrentar o Real Potosi, às 23h, com uma vantagem do tamanho da altitude boliviana.

E ainda tem o Sul-Americano sub-20, também às 23h, com o jogo entre Brasil e Venezuela.

A vida vai voltando ao normal para quem gosta de bola rolando.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Bela iniciativa

Está no Portal Uai:

Três cidades históricas se juntaram para fazer, cada uma, um carnaval grandioso no formato dos velhos tempos. Nas ruas de São João del-Rei (Campos das Vertentes), Mariana e Ouro Preto (Região Central) não vão faltar Mamãe eu quero, Cabeleira do Zezé e Chiquita Bacana. A ordem comum é organizar uma festa com ritmos tradicionais com espaço para marchinhas, desfiles de blocos e escolas de samba. Axé, funk, rock e sertanejo estão proibidos na área pública delimitada para as atrações contratadas pelas prefeituras. Não serão tolerados também qualquer tipo de música alta em carros. Em São João, o prefeito publicou decreto com a proibição e combinou a vigilância com 60 militares que vão cuidar da segurança da folia.

As três cidades se juntaram pela primeira vez para fazer o projeto Carnaval das Cidades Históricas, que será lançado hoje em Belo Horizonte. Além de uma campanha de divulgação comum, eles planejaram em conjunto a programação, a estrutura e a segurança. O objetivo é mudar a cara da farra nesses locais e atrair turistas para o que o secretário de Cultura e Turismo de São João del-Rei, Ralph Justino, chamou de carnaval de antigamente. “A meninada que quer outro tipo de festa vai para um espaço público maior. Não somos contra nada, mas não é nosso perfil.”

Outros estilos musicais terão espaço em áreas fechadas e pagas para garantir opção para todos. Em São João, o estacionamento da Universidade Federal (UFSJ) receberá o Carnaval Universitário. Justino e os outros secretários acreditam que a folia nas cidades históricas mineiras pode ficar tão famosa quanto as mais tradicionais do país – Rio de Janeiro, Salvador e Recife.

O grupo pensa em convidar ao menos mais dois municípios – Sabará e Diamantina – e fazer uma festa ainda maior com possibilidade de financiamento do governo federal e de empresas, a partir de 2010. O grupo congrega cidades com conjuntos históricos significativos, desde que tenham mais de 40 mil habitantes com estrutura básica para atender visitantes. “Queremos trazer para essas cidades pessoas que respeitem o patrimônio e a segurança.”

Programa

Em São João del-Rei, a Avenida Presidente Tancredo Neves vai receber desfiles de escolas e blocos a partir das 20h nos dias do carnaval. Às 15h, diariamente, a turma das marchinhas estará no Centro. Em Mariana, a prefeitura garante que a cidade está preparada para receber mais de 30 mil pessoas. Em busca do título de Patrimônio Cultural da Humanidade, da Unesco, a cidade vai embalar foliões com motivações contra a violência. Entre as atrações mais populares estão os “catitães”, bonecos gigantes e artesanais que saem às ruas de Mariana desde 1852.

A vizinha Ouro Preto dividiu a programação em cinco espaços no Centro Histórico. Haverá apresentação de grupos tradicionais, será hip hop e também axé e funk, no Estacionamento da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop).

O link: http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_2/2009/02/03/em_noticia_interna,id_sessao=2&id_noticia=97766/em_noticia_interna.shtml

Nota do blog: quem dera se Santa Bárbara tomasse inicitaivas como essa.

Observações sobre o Guarani, de Divinópolis

O Guarani, de Divinópolis, disputa desde 2003 o Campeonato Mineiro do Módulo I de forma ininterrupta. O clube da estrela do oeste alcançou o acesso em 2002, quando conquistou o Módulo II e, desde então, não caiu mais.

É o quarto time que está a mais tempo na elite mineira, atrás apenas de Atlético, Cruzeiro e Villa Nova. Em um campeonato no qual os clubes do interior se equivalem, um feito digno de se comemorar. Desde que o Guarani subiu para o Módulo I, vários times passaram pela elite e caíram novamente. Ipatinga, os dois Democratas, Uberlândia, Tupi são alguns exemplos.

Nestes seis anos na elite, a melhor colocação do Guarani foi o quinto lugar, no ano passado. O time teve também o artilheiro da competição, Jajá, com sete gols, que é jogador do Cruzeiro e ainda hoje é ídolo na cidade. O clube esteve ameaçado pelo rebaixamento algumas vezes. Em 2003, 2006 e 2007, foi 10º colocado. Alcançou a sexta colocação em 2004 e no ano seguinte foi o oitavo.

Este ano, o time não vem bem. Foi derrotado na estréia, em Gov. Valadares e perdeu também em casa, para o Uberaba, no último domingo. Como sempre acontece, sobrou para o técnico. Brandãozinho foi demitido após a segunda derrota. No início do ano o clube passou por sérias dificuldades em virtude das chuvas que caíram sobre Divinópolis. O volume de água do rio que passa ao lado do Estádio Waldemar Teixeira de Faria subiu e inundou as dependências do Farião deixando um grande prejuízo para o clube.

Lance de Guarani 0x1 Uberaba, no Farião

A torcida do Bugre é uma das mais fieis do interior do estado. Fácil observar faixas das torcidas em qualquer estádio que o time jogue. No último domingo fez festa, cantou, tentou incentivar o time, mas não foi o suficiente para furar o bloqueio do Uberaba. Boa parte da torcida reclamou muito de alguns jogadores, principalmente do lateral esquerdo Lima.



A torcida do Bugre tentou incentivar o time nas arquibancadas...


... e no famoso morro da Pitimba

A principal estrela do Bugre é o veteraníssimo Hgamenon, que disputa seu 14º campeonato mineiro. O jogador de meio-campo já defendeu diversos clubes, mas fez mais sucesso com a camisa do Guarani. Contra o Uberaba, o ídolo entrou no intervalo e teve atuação discreta. No próximo sábado, mais uma chance de reabilitação, em casa. O time recebe o Tupi, de Juiz de Fora, em busca do primeiro triunfo.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Três 100%, outros três sem pontuar

Três times 100%, outros três que ainda não pontuaram. Ainda é cedo para fazer previsões mas, com apenas duas rodadas, o campeonato já vai tomando uma forma.

A única certeza é que uma hora ou outra o Atlético vai engrenar e começar a figurar entre os primeiros colocados. Muito mais pela fragilidade dos adversários do que propriamente pela grande qualidade do elenco atleticano. O empate em Juiz de Fora foi um castigo à soberba alvinegra que, após fazer 2 a 0, resolveu enfeitar a partida. Foi muito bem castigado pela firula.

Cruzeiro, Democrata e Ituiutaba foram os únicos que venceram duas vezes. Os celestes devem aproveitar enquanto a Copa Libertadores não começa para armazenar gordura e poupar o time a partir da metade de fevereiro. Como era previsto o time passeou em campo ontem, contra o Social (5 a 0).

O Democrata mostra mais um bom trabalho do treinador Moacir Junior. Na estréia, mesmo debaixo de chuva, era perceptível que o time tem padrão de jogo, toca bem a bola e vai dar trabalho no estadual. Ontem, fora de casa, contra o Villa, uma bela vitória (3 a 1) que coloca a Pantera como candidata a uma das oito vagas na segunda fase. Não pelo resultado, mas pelo futebol apresentado.

Quem também fez bonito foi o BÔA. Como todos os anos, O ituiutaba será um time difícil de ser batido na Fazendinha. Mesmo com um homem a menos desde os 13min, quando já vencia por 1 a 0, o time não se abateu e abriu três a zero sobre o Rio Branco. No fim, o Azulão diminuiu para 3 a 2, mas nada que assustasse a torcida boveta.

Do outro lado da tabela, equipes que devem começar a colocar as barbas de molho.

O Villa Nova, com uma equipe muito jovem, peca pela inexperiência. Mais uma derrota, pelo mesmo placar, e a situação do Leão se complicando. O próximo adversário será o Cruzeiro, numa parada dura no Alçapão do Bonfim, e três dias depois o Ituiutaba, no Pontal do Triângulo.

O Guarani foi surpreendido em casa, pelo Uberaba (1 a 0) e mostrou um time limitado. Se na estréia já havia mostrado muitas deficiências, ontem, no Farião, o time não conseguiu furar o bloqueio do Zebu, que se recuperou na competição. Minhas observações sobre o Farião e o jogo serão temas de um post ainda hoje.

O Uberlândia é a outra equipe que perdeu duas vezes. Mas, para o time do Triângulo ainda há a desculpa que enfrentou duas equipes da capital nas primeiras rodadas. De qualquer forma, o Verdão precisará da vitória no clássico contra o Uberaba.

A média de gols da 2ª rodada foi muito boa, 20 gols em seis partidas, 3,33 por jogo.