sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Rodada para gritar tricampeão e chorar o rebaixamento

A penúltima rodada do Brasileirão pode decidir quase tudo.

Título, rebaixados, vagas na Libertadores.

Mas pode não decidir nada.

Isso é o que sonha o Grêmio, que se segura em um fio de esperança.

Fio de Esperança, apelido de Telê.

Telê que foi craque no tricolor carioca, campeão no tricolor gaúcho e amado pelo tricolor paulista.

Três tricolores do Telê em evidência na rodada.

O paulista e o carioca se enfrentam em um Morumbi lotado. E os donos da casa podem comemorar o tri.

O gaúcho joga no Vale do Aço com o pensamento em São Paulo. Tem que vencer para continuar a sonhar e rebaixar o Tigre, que veio cheio de esperança, mas termina o ano de forma melancólica.

Amaldiçoado rebaixamento.

Este final de semana pode ser de lágrimas.

Principalmente para os vascaínos, que não conhecem a Série B, mas a namoram há algum tempo. E este namoro, invariavelmente, termina em casamento. Que o digam Palmeiras, Botafogo, Galo, Grêmio e Corinthians. O time da colina sonha, mas tem que vencer o Coxa, no Paraná.

Situação dramática também vivem Portuguesa e Figueirense. A Lusa, que mal chegou, pode voltar domingo à Série B. Encara o Sport, em casa, para continuar respirando. O torcedor do Figueira, que sofre com as chuvas como toda Santa Catarina, pode fazer o mesmo caminho caso não vença o Botafogo, no Engenhão.

Drama também nos Aflitos, com o embate entre Náutico e Atlético/PR. Quem perder leva a angustia para a rodada derradeira.

Na parte nobre da classificação, Fla, Cruzeiro e Palmeiras lutam pela Libertadores.

Os mineiros no Sul, contra os reservas do Inter, que só esperam a quarta-feira chegar para comemorar mais um título.

Os cariocas, após a polêmica da semana, recebem o Goiás para voltar ao G4.

E os paulistas vão ao Barradão de triste lembrança para os palestrinos, enfrentar o Vitória.

Aqueles que não sonham, nem se desesperam, jogam no Mineirão lotado. Galo e Santos vale pela festa, pela Massa, pelas bandeiras que voltarão a tremular nas arquibancadas.

O domingo pode ser de sorrisos e lágrimas.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Mea Culpa

No post sobre Cruzeiro e Flamengo escrevi que o atropelamento de Léo Fortunato em Diego Tardelli foi escandaloso.

E parecia mesmo.

Tanto que o Simon está sendo crucificado até agora.

Mas a ESPN Brasil tem uma imagem do lance, visto atrás do gol, portanto, de frente para os dois.

E não houve penalti.

O empurrão não aconteceu, Diego Tardelli pisou na bola e caiu.

Lance polêmico, não escandaloso como achei.

Mudo minha opinião sobre o lance.

Não sobre o Simon.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Peladão Campeão 2008


Para o Inter salvar o ano

Não é o final de temporada dos sonhos do torcedor Colorado.

A metade vermelha do Rio Grande imaginava o clube brigando pelo título brasileiro ou, na pior das hipóteses, por uma vaga na Libertadores.

Ainda mais após o promissor começo, com o título do torneio de Dubai, passando por outro Inter, o de Milão.

Outro título, apenas o gaúcho.

Verdade que com uma final épica, mas é pouco.

Investimentos aconteceram.

Daniel Carvalho, D’Alessandro, a manutenção de Nilmar.

Mas por essas coisas que só o futebol explica, o time não engrenou no Brasileiro.

Sobrou a Sul-Americana.

E, mesmo vista como consolo, o Colorado pode fazer história sendo o primeiro brasileiro a conquistá-la.

Aliás, já fez, colocando o Brasil pela primeira vez na decisão.

O Estudiantes não sabe o que é perder em seus domínios há 43 partidas.
Será um jogo daqueles...

Digno de Brasil e Argentina.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Sua Senhoria

“(...)Recebi, também, a garantia de que o árbitro, à exemplo de outros que já erraram durante o Campeonato Brasileiro, será punido pela CBF.”

A frase acima está na nota do vice-presidente do Flamengo, Kleber Leite, divulgada para a imprensa e no site oficial do clube carioca. Leia na íntegra aqui.

Como escrevi no último post, é óbvio que o senhor Carlos Eugênio Simon será punido. Afinal, ele errou contra o Flamengo.

Ano passado, no dia 10/05, ele teve uma atuação digna de José Roberto Wrigth, no Maracanã, na partida entre Atlético e Botafogo, pela Copa do Brasil.

Aquele pênalti no Tchô foi tão (ou mais) escandaloso que o do último domingo.

A partida aconteceu numa quinta-feira e, no domingo seguinte, teve início o Brasileiro 07.
Simon não entrou no sorteio da 1ª rodada, que aconteceu no dia do erro crasso no Maracanã.
Após aquela “infelicidade”, Simon ficou fora dos sorteios da 2ª e 3ª rodadas.

Foi poupado, como gostam de falar os ‘entendidos’ em arbitragem, para se reciclar.

Ele voltou a participar do sorteio na quarta-rodada, mas perdeu a chance de apitar – e ganhar uma gorda taxa – na partida Sport x Flamengo.

Simon prejudicou o Atlético e 15 dias depois estava pronto para apitar novamente.

No dia 17.06 ele voltou a trilar o apito, em Curitiba, no jogo Atlético/PR e Fluminense.

Depois disso, deixou de apitar partidas no Brasileiro por quase um mês.

Não, ele não foi punido.

Foi desfilar sua “competência” na Copa América.

Arbitrou Argentina e Colômbia (4 a 2 – 02/07), Venezuela e Uruguai (0 a 0 – 03/07) e Argentina e Peru (4 a 0 – 08/07).

É fato que neste Brasileiro não apitará mais. Faltam somente duas rodadas.

Vamos ver no ano que vem contra quem ele cometerá mais uma das suas lambanças.

Não esquecendo que em 2006, na Copa do Mundo, ele errou contra Gana, na partida contra a Itália.

Na final da Copa do Brasil 2002, contra o Brasiliense...

Cuidado, FIFA...

Daqui a pouco ele para de apitar e vira comentarista de arbitragem. Mais um para o timaço do Arnaldo Cesar Coelho, Márcio Rezende e Jose Roberto Wrigth.

domingo, 23 de novembro de 2008

Cruzeiro 3x2 Flamengo

Abaixo não escrevi sobre Cruzeiro e Flamengo porque foi a partida que acompanhei mais de perto.

E seguem minhas observações:

* O Cruzeiro foi infinitamente melhor que o Flamengo.

* Ramires sempre caia pelas costas da defesa flamenguista, pela esquerda, e Caio Junior não deu conta disse até agora.

* O atacante Jajá, que a torcida do Cruzeiro tanto pediu e a Itatiaia fez campanha para que entrasse no time, hoje saiu vaiado após perder gols sem goleiro. Um ex-treinador dele, no Ipatinga, me disse certa vez que não conseguia entender como um jogador como ele pode ser a esperança da torcida do Cruzeiro. Eu também não sei. Aposto que no começo do ano estará em algum time do interior, disputando o Campeonato Mineiro.

*Em toda minha vida de Mineirão, hoje foi a partida com a maior presença de torcida adversária que presenciei. Mais do que na final do Brasileiro de 1999, entre Galo e Corinthians.

*Simon continua com "problemas" para marcar penaltis contra mandantes nos momentos finais da partida. Lembram-se de Botafogo e Galo, ano passado? O atropelamento de Léo Fortunato em Diego Tardelli foi escandaloso.

*Naquela oportunidade Simon foi premiado com escalas fora do Brasil. Se não estou enganado, nas eliminatórias. Quem duvida que dessa vez será punido?

Restam dois. Será?

Ainda faltam duas rodadas.

E, matematicamente, dois clubes ainda lutam pelo título.

Somente os frios números da matemática não deixam o São Paulo comemorar o primeiro tri da história do Brasileiro. E o primeiro tri da história do São Paulo.

Os mesmos números que ainda não colocam o Ipatinga como rebaixado.

A rodada teve 38 gols, média de 3,8.

No Barradão, o Grêmio mostrou que realmente perdeu forças na reta final. Foi derrotado, por 4 a 2, e agora, na prática, luta para conseguir a vaga na Libertadores.

Porque o São Paulo na partida teoricamente mais complicada da reta final venceu o Vasco, por 2 a 1. Um bravo Vasco, diga-se de passagem. Bravo, mas desesperado. E o São Paulo já prepara a festa.

No Palestra, o Palmeiras encerrou uma semana conturbada voltando ao G4 após bater o Ipatinga por 2 a 0.

O Flu se aproveitou dos reservas do Inter e também marcou 2 a 0.

E o Sport, no Recife, resolveu a partida no final contra um desinteressado Galo, por 3 a 0.

sábado, 22 de novembro de 2008

Dezessete gols em quatro jogos

A rodada começa ainda melhor que a anterior, 17 gols em quatro jogos.

Os ataques resolveram funcionar na reta final do Brasileiro.

Mesmo com média de 4,25, houve o 0 a 0 entre Portuguesa e Goiás. Resultado terrível para a Lusa, que jogava em casa e não conseguiu sair do G4 do mal.

Se faltou gol no Canindé, sobrou no Couto Pereira.

Só Keirrison fez quatro e o Coritiba goleou o Santos, por 5 a 1.

No Engenhão (e não na Arena, como escrevi a dois posts atrás) Botafogo e Atlético/PR ficaram no empate em um jogo igual. Bota na frente, Furacão empatou, Bota 2 a 1, Furacão empata novamente.

Amanhã tem mais. Que os ataques continuem inspirados e superem a fantástica média de 41 gols da rodada passada.

Está no Terra Magazine

Sábado, 22 de novembro de 2008, 09h53

Deu Brasil outra vez

Vitor Hugo Soares
De Salvador (BA)

Apaixonado confesso pelo futebol, onde em geral recolhe suas metáforas, o presidente da República não foi ao jogo Brasil x Portugal, quarta-feira. Lula optou por assistir pela TV a festa promovida a poucos quilômetros de distância dos jardins da Granja do Torto. Segundo alguns, temeroso de vaias como as do Rio de Janeiro, na abertura dos Jogos Pan-americanos. Segundo outros, para fugir ao assédio de notórias más companhias da CBF, da Política, da administração pública, além de "celebridades" presentes à farra de mordomias e bajulação em que foi transformado, sem pudor, o evento esportivo no Planalto Central.

É possível que o presidente, por puro instinto ou recomendação de alguém mais próximo, tenha feito a coisa certa. Mas o líder popular, Luis Inácio Lula da Silva, perdeu a oportunidade de participar diretamente de uma noite para não esquecer. Não só pela goleada histórica de 6 a 2, mas por inúmeras outras razões - futebolísticas, políticas, de comportamento. Miscelânea de fatos e situações com poder de fazer Nelson Rodrigues e Juscelino, presentes em espírito no Gama, vibrarem sobre o céu de Brasília.

O atacante Cristiano Ronaldo, por exemplo, parecia estressado às vésperas da escolha pela FIFA do melhor jogador do mundo em 2008. Ameaçou até "enforcar" o lateral-esquerdo Marcelo, jogador afro-brasileiro do Real Madri, que encarou bravamente o grandalhão europeu da Península Ibérica. O extraordinário flagrante colhido pela câmera do repórter fotográfico Jamil Bittar, da Agência Reuters, correu o planeta com a propulsão do seu simbolismo.

Quando o bafafá aconteceu já era 20 de Novembro de 2008 na tela dos computadores e relógios guiados pelo horário de Brasília. Dia da Consciência Negra, portanto. A imagem postada em seguida em dezenas de sites da internet, exibida nos noticiários das TVs, ou impressa nas páginas de importantes jornais internacionais no dia seguinte, sobretudo da Europa, crescia em apelo e interesse. De Lisboa a Salvador. De Paris ao Rio de Janeiro, e São Paulo. De Londres à Serra da Barriga, nas Alagoas do guerreiro ex-escravo Zumbi (herói de caráter tão questionado ultimamente).

A expressividade da foto de Bittar só é comparável a outro instantâneo do embate Brasil x Portugal. Aquele no qual Robinho aparece mostrando a língua como um possesso príncipe etíope voando sobre as cabeças dos companheiros, na comemoração do gol de empate brasileiro, marcado por Fabiano, "o Fabuloso", como assinala o diário de Lisboa ao falar da seleção lusa. "É preciso recuar exatamente 53 anos para ir buscar ao baú das grandes desgraças da Seleção Nacional uma derrota tão pesada quanto a que Portugal sofreu nesta madrugada, no Brasil", completa o jornal.

Portanto, um final glorioso no gramado. Em volta, porém, um evento marcado por atos condenáveis de figurões e dirigentes públicos, rasteiras de bastidores, barganhas e disputas de interesse nada recomendáveis. Neste terreno, o jogo político, mais que o futebolístico, esteve visível a cada passo no caminho do Plano Piloto de Brasília. "Há zilhões de faixas e outdoors com elogios, congratulações e outros afagos a José Roberto Arruda (governador do Distrito Federal), tratado como príncipe intocável, ou uma espécie de Messias, por levar Brasil e Portugal para o Gama", registra Gustavo Hofman, enviado do Blog Trivela na cobertura ao vivo.

Centenas de pessoas vestem camisa com os dizeres "Eu fiz o novo Bezerrão", patrocinada pela estranha sigla GDF, que traduzida revela a mão mal escondida do Governo do Distrito Federal. Marketing do "estádio moderno" em volta do Bezerrão. Políticos, cartolas, "celebridades" pululam por todo canto em folia e mútua louvação, até nas cabines de transmissão da TV. A politicagem alterou até o sistema de distribuição/venda de ingressos para ver a Seleção. 9.860 dos 19.358 ingressos seriam destinados apenas para os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Mais de um terço com carimbo manjado: "Autoridades".

Como pegava mal tamanho privilégio e mordomia, cerca de 2.500 bilhetes foram confiscados dos "vips" na última hora, enquanto se montava operação enganadora de emergência, sorteando-se dois mil tíquetes entre moradores do Gama. Outros 500 bilhetes foram entregues aos operários da construção do estádio inaugurado com chuva de gols da seleção em noite de gala de Luis Fabiano, Kaká, Robinho, Marcelo e companhia.

Milagrosa goleada! Afastou os olhares e as críticas das jogadas políticas; tirou toneladas de pressão das costas de Dunga, gaúcho de couro curtido, e despachou a onda que crescia no futebol brasileiro - como a crise financeira - para o outro lado do Atlântico. A tempestade, agora, ameaça desabar sobre as cabeças do treinador português, Carlos Queiroz, e do esquentado atacante Cristiano Ronaldo, seu maior craque.

Viva! Deu Brasil outra vez.

O link: http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3344842-EI6578,00-Deu+Brasil+outra+vez.html

Vitor Hugo Soares é jornalista e escreve aos sábados no Blog do Noblat.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A briga está quase no fim

Os jogos de amanhã interessam verdadeiramente a apenas duas torcidas.

A da Portuguesa, que recebe o Goiás, lutando para escapar do G4 do mal; e a do AtléticoPR, que ainda depende de um ou dois pontos para não correr mais risco de cair. Como joga em casa, contra o Botafogo, pode respirar aliviado a partir de domingo.

Coritiba e Santos, que se enfrentam no Couto Pereira, estão na zona da Sul-Americana. O Peixe não jogará sua participação no torneio nessa partida, tem mais duas para garantir a vaga.

Domingo sim, o bicho vai pegar:

Principalmente em São Januário, onde o desesperado Vasco encara o líder São Paulo. É jogo que decide em cima e embaixo.

No Mineirão tem jogão que decide em cima. Cruzeiro e Flamengo se digladiam para não deixar o G4. Os rubro-negros ainda com um fio de esperança do hexa.

Vitória e Grêmio interessa, e muito, aos tricolores. Uma vitória na boa terra pode dar a liderança na reta final ao time dirigido por Celso Roth. E Wagner Mancini, que foi demitido no começo do ano do time gaúcho, vai tentar impedir. Mesmo com o Vitória não vencendo há sete partidas.

O tumultuado Palmeiras recebe o Ipatinga. Para muitos, mamão com açúcar, mas acredito que o Tigre pode aprontar para cima do time dirigido pelo Luxa.

O Inter está como Renato Gaucho queria que o Flu estivesse: brincando no Brasileiro. Está tão desinteressado que escalará mais uma vez os reservas assim como o Fluminense, no início da competição.

Sport e Galo vale, no máximo, a briga pela posição na tabela. Se os pernambucanos vencerem, ultrapassam os mineiros. Galo que nunca venceu na Ilha do Retiro.

Sem esquecer que a rodada começou com sete gols no confronto entre Figueirense e Náutico. Rseultado que dá esperanças aos catarinenses e não deixa os pernambucanos dormir.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Está no blog do Juca

O papel da Copa-2014

Na onda do Mundial no Brasil, aparecem diversas revistas sobre futebol, o estrangeiro, de preferência*

De repente, não mais, como diria o poeta, o país que tinha apenas uma revista de futebol, tem, se a conta não estiver errada e a memória em dia, nada menos do que meia dúzia.

Todas mensais, é verdade, nenhuma semanal, mas seis.

Mais que em países com hábitos de leitura incomparavelmente maiores que os nossos, proporcionais, por sinal, à paixão, também maior, que dedicam ao esporte.

No começo, estamos falando de 1970 para cá, era só a "Placar", embora títulos como a "Gazeta Esportiva Ilustrada", "Revista do Esporte", "Manchete Esportiva" e outras menos votadas tenham precedido a semanal, no lançamento e até 1990, da editora Abril.

A ’’Manchete Esportiva’’, aliás, voltou para tentar concorrer com "Placar", mas durou pouco.

Eis que, no entanto, a Copa do Mundo no país parece ter encorajado diversas iniciativas.

Exceção feira à revista "Trivela", projeto de um grupo de bravos jornalistas que já está em seu terceiro ano e que de tão corajosa é contra a Copa no Brasil por ser comandada por quem a comanda, eis que agora temos as revistas "Invicto" (cujo logotipo, por sinal, é quase ilegível); a For-For-Two (yes, you are in Brazil!), que se orgulha de não querer mudar o futebol; a Gol F.C., e a Fut Lance!, esta com o respeitável respaldo daquela que já é a maior editora esportiva da América Latina.


Se a sobrevivência é complicada em tempos de paz, como as idas e vindas da "Placar" comprovam em quase 40 anos de turbulência, que dirá nesta guerra da crise mundial, com o dólar indo às alturas e com ele o preço do papel.


Cada um dos investidores deve saber o que está fazendo, mas o curioso é observar os paradoxos da globalização e seus efeitos em nosso futebol e nestas revistas.

Se a Copa do Mundo potencializa tais efeitos a níveis estratosféricos, a aposta da maioria desses novos editores está concentrada no futebol que se pratica fora de nossas fronteiras, a ponto de uma dessas publicações ter seu título em inglês, em vez de usar o familiar Quatro-Quatro-Dois como se faria poucos anos atrás.

E com conformismo explícito, tipo se o estupro é inevitável, relaxe e goze, (sem nenhuma alusão nem ao desastrado ex-prefeito do "estupra mas não mate" nem à espevitada ex-prefeita que é casada e tem três filhos homens).

Porque não se cogita discutir o modelo de gestão do futebol brasileiro, exportador de pé-de-obra, dado como uma realidade que está aí e veio para ficar.

A aposta é de que o Barcelona em breve será tão popular como o Flamengo é por aqui e que as capas podem ser feitas não só com os brasileiros que jogam lá fora como, também, com os estrangeiros, cada vez mais familiares principalmente para quem tem o privilégio da TV por assinatura, afinal, a elite que lê.

Ora, é óbvio que a Copa do Mundo pode até ser uma oportunidade para que se dê uma surfada em sua onda, mas surfistas, no caso, podem virar sinônimo de oportunistas, razão pela qual o afogamento da maioria é inevitável mesmo antes da festa (da farra?) de abertura do Mundial, seja onde for.

Enfim, é revista demais para futebol de menos. Não vai dar certo.

*Coluna escrita para a edição nacional da "Folha de S.Paulo" desta quinta-feira, 20 de novembro.

O link: http://blogdojuca.blog.uol.com.br/arch2008-11-16_2008-11-22.html

Notas do blog:
*A Placar já não é a mesma há muito tempo. Virou uma revista de celebridades, contando a vida do Richarlison em família, as aventura de Robinho em Madrid, colocou Riquelme no Corinthians. Enfim, mais fofoca que matérias.
Que saudades dos anos 1980... A Trivela é uma revista interessante, mas seis revistas em um país que quase não lê, é coisa pra caramba. Também acho que não dará certo, torço para que eu esteja errado.

** Em Minas Gerais não há sequer uma revista especializada em esportes. Aliás, não há quase revista especializada em nada entre as montanhas da Alterosas. De futebol é que nunca haverá mesmo, com apenas dois times de ponta e recursos infinitamente menores que em SP e RJ.
Nem o Atlético possui uma revista oficial do clube. O Cruzeiro tem a dele, há muitos anos e o Ipatinga até algum tempo também tinha sua publicação.

Brasil goleia, Inter faz história

Quem ainda estava indeciso sobre qual partida assistir ontem deve ter se decidido nos primeiros minutos, quando Portugal abriu o placar no DF.

E menos de cinco minutos depois, o Brasil empatou.

Estava com cara de jogão.

No Sul, o Inter resolveu a parada no 1º tempo, com dois gols de D`Alessandro - um de pênalti, outro de falta – e o terceiro de Nilmar, aos 43minutos.

Enquanto isso, no Bezerrão, Luis Fabiano já havia virado a partida para a alegria dos convidados que lotavam as dependências do estádio.

O segundo tempo no DF começou como o primeiro. Maicon, com um golaço fez 3 a 1, aos 10, Luis Fabiano ampliou – terceiro dele – aos 12, e Simão diminuiu para 4 a 2. Isso tudo com menos de 16minutos.

Em Porto Alegre, o Inter apenas passava o tempo.

Elano, com outro belo gol, fez 5 a 2, para o Brasil.

Nilmar, no Beira-Rio, fez 4 a 0, aos 24 minutos e o Inter colocou o Brasil pela primeira vez na final da Sul-Americana.

Enquanto isso, em Brasília, após várias substituições, Adriano deu números finais aos 45 minutos.

6 a 2 do Brasil sobre Portugal, para alívio de Dunga.

4 a 0 para o Inter, para alegria dos colorados.

12 gols, para deleite de quem gosta de gols.

Nota do blog: Deco e Cristiano Ronaldo nada fizeram na partida de ontem. Kaká jogou muito e Luis Fabiano é realmente fabuloso para marcar gols; fabuloso como já dizia Jorge Kajuru.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Um dia bestial, no outro uma besta


Luxemburgo foi supostamente agredido por torcedores.

Muricy vai ser o novo técnico da seleção. Será, inclusive, apresentado com pompa e circunstância na festa do Brasileirão 2008.

Dunga fará hoje sua última partida pela seleção.

Adilson Batista se diz magoado com as críticas e não ficará no Cruzeiro em 2009.

Ney Franco sonha em treinar o Cruzeiro.

Marcelo Oliveira informa que pra base não volta.
Fora a crise mundial, o Barack Obama, os barracos do marido da Suzana Vieira, da Luana Piovani e do Dado Dolabella, há algo que renda mais manchetes na imprensa brasileira que treinador de futebol?

O Luxemburgo é assunto desde a ida do Marcos ao ataque, contra o Grêmio. Vive inferno astral após brigar com o “santo” palmeirense. “Quem a craque fustiga, Deus castiga”, diria Armando Nogueira. Egos e marketing pessoal a parte, se Luxa foi mesmo agredido, ele é o menos errado na história. Pelo menos nessa...

Muricy deve estar de saco cheio de perguntas sobre a seleção. Com o São Paulo líder e próximo do tri, está de bom humor. Ainda não vi resposta ranzinza sobre o assunto seleção. Vai ver, será mesmo o novo comandante da “amarelinha”, com direito a “Bem, Amigos” e tudo mais.

Dunga já vem caindo há tempos. Caiu após o empate com a Argentina, após as Olimpíadas, após o empate com a Bolívia. E viva os chutes dos comentaristas... Um dia, alguém acerta. Porque cair ele vai, só não se sabe quando.

Adilson é criticado desde o início da temporada. A culpa é sempre dele, nunca do time. E assim segue o Cruzeiro. Apresentações espetaculares alternadas com derrotas vergonhosas. É isso desde o início do ano. 5 a 0 no Galo, leva 5 do Potosí, 3 a 0 no Grêmio, 0 a 3, para o Goiás, ganha de Fla e Flu lá, perde do Náutico.

Nunca vi o Ney Franco afirmar que sonha em treinar o Cruzeiro. Após o Adilson dizer que sai, um repórter afirmou que Nei Franco deseja e muito a Toca... sei lá.

Marcelo Oliveira “arrumou” o Galo. Pelo menos após os salários serem pagos. E quer continuar. Boa parte da torcida quer que ele continue, outra sonha com o Luxa. Aquele, do começo da história.

E acabei criando um post sobre o assunto do momento. Nossas sumidades , treinadores de futebol.

Talvez não sejam gênios, mas que dá notícia, isso dá.

A seleção no Bezerrão

Hoje tem a seleção contra Portugal.

O jogo será no DF, no estádio Bezerrão .

Cancha mais apropriada para esta partida, impossível.

Afinal, os políticos encontraram uma teta no fim de ano para presentear amigos, parentes, convidados.

A única forma que os promotores da partida encontraram para chamar a atenção do confronto foi anunciar um duelo particular entre Kaká e Cristiano Ronaldo.

Só que o meia do Milan não é bobo. Tratou logo de deixar claro que não é um confronto pessoal entre os dois.

É Brasil contra Portugal.

Amistoso, e só.

Nem mesmo o papo que será a última partida de Dunga rendeu assunto que sirva para ser levado a sério.

Todo mundo sabe que a saída dele é questão de tempo, vai acontecer uma hora ou outra.

E o amistoso de hoje deve ser um “jogão”, daqueles que a seleção está acostumada a fazer aqui no país.

Sou mais assistir a Inter e Chivas, pelo menos vale algo.

E a CBF tirou o melhor jogador do time para que ele fique na reserva no amistoso da seleção.

Corrigido às 17:07

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Chuva de gols

Náutico 5x2 Cruzeiro foi o maior placar entre as duas equipes em campeonatos brasileiros. No ano passado, no mesmo Aflitos, o Cruzeiro goleou por 4 a 1.

Na 1ª rodada do Campeonato do ano passado, o Palmeiras vencera o Flamengo, no Maracanã, por 4 a 2. Ontem, teve o troco. Mas não foi o maior resultado entre as duas equipes. Em 1980, o Flamengo goleou por 6 a 2.

Foram 41 gols em 10 jogos, média de 4,1. E em seis partidas um jogador fez dois gols ou mais. Atlético 4x1 Vasco (Leandro Almeida 2), Náutico 5x2 Cruzeiro (Gilmar e Felipe 2, cada), Ipatinga 3x0 Sport (Ferreira, 2), Goiás 3x1 Botafogo (Paulo Baier, 3), São Paulo 3x1 Figueirense (Borges, 2), Flamengo 5x2 Palmeiras (Ibson, 3).

sábado, 15 de novembro de 2008

Não pode passar em branco



Hoje, 15/11, é aniversário do ex-pior time do mundo, o Íbis.


Ex, porque o Cruzeiro conquistou este título.


Dúvidas: clique aqui

5x2, 3x1, 3x0

Caso o São Paulo vença o Figueirense amanhã, no Morumbi, o Cruzeiro dá adeus ao título.

Porque um time que pensa em ser campeão não pode ser goleado por outro que está brigando para não cair.

Eu vi um time do Cruzeiro molenga em campo, nos Aflitos.

Cansado, como disse o Wagner, ano passado...

5 a 2 não foi muito, nem pouco. Foi justo.

No Maraca, o Flu se assustou, mas respirou após as substituições de Renê Simões.

Até rimou.

E em Ipatinga, o Ipatinga com os 3 a 0, sobre o Sport, faz sonhar a quem resta apenas sonhar.

Ah... este blog acertou os três resultados de hoje. Basta olhar o post abaixo.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Tem para todo gosto

Amanhã têm desesperados, desinteressado e sonhador em campo

Três que lutam para não cair, um que já jogou a toalha, outro que ainda briga pelo título e um que não está nem aí entram em campo amanhã, pelo Brasileiro.

No Maracanã, Flu e Lusa (37 contra 36 pontos) fazem o jogo dos desesperados. A Lusa, que já está no G4 do mal, joga para vencer e ultrapassar, de uma só vez, o próprio tricolor e o Vasco. De lambuja, pode deixar o Náutico (37 pontos) para trás, se este perder para o Cruzeiro (61 pontos), o único postulante ao título que entra em campo amanhã.

O Sport (45 pontos) joga pensando em 2009. Não quer mais nada em um ano que foi tão bom para os rubro-negros e vai ao Vale do Aço enfrentar o Ipatinga (31 pontos), que até o presidente já jogou a toalha.

Domingo tem jogão...

... entre Flamengo (60 pontos) e Palmeiras (61 pontos). Mais uma decisão para os dois. Quem perder dá adeus de vez à chance do título e corre o risco de ficar fora da Libertadores do ano que vem.

São Paulo para confirmar o tri

Se o tricolor paulista (65 pontos) vencer o ameaçado Figueirense (35 pontos), no Morumbi será mais um gigantesco passo para o título. E, se olharmos os números, deve mesmo vencer. Será o encontro do líder contra o vice-lanterna, do melhor ataque (59 gols) contra a pior defesa (65 gols), de quem está invicto há 14 jogos, contra quem levou as maiores goleadas.

Grêmio empolgado não quer deixar o líder escapar

Para isso o time dirigido por Celso Juarez Roth (63 pontos), que no primeiro turno não perdia pontos no Olímpico, tem que parar de tropeçar em casa, o que aconteceu muito no returno, e vencer o Coritiba (50 pontos).

Jogos sem muitos atrativos

O encontro de rubro-negros Atlético/PR (38 pontos)e Vitória (45 pontos) é importante apenas para o primeiro, que ainda está ameaçado pelo rebaixamento.

O Goiás (48 pontos) recebe o desanimado Botafogo (49 pontos)que mais uma vez termina de forma melancólica o ano. Sem salários, sem títulos e com jogadores na justiça.

O Santos (40 pontos) ainda corre um pequeno risco de cair, mas uma vitória sobre o Inter (51 pontos), na Vila Belmiro acaba de vez com o pesadelo. O colorado, só pensa em ir à final da Sul-Americana e poupa jogadores para a partida do meio de semana.

Este blog, que quase nunca acerta, aposta em: Fluminense, Náutico, Ipatinga, empate, Sâo Paulo, empate, Atlético/PR, Goiás e Santos

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Galo goleia

O atleticano saiu do Mineirão frustrado.

Sim, ficou um gostinho de quero mais.

Mais dois gols.

E estava fácil fazer mais dois.

Os garotos em campo queriam mais dois.

Mas pecaram pela ansiedade.

Quando terminou o primeiro tempo, com 2 a 0, gols de Castillo e Renan Oliveira, o pensamento já era de goleada.

Porque o Atlético foi soberano como há muito não se via.

E o Vasco fraco como há muito se percebe.

A diferença em campo era a mesma da altura de Welton Felipe para Madson.

Na volta, os 47 mil atleticanos presentes sonharam com a devolução dos 6 a 1.

Principalmente quando Leandro Almeida, duas vezes de pênalti, colocou 4 a 0 no placar.

A massa pediu mais dois;

E pediu Pet.

Mas Marcelo não atendeu a voz do povo.

E o Vasco diminuiu, com Madson, de falta. Se o jogo estivesse duro, disputado, cronistas diriam que foi falta no Edson... ou que o Edson tinha falhado.

Mas com 4 a 1, ninguém nada falou.

Leandro Amaral ainda inventou na cobrança de pênalti, e perdeu.

Pênalti cometido por Cesar Prates, o milésimo neste campeonato.

Galo em 10º, Vasco à beira do abismo.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Galo e Vasco, hoje, no Mineirão

A partida mais lembrada entre Atlético e Vasco é a que decretou o rebaixamento atleticano, em 2005.

Dia fúnebre para mais de 42 mil atleticanos que sofreram com o 0 a 0, no Mineirão, naquele 27/11/05, que coroou a incompetência de uma diretoria e viram aqueles garotos que assumiam uma derrota que não era deles

Ano passado, no reencontro dos dois, na Pampulha, o público foi ainda maior. 48.704 pagantes presenciaram o Atlético vencer, por 1 a 0, gol de Marcos.

Se o jogo de hoje fosse mantido para domingo, certamente o público seria novamente superior a 40 mil para ver outro duelo entre os alvinegros mineiro e carioca.

O Vasco, ameaçado pelo rebaixamento, não perde há quatro partidas. Venceu Goiás, Fluminense e Santos; empatou com o Atlético/PR.

O Galo está invicto desde que Kalil assumiu o clube e os salários foram pagos.

Atlético e Vasco já decidiram vaga em Copas do Brasil, já se enfrentaram na Copa Mercosul e em fases decisivas de Brasileiro, como em 1971, quando se cruzaram na segunda fase.

Para o jogo de hoje, por atuar em casa, o Atlético tem ligeiro favoritismo. Mas nada exagerado. Qualquer resultado pode acontecer.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Avaí na elite do futebol brasileiro




O Avaí é o 34º clube a disputar o Brasileirão de pontos corridos.

O time do Guga se junta a Criciúma e Figueirense que já representaram Santa Catarina na elite nacional.

Com a participação do time azul de Floripa, os catarinenses empatam em clubes que já disputaram os pontos corridos com os outros dois estados do Sul; Paraná (Atlético, Coritiba e Paraná) e Rio Gde. Do Sul (Grêmio, Inter e Juventude); além de Minas Gerais (Atlético, Cruzeiro e Ipatinga), e Pernambuco (Sport, Náutico e Santa Cruz) que também já tiveram uma trinca de representantes.

O campeão com folgas de clubes que já disputaram a elite desde 2003 é São Paulo, com oito representantes (Palmeiras, São Paulo, Corinthians, Santos, Portuguesa, São Caetano, Ponte Preta e Guarani).

Atrás dos paulistas aparecem o Rio de Janeiro com os quatro gigantes (Flamengo, Fluminense, Botafogo e Vasco).

Os catarinenses passam ä frente dos baianos que tiveram duas equipes (Vitória e Bahia). Com apenas um representantes estão o Pará (Paysandu), Ceará (Fortaleza), Distrito Federal (Brasiliense) e Rio Gde. Do Norte (América).

Lembrando que faltam quatro rodadas e três paulistas que não conhecem a elite nos últimos seis anos (Santo André, Barueri e Bragantino), e um goiano (Vila Nova), brigam por duas vagas. Além da Ponte Preta e Juventude que já estiveram entre os maiores.

O Avaí esteve próximo de subir em outras oportunidades. Em 2004, foi o terceiro colocado, perdendo a vaga na última rodada, para o Fortaleza, no saldo de gols.

Em 2006 o time chegou a liderar a Série B, mas perdeu força e terminou na 13ª colocação. No ano passado, foi o 15º colocado.

A última vez que o Avaí esteve na elite foi em 1979, quando disputou nove partidas, perdeu quatro, empatou cinco, fez nove gols e sofreu quatorze. O último jogo na 1ª divisão foi contra o Novo Hamburgo, empate por 1 a 1.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Rapidinhas da rodada

Assim como o Grêmio entrou em campo com a faca no pescoço, no Palestra Itália, o Palmeiras também entrará contra o Flamengo, no Maracanã, na próxima rodada.

E o Grêmio ressurgiu das cinzas no jogo em que Marcos foi o principal personagem

Coisas do futebol.

O Cruzeiro permanece vivo mas não pode tropeçar;

O São Paulo parece estar com sorte e competência de campeão;

O Atlético mereceu vencer o Vitória;

O Santos foi prejudicado em São Januário, contra o Vasco;

Figueirense e Ipatinga parecem mesmo irremediavelmente rebaixados;

Para Montenegro, há Sopranos no futebol brasileiro

Montenegro jogou m... no ventilador, mais uma vez.

Agora, após todo clássico entre Flamengo e Botafogo é assim.

Não falo em chororô, mas acusações sem fim.

Qualquer um que apitar um Fla x Bota será criticado no dia seguinte. Os clássicos geralmente duram mais que 90 minutos.

Mas o desabafo de Montenegro ao Globoesporte.com, que pode ser lido aqui, foi pesado.
Chamou de máfia uma suposta “organização” formada por CBF/Flamengo/Polícia, como a família Soprano, do seriado de TV.

Foi estranho realmente mudarem para o Maracanã uma partida marcada para o Engenhão, o mais moderno estádio do país, alegando falta de segurança.

E os milhões dos cofres públicos gastos na construção?

Será que um estádio com menos de dois anos não tem condições de abrigar um clássico, como alegou um laudo da Polícia Militar do Rio de Janeiro?

Todos sabem que Flamengo, Fluminense e CBF estão com um projeto para administrar o Maracanã.

Portanto, seria totalmente interessante que um clássico fosse disputado lá, mesmo estando marcado para o Engenhão.

Este mesmo Engenhão que deverá ser usado quando o Maracanã for fechado para as reformas da Copa de 2014.

Ou Flu x Fla, Vasco x Flu e Fla x Vasco serão jogados em Volta Redonda?

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Curiosidades dos próximos jogos dos mineiros

Jogando contra o Vitória, em Salvador, o Atlético venceu apenas quatro vezes pelo Brasileiro.

A primeira, em 1973, por 1 a 0, gol contra do... goleiro baiano Pedro Paulo. Vou ter que pesquisar sobre isso.

Outra, em 1978, por 2 a 0, gols de Paulo Isidoro e Marinho, aquele ponta-direita que fez sucesso no Bangu e se afundou no álcool após a morte do filho.

A terceira e que todos lembram foi em 1999, por 3 a 0, nas semifinais do campeonato daquele ano, com gols de Belleti e Guilherme (2).

A última foi em 2003, com gol solitário de Quirino. As duas primeiras foram na Fonte Nova, as outras no Barradão.

***

As partidas entre Cruzeiro e Fluminense, pelo Brasileiro de pontos corridos, no Mineirão foram recheadas de gols.

31 em 5 partidas, média de 6,2 por jogo.

Começou com a festa celeste pelo título de 2003, com goelada por 5 a 2, e golaço do Alex.

No ano seguinte, o Flu venceu por 3 a 2.

em 2005, nova vitória tricolor, por 6 a 2, com direito a gol mil do Flu em Brasileiros.

Em 2006, novo triunfo carioca por 3 a 2.

Ano passado, o Cruzeiro voltou a derrotar o Fluminense, vencendo por 4 a 2, com direito a três gols de Alecsandro.

***

Inter e Ipatinga farão a segunda partida na história, a primeira no Beira-Rio.

35ª rodada

Sábado de líder e desesperados

No clássico paulista da rodada, o São Paulo vai ao Canindé enfrentar a Lusa. O tricolor é favorito disparado, mas os lusitanos e aqueles que secam o São Paulo colocam fé no ditado que diz que porco magro é que suja a água. Alguns vão além e evocam a goleada de 7 a 2 que a Portuguesa aplicou no tricolor, há dez anos.

Em São Januário o Vasco, contra o Santos, tenta a segunda vitória consecutiva para, pelo menos até domingo, ficar fora do G4 do mal. O Santos não quer muita coisa, já que com uma vitória afasta matematicamente as chances de queda.

Outros dois desesperados se enfrentam em Floripa. O Figueirense recebe o Atlético/PR. Ambos estão com 35 pontos e um empate é ruim para os dois.

Domingo para mostrar quem tem garrafa vazia para vender

Palmeiras e Grêmio têm uma decisão no Parque Antárctica. Decisão mais para os gaúchos do que para os paulistas. No Sul já colocaram a cabeça do Roth a prêmio, no Palestra Luxa tenta suprir as ausências de Diego Souza e Kleber.

No Mineirão o Cruzeiro só pensa na vitória, contra o Fluminense. Qualquer resultado diferente é o título cada vez mais distante. O tricolor tenta chegar à zona da Sul-Americana e afastar de vez o fantasma da segundona.

Coritiba e Náutico, Sport e Goiás são os jogos sem graça da rodada. Vale algo mesmo apenas para Timbu, que precisa da vitória para sair da zona perigosa. Outro jogo que não vale tanto é Vitória e Galo, no Barradão. Quem conquistar três já pode colocar a cabeça na reformulação do elenco.

Botafogo e Flamengo é a esperança rubro-negra contra a melancolia alvinegra. O Bota torce para o ano acabar logo, o Fla quer continuar respirando no Brasileiro.

E Inter e Ipatinga é a barbada da rodada. Se o Inter não poupar algum jogador cansado após a partida com o Boca. Para o Tigre, há quem acredite que ainda há esperanças.

Glória do desporto nacional


O Inter já ganhou a Libertadores…

O Inter já conquistou o mundo...

O Inter já levou pra casa a Recopa.

Mas, para o Inter ser internacional, faltava vencer o Boca em La Bombonera.

Agora, não falta mais.

Tá bom, eram os reservas do Boca.

Mas era o Boca...

E era em La Bombonera.

Depois das derrotas em 2004 e 2005 na casa azul e ouro, ontem aconteceu o primeiro triunfo colorado, por 2 a 1, Magrão e Alex para os vencedores, Riquelme para os donos da casa..

E com direito a assistência de D’Alessandro, filhote do River.

Algo como se Ronaldinho Gaúcho, com a camisa do Boca, acabasse com o Inter no Beira-Rio.

E assim, o Inter virou internacional.

E está com cheiro de campeão.

Para ser mais Internacional ainda.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Resta um

Somente o Internacional representa o futebol brasileiro na Sul-Americana. Mesmo assim, representa se não for na ótica gremista. O Colorado enfrenta o Boca, hoje, em La Bombonera, e pode perder por um gol de diferença para se classificar. Mesmo os Xeneizes jogando com time reserva, será uma partida interessante.

Ontem, Luxemburgo deve ter comemorado a desclassificação dos reservas do Palmeiras, que perderam por 2 a 0 para os Argentinos Jrs. A cabeça do Verdão agora está somente no Brasileiro.

E no Engenhão, a torcida do Botafogo chegou cheia de esperança, mas logo no começo levou 1 a 0 do Estudiantes e deu adeus ao sonho de título este ano. Os argentinos ainda fizeram 2 a 0 no primeiro tempo.

Foto: Globo.com
O Glorioso empatou na etapa final, mas o lance mais curioso da partida foi protagonizado pelo zagueiro André Luis. Ele levou o cartão amarelo, arrancou o mesmo das mãos do árbitro e foi, obviamente, expulso.

André Luis é o mesmo que foi acusado de agredir o árbitro Alicio Pena Jr. Com uma cabeçada, quando defendia o Cruzeiro em uma partida contra o Ipatinga. Levou 120 dias de punição, depois pena mínima e o árbitro acabou suspenso. Leia aqui

Foto: UOL
Ele também foi detido este ano, no Recife, quando já atuava pelo Botafogo, contra o Náutico. Foi acusado de provocar toda a confusão nos Aflitos que acabou na delegacia.

Tem controle emocional esse rapaz?

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Futebol de hoje

No futebol de logo mais, situações distintas para os brasileiros contra argentinos na Sul-Americana.

O Botafogo joga na competição internacional as últimas fichas para conquistar um título em 2008. Para isso precisa reverter a vantagem do Estudiantes, que venceu o jogo de ida por 2 a 0, na Argentina. Os cariocas vão com o que tem de melhor para cima dos argentinos.

Muito diferente do Palmeiras, contra o Argentinos Jrs. O time paulista vai a Buenos Aires com reservas até no comando. Luxemburgo ficou em São Paulo e, do time titular, apenas Martinez e Kleber estarão em campo. Para o Verdão o que vale mesmo é a decisiva partida de domingo, contra o Grêmio, pelo Brasileiro.

E o Brasileirão também tem jogo hoje. Ou melhor, parte de um jogo. Figueirense e Flu entram em campo em Florianópolis para terminar a partida interrompida semana passada por falta de energia elétrica no Orlando Scarpelli. O tricolor vence por 1 a 0 e o jogo já está com 15 minutos. Estranho, não? Sem contar que essa inesperada ida a Florianópolis atrapalhou toda a programação do tricolor para a partida de domingo, contra o Cruzeiro, no Mineirão.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Bem, amigos X Linha de Passe

Ontem, às 22 horas, as duas principais emissoras brasileiras esportivas da TV a cabo apresentavam seus programas.

De um lado, na ESPN Brasil, José Trajano, PVC, Juca Kfouri e equipe analisavam a rodada do Brasileirão e, como não poderia deixar de ser, o GP Brasil de F1.

No Sportv, Galvão Bueno recebia Felipe Massa, Laura Pausini e os comentaristas de sempre, alguns muito bons.

Enquanto no "Bem, Amigos" a bajulação em cima do bom Felipe Massa era irritante, tentando encontrar uma desculpa convincente para a perda do título para Lewis Hamilton, no Linha de Passe os comentaristas diziam aquilo que a torcida brasileira não gostaria de ouvir, mas que na minha opinião foi a pura verdade: a corrida foi de uma falta de graça enorme, até a última volta. E o título de Hamilton foi mais que justo.

Na emissora do grupo Globosat, mostravam as trapalhadas da Ferrari como justificativa para o vice-campeonato do brasileiro. Esqueceram que Hamilton é um grande piloto, talvez melhor do que Felipe Massa, menosprezando o título do inglês. O bom Mauro Cezar Pereira, que participava da discussão no Linha de Passe, em seu blog, comentou de forma perfeita o final da temporada da F1. Leia aqui

O sempre mal-humorado José Trajano falava algo com o qual também concordei. Na época da disputa Senna x Prost, que alguns colocam como fantástica, na verdade não havia nada tão espetacular assim, a não ser em algumas corridas que Senna com todo o seu talento partia para cima do "professor". O resto eram as duas McLarens com três voltas na frente do restante e um ou outro administrando a corrida. Uma chatice.

No “39”, Galvão recebia a família de Massa e... babava um ovo danado, assim como foi com Ronaldo Fenômeno, na semana passada.

Na ESPN Brasil, em nenhum momento houve uma tentativa de diminuir o feito do brasileiro, vencedor do GP e um dos mais promissores pilotos da F1 atual.

Eles apenas faziam jornalismo.

A convocação de Dunga

Dunga é de uma mesmice irritante.

Na convocação de ontem, voltou a chamar Gilberto Silva que há tempos não joga nada.

Assim como Kleber, lateral do Santos.

Quem também não fica fora da lista é Doni, mesmo com tantos outros goleiros melhores do que ele, inclusive no Brasil.

A desculpa é não desfalcar os times na reta final do Brasileiro.

Mas e Thiago Silva e Miranda? Não farão falta a Flu e São Paulo?

Luis Fabiano que volta de contusão também está lá, assim como Adriano, mesmo não jogando no Inter por indisciplina.

Comenta-se que Dunga chamou seus homens de confiança porque não quer correr riscos de ser derrotado por Portugal.

Teme pelo cargo.

E se mesmo assim perder o jogo?

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Que rodada, mano!

São Paulo e Palmeiras saíram rindo à toa ao fim da 33ª rodada do Brasileirão.
Aliás, outro paulista, a Lusa, já no sábado aprontou para cima do Flamengo ao empatar, por 2 a 2, no Maracanã.

No clássico de São Paulo o Palmeiras, na bacia das almas, venceu o Santos e continua firme na luta pelo título.

Atrás do São Paulo que, de mansinho, chegou à liderança e já tem uma das melhores defesas e o melhor ataque do torneio. A vitória sobre o Inter (3 a 0), foi com futebol de campeão. Assim como o Cruzeiro, semana passada, sobre o Grêmio.

Esses dois que se deram mal na rodada. Os mineiros, com 16 minutos, já estavam sendo goleados pelo Goiás (3 a 0), os gaúchos que parecem mesmo perder força na reta final e não passaram de um empate, 1 a 1, em casa, contra o Figueirense.

O Galo, finalmente venceu o Botafogo. Com os 2 a 1, respira e praticamente abandona qualquer ameaça de rebaixamento.

Os outros dois cariocas, Flu e Vasco, entraram em campo pressionados pelos resultados da rodada. Fizeram um jogo morno, melhor para o alvinegro que venceu e de quebra colocou o tricolor junto dele no G4 do mal.

Quem se deu bem com a vitória cruzmaltina foi o Altético/PR. Outro jogo dramático do Furacão, que saiu de campo comemorando muito a vitória no último minuto sobre o Sport Recife.

No final de semana tem mais.