sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Galo fora, Cruzeiro em casa e briga pelo 100% em Ituiutaba

Amanhã, em Juiz de Fora, o Tupi recebe o Atlético. Jogo perigoso para o modificado Galo que empatou com o América na estréia. Vencer na Manchester mineira nunca foi tarefa fácil. O Tupi, que assim como o Atlético não saiu do 0 a 0 no primeiro jogo, terá o apoio da torcida mas, infelizmente, em número bem menor do que poderia assistir a partida. Apenas 12 mil lugares foram liberados no Mário Helênio.

No domingo, o Cruzeiro deve passar pelo Social. Jogando em casa, com o apoio do torcedor, não creio em dificuldades para os celestes alcançarem a segunda vitória.

No interior, três jogos:

Na Fazendinha, jogo de vencedores. O Ituiutaba recebe o Rio Branco e quem triunfar pode dormir na liderança ou, na pior das hipóteses, entre os três primeiros do campeonato.

Em Divinópolis, o Guarani recebe o Uberaba. Ambos foram derrotados na estréia e quem perder dará as mãos ao Uberlândia, que perdeu na abertura da rodada, para o América, por 1 a 0.

Outro que não pode perder é o Villa Nova, que recebe o Democrata. O time de Nova Lima estreou mal, contra o Rio Branco, em Andradas, e busca a recuperação no Alçapão do Bonfim. Para a Pantera, um empate não pode ser considerado mau negócio.

Palpites: Atlético, Cruzeiro,Ituiutaba, empate, empate.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Giro pelo interior mineiro V

O atacante Edmilson, ex-Cruzeiro, contratado pelo Rio Branco, está regularizado na FMF e poderá reforçar o Azulão no compromisso do próximo domingo, contra o Ituiutaba, no Triângulo Mineiro.
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Embalado pela boa estréia do Campeonato Mineiro, o Democrata encara no próximo domingo o Villa Nova, em Nova Lima. A Pantera apresentou o zagueiro Fernando, campeão da Taça Minas Gerais, no ano passado, quando defendia o Tupi.
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Derrotado na estréia do estadual, o Villa Nova aposta nos números para arrancada, em casa, contra o Democrata. Leão e Pantera se enfrentaram 53 vezes, com 19 vitórias do Villa, 20 empates e 14 triunfos do Democrata. Na última vez que se enfrentaram em Nova Lima, pela Série C de 2007, o Leão do Bonfim conseguiu a maior goleada do confronto, 7 a 1.
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O empate em casa, contra o Tupi, foi considerado um resultado ruim pelo Social, principalmente por causa dos próximos confrontos do time de Cel. Fabriciano. Os próximos dois adversários do Saci serão o Cruzeiro, domingo, no Mineirão, e o Atlético, no dia 07 de fevereiro, partida que será realizada no Ipatingão e não no estádio Louis Ensch.
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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Gov. Valadares salva média de gols da rodada

Antes da partida de ontem, entre Democrata e Guarani, em Gov. Valadares haviam sido marcados oito gols em cinco partidas, média de 1.6, por jogo, com direito a dois 0 a 0, no Mineirão e em Coronel Fabriciano.

Com a rede balançando cinco vezes, no Mammudão, a média deu um salto para 2.16. Mesmo assim é a menor média para uma abertura de Campeonato Mineiro, desde 2005, quando foram marcados 12 gols em seis jogos – média de 2 por jogo.

Se os artilheiros não estiveram inspirados na abertura como nos últimos três anos – destes a melhor média foi em 2007, 23 gols em seis partidas – aconteceram golaços. O primeiro de ontem, olímpico, marcado por Zé Maria, da Pantera, foi um deles. Domingo, em Andradas, outras duas pinturas. O primeiro do campeonato, marcado por Márcio Guerreiro, do Rio Branco, e o de Joabe, o de honra do Leão do Bonfim.

Nas seis partidas houve duas vitórias de visitantes – Cruzeiro e Ituiutaba – duas de mandantes – Rio Branco e Democrata e dois empates, ambos sem gols. Muito equilíbrio numa época em que os clubes ainda estão se acertando.

Hoje já começa a segunda rodada com o animado Coelho recebendo o Uberlândia, no Independência no pornográfico horário de 22 horas.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Bastidores de Galo e Coelho

O América, como há muito tempo não jogava no Mineirão, ficou perdido. Não dentro de campo, pois o time comandado por Flávio Lopes fez uma partida de igual para igual com o Atlético, mas na chegada ao estádio. O ônibus do clube se dirigiu para o hall principal, antigo “estacionamento” das delegações. O segurança americano teve que sair afobado e pedir auxílio à PM para que o ônibus do Coelho se dirigisse ao portão 13. Lógico, sob vaias e xingamentos da torcida atleticana.

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A torcida americana foi mais uma a mostrar bandeiras com os rostos de craques do passado estampados. Pedro Omar – meia campeão mineiro de 1971 e Satyro Taboada, o artilheiro do decacampeonato, foram os homenageados. Outro ex-jogador americano foi homenageado, mas na “calçada da fama” do Mineirão. Amaury Horta, também campeão mineiro em 1971, colocou os pés ao lado de craques como Reinaldo, Palhinha, Eder e Pelé.

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Na primeira “partida oficial” sob comando do novo presidente, Carlos Cruz, a AMCE esteve digna de aplausos. Os funcionários da entidade estavam devidamente uniformizados, o que facilita a identificação para aqueles que precisaam dos serviços da AMCE no estádio. De “lambuja”, mais uma edição d’ O Cronista, periódico da entidade.

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Fotógrafos e quem mais precisou da internet no estádio ficou a ver navios. Simplesmente, não funcionou. Aliás, inadmissível que um estádio como o Mineirão não disponibilize wirelles para os profissionais que lá trabalham. Não é somente em jogos do Brasil que há demanda para esse tipo de serviço. Em estádios no interior, como o Ipatingão e o Mário Helênio, em Juiz de Fora, há a internet sem fio disponível para todos.

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Quando chegou ao Mineirão, o prefeito Márcio Lacerda foi cercado. Tapinhas nas costas, abraços, apertos de mão. Um grande número de pessoasqueriam trocar uma palavrinha com o prefeito ou, ao menos, sair em uma foto ao lado dele. Se fosse a um ano atrás...

Nada de surpresas

Quatro partidas com resultados previsíveis na abertura do Campeonato Mineiro. Com grande público e jogo fraco, Atlético e América não saíram do zero, no Mineirão. Chances foram poucas para os dois times. Pior para o Galo, que deixou a torcida com o grito entalado, mais uma vez. Aliás, é a quarta partida oficial que o Atlético não balança as redes. Três pelo Brasileiro/08 – Sport, Santos e Grêmio – e a estréia de ontem. O América mostrou que precisa melhorar para fazer boa campanha no estadual.

Pelo interior, previsível a vitória cruzeirense sobre o Uberlândia. Jogou para o gasto e os 2 a 1 ficaram de bom tamanho. O Verdão do Triângulo tem uma tabela ingrata. Quarta-feira enfrenta o América, no Independência e no dia 08/02, joga contra o Uberaba, também fora de casa.

As vitória do Ituiutaba sobre o Uberaba, (1 a 0) e do Rio Branco sobre o Villa Nova, (3 a 1) são resultados normais para equipes que se equivalem. Quem assistiu a vitória do Bôa sobre o Zebu afirma que mais do que os três pontos agradou o futebol mostrado pelo time.

Hoje estréiam Social e Tupi, amanhã Democrata e e Guarani. Quem quiser fazer bom papel, não pode perder pontos em casa para equipes teoricamente do mesmo nível. Que o Saci e a Pantera fiquem espertos.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

São Paulo foi rebaixado

Está no site da Revista Época:

O São Paulo caiu, sim, para a segunda divisão no Campeonato Paulista de 1990.

A polêmica é antiga, atiçada pelo clubismo cego e pela falta de memória do brasileiro. Foi reavivada por uma matéria da Folha de S. Paulo (para assinantes) da quarta-feira, 21 de janeiro de 2009, que questionava uma frase do guia oficial do Campeonato Paulista, publicado esta semana pela Federação Paulista de Futebol (FPF). "O São Paulo cumpriu uma campanha ruim, não se classificou nem na repescagem e foi rebaixado para a segunda divisão."

"FPF rebaixa o clube e 'suja' título de 91", escreveu a Folha. Diante da indignação dos são-paulinos, a FPF recuou e divulgou nota oficial dizendo que o texto de seu próprio guia "não procede". Culpou pelas informações o historiador Rodolfo Kussarev, que por sua vez culpou o livro A História do Campeonato Paulista (Publifolha, 1997), escrito pelo autor destas linhas e por Valmir Storti, à época repórteres da própria Folha de S. Paulo.

Procurado pelo autor da matéria, o repórter da Folha e comentarista da ESPN Brasil Rodrigo Bueno, às 18h daquele mesmo dia 21, consultei meu colega Valmir, hoje repórter freelance, e enviamos à Folha a seguinte declaração em comum.

"O livro foi escrito com base nas informações publicadas nos jornais da época, entre eles a própria Folha, onde os dois autores trabalhavam como repórteres em 1997, ano do lançamento do livro. Para esclarecer de vez a polêmica do rebaixamento ou não do São Paulo, sugerimos que a Folha reproduza o que ela mesma publicou em sua edição de 20 de junho de 1990."

Infelizmente a Folha só publicou a primeira parte de nossa declaração. Não acatou nossa sugestão: reproduzir o que ela mesma publicou em sua edição de 20 de junho de 1990.
Se o tivesse feito, seria obrigada a reconhecer: o guia da Federação Paulista estava certo. O São Paulo caiu, sim. De forma insofismável.

Como a Folha não o fez, o fazemos a seguir. Não houve meio-termo nem subjetividade nessa queda, como será provado abaixo com o texto do próprio jornal, publicado naquela ocasião.
Por mais que desagrade os são-paulinos, a verdade é a que segue:

Em 1990, o Campeonato Paulista foi disputado por 24 times. Havia a percepção de que eram times demais. Convencionou-se, então, que apenas 14 times disputariam o campeonato de 1991 – os 14 primeiros do certame de 1990. De alguma forma, o São Paulo "conseguiu" ficar em 15º, depois de ser eliminado na primeira fase (que classificou 12 times) e novamente eliminado numa repescagem (que classificou outros dois, completando 14). Para não melindrar susceptibilidades, o regulamento de 1990 dizia que "não haveria descenso". Era só uma fórmula de cortesia: os times que não entrassem entre os 14 disputariam o que, na prática, equivaleria a uma segunda divisão.

Esse regulamento não foi cumprido. Diante do rebaixamento do São Paulo, houve uma virada de mesa. Os times rebaixados em 1990 (não só o São Paulo, mas outros importantes, como a Ponte Preta) ganharam o direito de lutar por duas vagas nas finais. Foi assim que o São Paulo conseguiu a façanha, inédita no futebol mundial, de ser rebaixado em um ano e campeão no ano seguinte!
O argumento dos são-paulinos, portanto – de que o acesso no mesmo ano "já estava previsto" – é falso e errôneo.

Para não prolongar a explicação, reproduzo o texto da Folha de S. Paulo de 21 de junho de 1990 – dia seguinte ao dia em que o São Paulo caiu.

"SÃO PAULO VAI DISPUTAR A SEGUNDA DIVISÃO EM 91
Fernando Santos
Da Reportagem Local
O São Paulo foi eliminado pelo Botafogo na repescagem do Campeonato Paulista deste ano e vai disputar a Segunda Divisão em 91. O São Paulo goleou ontem o Noroeste por 6 a 1 no Morumbi, mas ainda dependia da derrota do Botafogo para se classificar. O time de Ribeirão Preto empatou em 0 a 0 com a Internacional em Limeira.
No próximo ano, o São Paulo vai disputar a série B do Campeonato Paulista, sem direito a lutar pelo título. É uma nova fórmula aprovada pelo conselho arbitral de clubes em janeiro. Farão parte dessa série os 10 clubes eliminados do campeonato deste ano mais quatro que vão subir da Divisão Especial.
(...) Resta ao São Paulo a chance de subir para a série A em 92. Apenas o campeão da série B sobe (...) Esta fórmula foi aprovada por unanimidade por todos os 24 clubes que iniciaram o campeonato este ano, segundo o presidente em exercício da Federação Paulista de Futebol, Antoine Gebran.
'Vamos cumprir a lei. Lei é lei', disse o diretor-adjunto do São Paulo, Herman Koester (...) Segundo ele, o São Paulo vai mesmo disputar a Série B, uma Segunda Divisão que só não recebe essa denominação por uma questão de nomenclatura jurídica. (...) Já o diretor de futebol Fernando Casal de Rey, 47, ainda não se deu por vencido. Ele disse que vai acionar o departamento jurídico do clube para saber se a aprovação da fórmula do campeonato de 91 é legal. Casal de Rey disse, sem ter certeza, que não existe um documento assinado pelos clubes sobre o assunto. Assim, ele poderia recorrer à Justiça Desportiva para mudar a fórmula. Ou seja, apelar para o tapetão. 'Estamos vivendo um pesadelo', disse Casal de Rey."

O resto é história conhecida. Houve a virada de mesa e, embora o São Paulo tenha disputado o equivalente à segunda divisão em 91, classificou-se para as finais, eliminando o Palmeiras, que vinha do grupo mais forte.

A Folha também ouviu, naquela ocasião, são-paulinos ilustres, como José Victor Oliva, o vocalista do Ultraje a Rigor, Roger, e o ministro do Tribunal Superior do Trabalho Almir Pazzianotto. Todos reconheciam o rebaixamento, repudiavam a virada de mesa e reafirmavam que o São Paulo voltaria à primeira divisão na bola.
Estes são os fatos.

P.S.: Como o clubismo costuma influenciar a opinião até dos jornalistas que discutem polêmicas futebolísticas, cumpre informar o time de coração do autor deste texto. Ele é vascaíno. E promete que daqui a 20 anos não dirá que o clube dele não caiu.
Nota do blog: Polêmicas clubísticas a parte, belíssimo o texto do jornalista André Fontenelle. Quem entrar no link aí de cima poderá ver a reprodução das páginas da Folha de São Paulo do dia posterior à queda são-paulina.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Agora é pra valer

Após a participação de Atlético e Cruzeiro no Torneio de Verão, conquistado pelos celestes, após goleada, por 4 a 1, sobre o Nacional, mesmo placar que deu ao Galo a terceira posição, frente ao Peñarol, a temporada do futebol mineiro começa no próximo domingo. Doze clubes disputam o Campeonato Mineiro, com os oito primeiro se classificando para a fase seguinte e os dois piores sendo rebaixados para o Módulo II.

Além da novidade na fórmula, que ganhou uma fase a mais nos mata-matas, a atração é a volta do América, que no domingo já faz o clássico da rodada, contra o Atlético. O Coelho conta com antigos conhecidos da torcida – Evanilson, Wellington Paulo, Tucho, Euller – que prometem comandar o time rumo a uma temporada de vitorias.

O Triângulo Mineiro será representado por três clubes. O Ituiutaba, que desde 2005 disputa a elite mineira, Uberaba, que se salvou do descenso ano passado nas últimas rodadas e o Uberlândia, que tenta parar com a gangorra e se firmar na primeira divisão.

Democrata, de Gov. Valadares, e Social representam o leste mineiro, já que o Ipatinga amargará este ano a segunda divisão.

A região central do estado será representada pelo Guarani, de Divinópolis. O Bugre, se não faz campanhas de encher os olhos, sempre é uma ameaça aos grandes do estado quando joga no Farião. O Villa Nova, do presidente Luizinho, é outra equipe que conta com a força do seu estádio para fazer bom papel no campeonato.

O Tupi, de Juiz de Fora, busca em 2009 no mínimo repetir as duas últimas excelentes campanhas no Mineiro, quando chegou às semifinais. O Galo da Zona da Mata chega com moral após a conquista da Taça Minas Gerais, em 2008.

O Sul de Minas mais uma vez será representado pelo Rio Branco, de Andradas. O Azulão busca vôos mais altos em 2009.

Os grandes favoritos, Atlético e Cruzeiro, reforçaram bem os ataques. O Galo sonha em reviver com Eder Luis e Diego Tardelli grandes duplas que já vestiram a camisa alvinegra. O Cruzeiro manteve a base de 2008 e se reforçou com Weelington Paulista e Soares. No Torneio de Verão, os times funcionaram bem. O Galo marcou seis gols enquanto o Cruzeiro estufou as redes oito vezes.

Domingo as torcidas poderão matar a saudade das equipes pois a bola voltará a rolar nas alterosas.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Sobre o clássico

A vitória do Cruzeiro sobre o Atlético, no último sábado, foi justa. Mais entrosado, o time celeste aproveitou as falhas e do desencontrado Galo e marcou os gols justamente quando os comandados de Leão mais falharam.

É sabido que o 3-5-2 é um esquema que para ser utilizado precisa ser muito treinado e ter jogadores que saibam jogar assim. Creio que Leão apenas testou como opção e não irá utilizá-lo, tanto que volta ao 4-4-2 na partida de amanhã. E com esse esquema o Atlético teve até chances de, no mínimo, empatar o clássico.

Diego Tardelli e Soares podem fazer a festa das torcidas atleticana e cruzeirense este ano. Ambos tem faro de gol e, principalmente Tardelli, já caiu no gosto da Massa. Renan, ao contrário, não pode falhar. O clássico consagra e acaba com qualquer jogador, mesmo em um amistoso no meio da pré-temporada. Já Soares pode voltar a ser no Cruzeiro o jogador que se viu no Figueirense e passou longe de Fluminense e Grêmio.

Infeliz a idéia de alguém da diretoria atleticana de mandar os jogadores a campo com a camisa preta e dourada. Outra versão é que a fornecedora não entregou a tempo as camisas tradicionais sem patrocínio.

Perguntas Mineiras VI

Liberado pelo Lyon, qual será o destino de Fred, no Brasil? Cruzeiro, Fluminense ou Palmeiras?

***

Quem acredita que Keirrison ficará mais de um ano no Palmeiras?

***
Em qual mês do ano Carlos Alberto deixará de ser ídolo no Vasco?

***

A saída de Robinho do treino do City será mais um "beicinho" do jogador brasileiro?

Há 26 anos...



Morria Mané Garrincha, o anjo de pernas tortas.

"Num só transporte a multidão contrita
Em ato de morte se levanta e grita
Seu uníssono canto de esperança.
Garrincha, o anjo, escuta e atende: _

Gooooool!"

Vinícius de Moraes


Sugestão de leitura:

sábado, 17 de janeiro de 2009

Daqui algumas horas, clássico inédito




Atlético e Cruzeiro se enfrentarão, pela primeira vez, fora do Brasil. O Torneio Verano, ou Copa Bimbo, como é conhecida no Uruguai, veio em hora imprópria para os dois clubes. Com apenas dez dias de pré-temporada, certamente a qualidade técnica do clássico estará comprometida.

Certa vez ouvi alguém dizer que em se tratando de Atlético e Cruzeiro, se colocarem 11 camisas alvinegras de um lado, outras 11 azuis do outro, temos que ficar de olho que alguma coisa acontecerá.

Não existe clássico sem importância. Trata-se de um Atlético e Cruzeiro. E um clássico desses pode colocar em risco todo o restante do ano do perdedor, por mais que todos digam que não vale nada.

O Cruzeiro é o grande favorito. Manteve o mesmo bom grupo de jogadores de 2008 e tem, portanto, um time mais entrosado, mesmo com as ausências dos titulares Fabrício e Guilherme.

O atleticano vive a esperança da superação no clássico e de boas atuações de Junior, Tardelli, Eder Luis, Lopes. Mesmo estando todos fora de forma, alguns sem jogar há um bom tempo.

Alento para os atleticanos é que o alvinegro nunca foi derrotado pelos celestes fora de Minas Gerais. Foram cinco partidas, duas vitórias do Atlético, ambas em Ipatinga, por 4 a 1 e 2 a 1, e três empates, 2 a 2, no Distrito Federal e 1 a 1 e 0 a 0, também no Vale do Aço.

Já o Cruzeiro, além do entrosamento da equipe aposta em outro tabu. A última derrota para o rival foi em 29 de abril de 2007, quando foi goleado por 4 a 0, na 1ª partida da final do Mineiro daquele ano. De lá para cá foram oito encontros com sete vitórias celestes e apenas um empate. O Cruzeiro marcou 20 gols e o Galo apenas seis.

Amanhã, à partir das 16h20, mais uma página da história do maior clássico de Minas começará a ser escrita.

Uma importante página internacional.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Luto xavante

Em outubro do ano passado estive em Ituiutaba, para trabalhar na partida entre o time da casa e o Brasil, de Pelotas, pela terceira fase da Série C.

O time gaúcho, já classificado, foi ao Triângulo Mineiro com o time completamente reserva. Poupou os titulares dos 35ºC à sombra que, certamente, faziam naquela tarde de domingo.

Conversando com membros da comissão técnica xavante eu afirmava que eles não tinham sentido ainda o calor do Pontal do Triângulo, e que a temperatura estava agradável pois surpreendentemente havia nuvens sobre a Fazendinha.

Saindo de temperaturas de 10ºC, no Rio Grande, eles se assustaram e não queriam então imaginar o que era o calor de Ituiutaba.


Naquela oportunidade o clube me pareceu organizado e jogou com uma das mais belas camisas que já tinha visto em clubes do interior do Brasil.

Radialistas de Pelotas acompanharam o clube. Perguntei a um deles qual torcida era maior, a do Brasil ou a do Pelotas.

Parecia que tinha ofendido a mãe do cidadão.

O profissional da imprensa começou a declamar sobre as façanhas da torcida xavante pelos estádios gaúchos. Ele disse que, na cidade, os rubro-negros rivalizavam com as gigantes torcidas de Grêmio e Inter.

Torcida essa que chora a grande tragédia que se abateu sobre o futebol gaúcho e brasileiro às vésperas do início de mais uma temporada.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Está chegando



"Assistindo ao filme, pensei naquilo que é o aspecto que sempre fez a música se parecer com o futebol: certas escalações se tornam clássicas. É o caso dos Titãs."
Nando Reis (por incrível que pareça)

O maduro Kaká

Foto: ANTONIO CALANNI/ASSOCIATED PRESS - 21.12.2008
Kaká não é diferenciado somente dentro de campo.

Tem maturidade e inteligência fora dele como nenhum outro na atualidade.

A frase dele, hoje, dizendo que quer envelhecer no Milan coloca fim aos planos aventureiros do City, de Manchester, em tentar sua contratação. Tudo bem, é certo que no futebol não há verdade que dure 24 horas.

Mas Kaká chegou a um estágio que pode muito bem escolher onde jogar e não pensar somente nos milhões de euros que eventualmente receberá em uma transação.
Kaká parece pensar no futuro profissional – profissional mesmo, dentro das quatro linhas – e não quer embarcar em uma aventura na Inglaterra.

Rei em Milão, o brasileiro está certo em ficar no clube até quando a boa relação torcida/jogador/diretoria durar.

Dificilmente outro jogador (ou empresário de jogador) brasileiro pensaria assim.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Que beijinho doce...

Está no Observatório da Imprensa:

LIÇÕES DE A FAVORITA

Quero ser Zé Bob

Por Norma Couri em 13/1/2009

Última semana de A Favorita. Pelos picos de audiência, beirando os 50 pontos do Ibope, dá para imaginar quantos aspirantes a jornalistas estão assistindo à novela.
A profissão tem o seu glamour mas sempre dá uma pontada no peito quando Flora manda convidar para sua festa de casamento "celebridades, artistas, jornalistas" e, na recusa, insiste para que Silveirinha aumente o cachê. E eles aparecem.
Mas o que intriga nesse mercado de vacas magras é a quantidade de coleguinhas que os jornalistas ganharão depois que esculpiram na telinha a figura de Zé Bob, bonito, charmoso, livre para fazer o que quer e no tempo que bem entender, com pautas especiais, a namorada como principal fonte, apoio incondicional da editora Tuca num jornal que ninguém consegue fixar o nome. E sem problemas aparentes de caixa.
A última vez que se noticiou uma liberdade assim foi no caso Watergate, quando Carl Bernstein e Bob Woodward – apoiados por um mítico Ben Bradlee dissecaram a fonte mágica "Deep Throat" e, com base nos seus garranchos anotados no escuro em caderninho de mão, derrubaram o presidente dos Estados Unidos. É de babar.
Conjunção astral
As redações hoje são enxugadas, a maioria das matérias resolvidas por telefone ou e-mail, ninguém consegue maturar uma pauta por mais de dois dias. Três, é benevolência que o editor hiperatarefado, porque provavelmente cumpre outras funções, concede a um super-repórter que apresentará um furo estampado na capa. Há quanto tempo não nos refestelamos com um furo de capa. E onde foi que o Zé Bob deu um furo no jornal cujo nome sempre escapa?
Ficção e realidade há muito confundem a audiência graças aos reality shows. Há muita gente apontando uma Flora na sua vida e perdendo horas imaginando um final trágico para ela. As revistas de TV de O Globo e do Estado de S.Paulo são fartas em finais diferentes para Flora, no total 20, elaborados com detalhes pelo próprio autor da novela e pelos fãs, com requinte de crueldade. Provavelmente vingança pessoal.
E o Zé Bob? Não será demitido? Não vai dar um furo que justificará os meses de enrolação?
Tuca há muito foi demitida das redações. Ben Bradlee tem 87 anos, continua no The Washington Post e seu livro A Good Life dá água na boca [leia aqui sua entrevista ao El País, 11/1]. Mas estão para nascer outros Bernstein e Woodward na conjunção astral iluminada com um editor Ben Bradlee e um caso desvendado até a medula com desfecho tão feliz (não para Nixon) como o Watergate.
Muitas saudades
O repórter especial, aquele que bola suas próprias pautas, tem a confiança do editor para desaparecer e ressurgir porque vai suprir o jornal com matéria trepidante, este foi tercerizado. Tem de pagar aluguel, telefone, condução e bancar o próprio tempo para produzir a matéria. De preferência várias matérias ao mesmo tempo para garantir o mês.
No ano passado, o diretor del Fundación Nuevo Periodismo Latinoamericano, criada por Gabriel García Márquez em Cartagena de Índias (Colômbia), que premia reportagens investigativas e fotógrafos de toda América Latina, confessou que a maioria delas havia sido bancada pelos próprios jornalistas, apurada nas horas vagas e presenteada ao jornal ou revista para depois virar livro. Uma persistência pessoal aplicada nos fins de semana, férias, noites, tal qual Bernstein, Woodward e Zé Bob fizeram, bancados pelo jornal Washington Post e o de Zé Bob, cujo nome sempre falha.
Zé Bob, muito mais do que Flora, Donatela e Lara, vai deixar saudades, muitas saudades. Mas não será pelo material jornalístico que ele produziu. As redações vão receber quilos de formandos com uma vocação férrea e um desejo: "Quero ser Zé Bob".

O link: http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=520IMQ008

Nota do blog:
Queria ver o Zé Bob trabalhando naquele jornal... onde o "editor" é.... onde não se pode, ou só se pode falar de...
Ah, deixa pra lá.

Giro pelo interior mineiro IV

O Ituiutaba, após empatar em 0 a 0, com a Jataiense/GO, no último final de semana, volta a campo amanhã para mais um amistoso preparatório visando a temporada 2009. Amanhã, o clube do Triângulo jogará contra o Itumbiara, também em Goiás. Tulio Maravilha deverá estar em campo pelo time goiano. No domingo será a vez do BOA enfrentar o CRAC, em Catalão. O atacante Alex Dias é um dos destaques do time goiano.
***
O Democrata/GV volta a campo no próximo sábado para novo amistoso contra o Vitória/ES. A partida será realizada no Mammoudão, em Gov. Valadares, às 16 horas e terá entrada franca. No último final de semana as equipes se enfrentaram na capital capixaba e o Vitória venceu, por 2 a 0.
***
Com informações de:
Rádio Cancella, de Ituiutaba
www.democratagv.com.br

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Quem é que joga fumaça pro alto?

Está no blog da redação, do UOL:

Charutos de Maradona disparam alarme de incêndio no hotel do Chelsea

Diego Armando Maradona teria provocado uma confusão que pode ter influenciado na derrota do Chelsea por 3 a 0 para o Manchester United, segundo o tablóide inglês The Sun. O técnico da seleção argentina ficou no mesmo hotel dos jogadores do time de Felipão, que tiveram que sair de seus quartos às sete horas da manhã de domingo devido a um alerta de incêndio.

Mas, de acordo com o que os bombeiros de Manchester informaram à imprensa, o alarme era falso, e foi provocado pelos charutos cubanos de Maradona e sua turma, que acordaram já fazendo fumaça no 14º andar.

Cerca de 200 hóspedes tiveram que evacuar o hotel, entre eles os jogadores do Chelsea. Alguns saíram só de roupão, assustados - o meia alemão Michael Ballack teria sido um deles. Todos foram para a rua, onde a temperatura estava próxima de zero.

Horas depois, os mesmos jogadores do Chelsea seriam derrotados pelo Manchester enquanto Maradona cumpria sua missão de observar o atacante Carlos Tevez, que esquentou o banco para Cristiano Ronaldo e Wayne Rooney, os principais nomes do jogo.

O link: http://uolesporte.blog.uol.com.br/arch2009-01-11_2009-01-17.html

Nota do blog: Charuto de Maradona pode ter influenciado no chocolate que o Chelsea levou? Tá bom... é como acreditar que o Rubinho só perdia porque a Ferrari ajudava o Schumacher, que o Brasil vendeu a final da Copa de 1998. etc...

Rapidinhas do final de semana

O torcedor atleticano terminou a semana com esperanças renovadas. As contratações de Junior, Tardelli, Lopes e Renan deram alento a uma torcida preocupada com a falta de reforços. O que a torcida não pode é achar que o time é o melhor do país por causa das caras novas. Ainda falta muito para que o Atlético se torne um time capaz de brigar por títulos importantes em 2009.
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Kalil mostrou que realmente não brinca em serviço. Bastou o Galinho dar vexame na Copa São Paulo que o presidente atleticano demitiu o técnico, Leonardo Condé. As mudanças na base precisam ser feitas, com urgência.
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Esse garoto Bernardo pode ter um futuro promissor no Cruzeiro, assim como Guilherme que em 2007 brilhou na Copa São Paulo e fez bonito no Brasileiro daquele ano.
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Milan e Roma fizeram um belo jogo (2 a 2), ontem, pelo italiano. Alexandre Pato mostrou que não é promessa e, sim, realidade. Agora é torcer para que apareça bem em jogos importantes com a camisa da seleção brasileira.
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Em breve começarei a escrever no blog : http://nossogalo.blogspot.com
Caso algum órgão de imprensa do interior passe por aqui, acesse também www.esportepress.com.br

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Situações opostas em Minas

Situações opostas em Minas, mais uma vez. Mas, dessa vez, não se trata de futebol. Não é briga de bastidores por algum jogador ou troca de farpas de dirigentes. Não estou falando de reclamação de arbitragem no clássico ou de quem tem a maior ou mais fanática torcida.

O assunto que pipocou nos clubes nessa segunda semana de janeiro, fora as contratações do futebol, diz respeito aos esportes especializados.

No Galo, o presidente Alexandre Kalil anuncia o fechamento do Departamento de Futsal. Esporte que deu títulos nacionais e mundial para o Galo, sem contar os recordes de públicos nos ginásios. Segundo o clube, o custo era de cerca de R$540 mil por ano. Muito para um clube com pires na mão e que precisa cortar gastos.

Já o Cruzeiro estuda a parceria com a Sada para a criação do time de vôlei “Sada Cruzeiro”. A equipe, que disputa a Superliga Masculina, saiu de Betim por desentendimentos com a administração da prefeita petista. Caso a parceira seja concretizada, o time realizará as partidas da Liga Nacional no ginásio do Barro Preto. E pensar que um dos maiores parceiros do time, quando este estava em Betim, era Carlaile Pedrosa, ex-prefeito e atleticano.

Giro pelo interior mineiro III

O Uberaba também se prepara para a disputa do Campeonato Mineiro do Módulo I. O time do Triângulo realizará no próximo domingo, às 10h30, no Uberabão, um amistoso contra o Sertãozinho, de São Paulo. Na quarta-feira da próxima semana os clubes voltam a se enfrentar no interior paulista.
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Guarani, de Divinópolis e Democrata, de Sete Lagoas, se enfrentarão em amistoso no próximo domingo, às 10h30, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Rebaixado para o Módulo II deste ano, o time da casa se prepara para competição, que terá início em fevereiro. Já o bugre estréia no Campeonato Mineiro 2009 em Governador Valadares, contra o Democrata.

Com informações do site
www.jornaldeuberaba.com.br

Giro pelo interior mineiro II

O Tupi está em Rio Novo, cidade a 50 km de Juiz de Fora, se preparando para o Campeonato Mineiro de astral elevado pela conquista da Taça Minas Gerais, no ano passado. Do grupo de 28 jogadores, doze são reforços contratados para defender o clube este ano. O Galo Carijó estréia no Campeonato Mineiro contra o Social, em Coronel Fabriciano. No dia 18 de fevereiro, o Tupi joga a primeira partida da Copa do Brasil, contra o Criciúma, no Mário Helênio.
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O Rio Branco, de Andradas, único time do Sul de Minas a disputar o Módulo I do Campeonato Mineiro em 2009, apresentou o meia Márcio Guerreiro (ex-Paulista de Jundiaí). O jogador é vinculado ao Cruzeiro e teve passagem também pelo Villa Nova. O Azulão fará um jogo-treino no próximo dia 17 de janeiro, contra o Santo André, em Jacutinga, antes da estréia no estadual, contra o Villa Nova, em Andradas.
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Com informações dos sites
www.megaminas.globo.com
www.riobranco-andradas.com.br

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Giro pelo interior mineiro

O Uberlândia Esporte Clube está se preparando para o Campeonato Mineiro na cidade de Ibiá, no Alto Paranaíba. O time fará dois amistosos na cidade antes da estréia no estadual, contra o Cruzeiro, marcada para dia 25 de janeiro, no Parque do Sabiá. A diretoria do time do Triângulo contratou jogadores conhecidos do futebol mineiro, como o goleiro Villar, o zagueiro Rancharia (ex-Democrata-GV), Alemão (ex-Ituiutaba), Wanderson (ex-Democrata/GV) e Cairo, que surgiu no Atlético como grande promessa na década de 1990.
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A grande novidade do Villa Nova para a temporada 2009 é a eleição do ex-zagueiro Luizinho como presidente do clube. O ex-jogador do Atlético e do próprio Villa Nova ficará no cargo no biênio 2009/2010. O time contratou Carlos Eduardo (zagueiro), Aguinaldo (volante) Everton (volante), Rodrigão (zagueiro), Marcelinho (volante) e Rigoberto (meia). O Leão do Bonfim faz sua pré-temporada em Itaúna, cidade do Centro-Oeste mineiro.
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Único representante do Vale do Aço na elite mineira, o Social segue a rotina de treinos em Ipatinga e Coronel Fabriciano visando a estréia no Campeonato Mineiro, programada para o dia 25/01, em casa, contra o Tupi. O Saci possui em seu elenco um coreano, Jong, que brigará por uma vaga no clube em 2009. A diretoria alvinegra contratou dois jogadores para a disputa do mineiro, o meia Andrezinho (ex-Serra/ES) e o zagueiro Eleilson.
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O Democrata de Governador Valadares continua realizando amistosos preparatórios para a disputa do Mineiro. A Pantera derrotou o Colatinense, por 2 a 1, no último domingo, em Colatina/ES e joga sábado, na capital capixaba, contra o Vitória. As grandes contratações do time de Gov. Valadares foram o atacante Alan (ex-Tupi) e o zagueiro Eliézio (ex-Cruzeiro).
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O estádio da Fazendinha, do Ituiutaba Esporte Clube, está com novo visual. Foram ligadas no último dia de 2008, de forma oficial, as torres de iluminação do estádio. O sistema de iluminação leva o nome do empresário Abdala Cury, dono da empresa São Marcos, que transporta a equipe desde a profissionalização da coruja, em 1998.
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Com informações dos sites:
www.uberlandiaec.com.br
www.villanovamg.com.br
www.socialfutebolclube.com.br
www.democratagv.com.br
www.avalanchetricolor.com.br

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Está no Memória E.C.

Engenheiro conta parte da história do Atlético-MG com coleção de camisas


O Atlético-MG comemorou em 2008 o seu centenário. Em 100 anos, o Galo usou vários modelos de camisas. E boa parte desta história está em poder de um colecionador. O engenheiro civil Rafael Perez, 36 anos, possui aproximadamente 300 camisas usadas pelo Alvinegro mineiro nos últimos 50 anos.
No acervo, há modelos marcantes da trajetória do Galo. Como a utilizada pelo zagueiro Vantuir contra o Botafogo na final do Campeonato Brasileiro de 1971 (número 6, terceira foto). Um dos principais títulos - para muitos atleticanos, o principal - do clube. E outras ’suadas’ por alguns jogadores que marcaram época no Atlético-MG, como Dario, Reinaldo, Éder, Toninho Cerezo e Paulo Isidoro. A mais antiga é um modelo número 11 de 1958 usada pelo atacante Amorim (foto abaixo).
A peça inaugural da coleção de camisas foi um modelo de 1986 autografado pelo meia Zenon, presenteado por um parente. Na época, aos 14 anos, Rafael já procurava guardar “todo tipo de material do Galo (pôsteres, revistas, recortes, gravação de gols, chaveiros etc)”. Além de camisas, o acervo reúne hoje fotos e vídeos com momentos marcantes do Galo.
O item preferido do colecionador é um modelo de 1981, número 13 (quarta foto).
- A concepção das listras, estilo da gola e o material da camisa fazem dela o modelo mais bonito da história do Galo.
Um artigo curioso do acervo é uma camisa branca de 1999 (quinta foto). O patrocinador era uma companhia telefônica, que tinha o logotipo em azul. E que foi estampada assim no ‘manto’ alvinegro. Durou apenas uma partida (a primeira da decisão do Campeonato Mineiro daquele ano, contra o América-MG). No jogo seguinte, a diretoria do Atlético-MG fez com que a marca apresentasse as cores do clube.
Camisas de loja também têm espaço no acervo de Rafael. Como uniformes comemorativos lançados para marcar ocasiões especiais da história do clube. Também estão na coleção modelos usados por equipes de vôlei, futsal, atletismo e basquete do Galo.
O engenheiro também guarda camisas de outros clubes nacionais e de equipes estrangeiras. Além de uma rara camisa da seleção brasileira usada em amistoso contra um combinado da Fifa em 1968. Utilizada pelo atacante Natal - por ironia, ídolo do Cruzeiro nos anos 60 -, a camisa é um modelo com duas estrelas sobre o escudo da CBD. Considerada um verdadeira raridade entre colecionadores de camisas.
Sobre o que busca para aumentar sua coleção, Rafael Perez despista, mas reconhece que gostaria de conseguir uniformes do Atlético-MG das décadas de 20, 30 e 40.
E se você também tem uma coleção de artigos esportivos, envie uma mensagem para o blog Memória Esporte Clube (blogmemoriaec@globo.com).

O link: http://colunas.globoesporte.com/memoriaec/2009/01/05/colecionador-conta-parte-da-historia-do-atletico-mg-com-camisas-antigas/

Nota do blog: graças ao dono dessa oitava maravilha do mundo descrita aí em cima consegui adquirir o cobiçado agasalho da Galo Prates. Ainda não tive oportunidade de conhecer "pessoalmente" a coleção do Rafael mas creio que, graças ao Centro Atleticano de Memória, do qual faço parte, não faltará oportunidade. E todo atleticano tem obrigação de ler uma matéria dessa do blog Memória E.C e sentir uma pontinha de inveja, mas daquelas invejas boas de sentir, sem maldade alguma.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Enquanto isso na Cidade do Galo...

Foto: O Tempo

O atleticano inicia 2009 sob o signo da esperança. Alguns chamam o trio formado por Kalil, Bebeto de Freitas e Leão de “trio esperança”, outros de “KLB”, há quem evoque o “trio maldito”, que fez tanto sucesso no Galo nas décadas de 1920 e 1930 do século passado, e era formado por Said Jairo e Mário de Castro. Os três dão a certeza que, pelo menos fora das quatro linhas, o futebol será bem comandado em 2009.

Mas, somente a presença dos três homens fortes do clube basta? Se por um lado a torcida comemora que não há barca de contratações de qualidades duvidosas, como correu nos últimos anos no time da colina de Lourdes, por outro está preocupada com a falta de qualificação do elenco. O grupo alvinegro é formado hoje em sua grande maioria por garotos vindos das categorias de base atleticanas e apenas quatro atletas (Juninho, Marcos, Marques, Junior, este o único contratado) não começaram a carreira no Atlético.

O clube no ano do centenário sofreu com a falta de qualidade do elenco. No começo deste 2009, não possui sequer dois times para a realização de coletivos. Emerson Leão teve que recorrer à base para encorpar o grupo de jogadores já no dia da apresentação. Especulações rondam a Cidade do Galo. Fala-se em França, Junior, Jadilson, André Lima, Renan. O presidente Alexandre Kalil afirmou que dinheiro o Atlético tem, ou melhor, investidores para ajudar nas contratações. Ao mesmo tempo, quando surgem os nomes na imprensa, rapidamente corre a informação que o Atlético vai buscar uma parceria para a contratação. Afinal, tem ou não os investidores prontos para ajudar o clube? Essa nova moda no futebol brasileiro, a dos investidores, não joga para perder. Os parceiros não têm interesse, por exemplo, de contratar um jogador que eles sabem que não terão retorno financeiro no futuro, seja por falta de qualidade técnica ou idade avançada do jogador.

Desde a metade do último mês de 2008 a torcida atleticana abre os jornais, acessa os portais de notícias, assiste aos programas esportivos, ouve os noticiários e tem apenas as mesmas informações, que Thiago Feltri e Eder Luis estão de volta mais experientes, após empréstimos. Pouco para uma torcida que sonha, a cada ano, com uma temporada empolgante do time. Temporada que começa daqui a doze dias, justamente com um clássico contra o Cruzeiro. E todo mundo em Minas sabe que certos resultados em um clássico pode balanças as estruturas de quem sair derrotado.

Mercado da bola

Aos poucos, os clubes de futebol profissional vão se apresentando para a temporada 2009. O Corinthians, o mais badalado na entressafra do futebol, pela contratação de Ronaldo, já está treinando. Além do fenômeno anunciou dentre outros Tulio e Jorge Henrique (ex-Botafogo) e Souza (ex-Flamengo).O São Paulo também se mexeu, e bem. O hexa brasileiro anunciou Arouca, Junior Cesar e Washington (ex-Fluminense), Wagner Diniz (ex-Vasco), Eduardo Costa (ex-Espanyol) e Renato Silva (ex-Botafogo). O tricolor chega ainda mais forte. O Palmeiras apostou na juventude, política de investimento da Traffic, parceira do clube. Foram para o Palestra os jovens Willians (ex-Vitória), Mauricio (ex-Coritiba), Cleiton Xavier (ex-Figueirense). O Santos anunciou Lucio Flávio e Triguinho (ex-Botafogo), Madson (ex-Vasco), Luisinho (ex-Flamengo).

Os times paulistas foram às compras e levaram nomes importantes dos clubes cariocas. Para não ficar atrás dos vizinhos os times do Rio fizeram suas apostas. O Botafogo buscou seis ex-cruzeirenses, cinco deles conhecidos do treinador Nei Franco (Maicosuel, Leo Silva, Wellington, Teco, Weldon e Diego). Além de Fahel (ex-Goiás) e Reinaldo (ex-Jeff United/Japão). O Flamengo chorou a dor de cotovelo de perder Ronaldo e perdeu, também, tempo. Até o momento anunciou apenas o treinador Cuca, Douglas (ex-Atlético/PR) e a volta de Fellype Gabriel, que estava na Lusa. O Fluminense apostou no trio de “Leandros”; o Amaral, dessa vez sem problemas jurídicos, o Domingues (ex-Vitória) e o lateral esquerdo (ex-Palmeiras). Contratou também Diguinho (ex-Botafogo), Jailton (ex-Flamengo), Marquinhos (ex-Figueirense) e Mariano (ex-Atlético). O Vasco começa o ano da ressurreição apostando em Dorival Junior e jogadores desconhecidos.

Em Minas, o Cruzeiro mais uma vez larga na frente. Além de não vender nenhuma estrela até o momento, contratou Soares (ex-Grêmio), Wellington Paulista (ex-Botafogo), Alessandro (ex-Niigata/Japão), Jael (ex-Atlético), Jancarlos (ex-São Paulo) e Leonardo Silva (ex-Vitória). O Atlético até o momento só anunciou o desconhecido Junior (ex-Grêmio) e não tem elenco sequer para um coletivo. De novidades mesmo apenas Leão e Bebeto de Freitas para comandarem o Galo fora de campo. O América aposta nos veteranos Wellington Paulo e Evanilson, os times do interior continuam se reforçando com jogadores pouco conhecidos.

No Sul o Grêmio tem como principal atração Alex Mineiro (ex-Palmeiras), no Inter a esperança é a boa base mantida de 2008. Com as contratações e a manutenção de alguns elencos já dá para pelo menos apostar quem fará bonito em 2009. Fico com São Paulo, Cruzeiro e Fluminense e Internacional como principais forças do ano que está apenas começando.